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STF

Aloysio Nunes estuda recorrer ao Supremo para garantir CPI da Petrobras

aloysio-nunes-coletiva-senado-300x169Brasília (DF) –  Após julgar questões de ordem do líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), e a petista Gleisi Hoffmann (PR), o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), adiou para a próxima semana a decisão relativa à aprovação da CPI da Petrobras. Renan decidiu que precisará do parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para dar a última palavra.  No que depender da oposição, o assunto será encaminhado até o Supremo Tribunal Federal (STF) para assegurar a instauração das investigações.

Segundo o líder, há precedentes no Supremo relativos a tentativas de impedir a instauração de comissões parlamentares de inquérito (CPIs).  Aloysio Nunes disse que o PSDB quer garantir garantir a legitimidade de a oposição instalar comissão de inquérito. “O senhor não tem a prerrogativa de escolher esta ou aquela CPI. Nós temos o direito líquido e cristalino de realizar a nossa investigação. Nós vamos ao Supremo Tribunal Federal”, ressaltou o líder.

Histórico

Renan recebeu dois requerimentos de CPI na Mesa Diretora. O primeiro elencava quatro investigações no âmbito da Petrobras. O segundo, enviado pelo senador Humberto Costa (PT-PE), adicionava aos mesmos pontos investigações de suspeitas de esquemas de corrupção em empreendimentos como os metrôs de São Paulo e Brasília. Ambos foram criticados e defendidos em discursos.

Calheiros pediu 24 horas para analisar a questão e, por fim, decidiu rejeitar ambas as questões de ordem. Assim, revelou opção por uma CPI acrescida de fatos determinantes. Ou seja, beneficia o governo federal. Pois abrigará investigações de denúncias relacionadas à Petrobras e aos metrôs de São Paulo e de Brasília.

Mesmo assim, o presidente pediu o parecer da CCJ, que terá dois dias para se pronunciar. Caso o pedido não seja analisado pela comissão, ele voltará automaticamente para o plenário e deverá sofrer apreciação.

Da assessoria do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)

Aécio Neves protesta contra manobra para impedir investigações da Petrobras

2-4-14-foto2-300x200Brasília (DF) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, protestou contra manobra da base do governo e defendeu, nesta quarta-feira (2), o direito das oposições investigarem denúncias relativas à Petrobras. Na noite de hoje, o presidente do Senado, Renan Calheiros, indicou que pretende instalar CPI na Casa para investigar múltiplas denúncias não relacionadas à Petrobras.

Essas denúncias foram incluídas em pedido de criação de CPI pela bancada do governo com objetivo de dificultar as investigações sobre os prejuízos sofridos pela Petrobras.Na tarde desta quarta-feira, as oposições conseguiram as assinaturas necessárias para criar a CPI Mista da Petrobras, ou seja, uma investigação conjunta entre o Senado e a Câmara dos Deputados.

O anúncio de instalação da CPI Mista deve ser feito no próximo dia 15.Aécio Neves protestou contra a nova tentativa da base governista de impedir as investigações sobre graves denúncias relativas à Petrobras e anunciou que, se mantida a decisão, o PSDB recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir as prerrogativas das oposições de fiscalizar atos indevidos do governo.

Abaixo, trechos do discurso do senador Aécio Neves em plenário:

Seriedade nas investigações
“A oposição quer investigações sérias sobre a Petrobras e os desvios apontados sucessivamente pela imprensa. Que a base do governo possa montar suas CPIs e investiguem o que quiserem investigar. Não temos absolutamente nada a temer. Mas não coloquem sobre o Congresso Nacional essa pecha de que aqui a minoria não pode atuar porque a base do governo, a maioria circunstancial do governo, não aceita conviver na democracia”.

STF
“Tínhamos, os senadores da oposição, uma interpretação diversa dessa que vossa excelência externa agora sobre a decisão que havia tomado. O senador Aloysio fala, em nosso nome, que se for essa a interpretação, de desprezar a CPI apresentada pelas oposições, nos restará judicializar essa questão e correr ao Supremo Tribunal Federal”.

Manobra
“A manobra da senadora Gleisi Hoffman, ou por ela comandada, serve exclusivamente aos interesses do Palácio do Planalto. Submete essa Casa a uma sessão vergonhosa. Impedir pela maioria governista a oposição de exercer sua prerrogativa de fiscalizar as ações do governo? Nunca se viu isso nessa Casa”.

Presidência do Senado
“Vossa Excelência, eleito pela maioria do Senado Federal – não teve meu voto, sabe, mas teve meu respeito – não pode servir a essas manobras. O que está em jogo é algo extremamente grave.”

Constrangimento
“Vejo o constrangimento das lideranças da base. Muitas sequer têm vindo ao microfone. O constrangimento do líder Humberto Costa, por quem tenho enorme respeito. Quando há duas semanas estive na tribuna para denunciar os malfeitos – para usar uma palavra muito afeita à presidente – ele tinha uma grande dúvida se a compra de Pasadena tinha sido uma compra vantajosa ou não. Esse argumento não temos ouvido. Ele e outros líderes foram foram levados pelo governo ao constrangimento de ler aqui relatórios. ‘Não, essa decisão foi tomada com base em relatórios de auditorias reconhecidas internacionalmente pela sua capacidade técnica’. Nada disso. A cada dia fica mais claro que essa foi uma decisão temerária da direção da Petrobras”.

Apuração
O senhor [Nestor] Cerveró está querendo depor, querendo apresentar as suas investigações. Por que não ouvi-lo?”

CPI Mista
“As oposições, com apoio de senadores da base governista, e agora com 232 apoios de parlamentares – e a oposição na Câmara não alcança mais que 120 parlamentares –, com mais de 30 assinaturas no Senado Federal, alcançaram isso porque as denúncias debatidas hoje na sociedade brasileira são de extrema gravidade. Aviltam a dignidade dos brasileiros, envergonham a todos nós. E o fato é que a base do governo não quer que se apure absolutamente coisa alguma. Vamos deixar de hipocrisia”.

Demais investigações
“A base do governo tem maioria de sobra para investigar o que quiser investigar. Cartéis, setor elétrico, BNDES, portos do Brasil, portos cubanos, investiguem o que quiserem. Apresentem uma, duas, dez CPIs, e elas serão obviamente compostas também por nós. Mas não impeçam com essa manobra baixa que as investigações sobre a Petrobras sejam varridas, mais uma vez, para debaixo do tapete”.

Governador Tarso Genro
“Lia ontem à noite uma declaração do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro. Ele dizia literalmente: esse pedido de CPI capitaneado (é é uma injustiça com tantos senadores que o capitanearam, mas segundo ele) por esse senador que usa a tribuna e pelo governador Eduardo Campos, isso é um crime que estão cometendo para destruir a Petrobras. Ora, estão cometendo um crime e destruindo a Petrobras aqueles que fizeram em que apenas quatro anos ela tivesse metade do seu valor ido para o espaço. Aqueles que fizeram com que ela se transformasse na empresa não financeira mais endividada do mundo, e hoje motivo de chacota no mundo pela perda de sua credibilidade”.

“A nova musa do mensalão”, por Ademar Traiano

ademar-traiano-foto-alpr-300x185O PT não consegue virar a página do mensalão. Empacou no escândalo como se fosse um disco de vinil riscado que toca sempre o mesmo trecho. Os petistas não só não assumem os crimes cometidos pelos mensaleiros como insistem em tentar provar, pateticamente, que o mensalão nunca existiu.

Quem se integrou a essa cruzada infeliz foi a senadora e ex-ministra Gleisi Hoffmann, escalada para atacar o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, para defender os mensaleiros. Sempre com a tese absurda que o mensalão – o maior escândalo de corrupção da história da República – não existiu e tudo não passa de uma trama diabólica da “direita”.

Os ataques a Joaquim Barbosa são particularmente graves. O presidente do STF se tornou uma referência positiva para os brasileiros de bem. O ministro é um dos responsáveis por fazer o brasileiro voltar a acreditar em seu sistema Judiciário. Barbosa acusou e conseguir condenar um grupo de poderosos envolvidos em um grave ataque a democracia, levado a cabo com crimes de lavagem de dinheiro, corrupção e peculato. Pela ousadia Barbosa se tornou alvo dos ataques mais baixos já dirigidos a um magistrado no país.

Ao se unir ao coro dos que tentam aviltar Barbosa, Gleisi Hoffmann mancha sua biografia – já maculada pela perseguição sem trégua que move contra o Paraná. “É um dia triste, triste sim, para a democracia brasileira por conta das declarações do senhor presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa”, disse Gleisi, tentando transformar os criminosos em heróis e o juiz em réu.

A postura adotada pelo PT e por Gleisi no episódio do mensalão desmascara a face mais sombria da legenda. O partido, que chegou ao poder prometendo uma revolução ética na política, revela que a mudança que prometia era movida a corrupção e que seu projeto de Estado se limita a manutenção e ampliação do poder a qualquer preço.

Diz tudo sobre o PT e sua natureza o fato da senadora ter se juntado ao coro histérico dos que atacam o ministro com base em sofismas e em tentativas mal disfarçadas de desqualificação. O PT alega, cinicamente, que o julgamento do mensalão foi “político” e as acusações são “fictícias”.

O PT não explica os R$ 173 milhões em dinheiro público desviados pelos mensaleiros, mais de R$ 100 milhões só de um fundo do Banco do Brasil. A realidade do mensalão, no entanto, atropela a narrativa fantasiosa elaborada pelos petistas. Eles não se atrevem a tentar explicar, por exemplo, como um dos operadores financeiros do mensalão, o petista Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil, preso na Itália com documentos falsos, comprou tantos imóveis na Espanha. Teria feito essas aquisições milionárias com euros “fictícios” sacados de uma conta secreta “política”?

O ex-procurador geral da República, Roberto Gurgel, fulmina a tentativa do PT de negar o mensalão: “O julgamento do mensalão já se iniciou com elementos concretos de prova de sua existência, materialidade e autoria. E somente foram levados aos autos acontecimentos sobre os quais havia alguma prova inicial. Logo, o falacioso argumento de que o crime não existiu e de que não havia provas para condenação caracteriza-se como retórica vazia, sustentada por má-fé de quem o profere e propaga”.

Ao tentar reescrever a história do mensalão, Gleisi e os cartolas do seu partido estão na contramão do que pensa o brasileiro. Entram em choque até com a convicção estabelecida entre os simpatizantes do próprio PT, que não têm dúvidas de que o partido cometeu crimes graves e que os responsáveis devem ser punidos. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha revela que 86% dos brasileiros apoiaram a decisão de Joaquim Barbosa de mandar prender os mensaleiros. Entre os entrevistados que se dizem simpatizantes do PT esse índice é ainda maior que a média: 87%.

O ingresso da senadora Gleisi na ala das petistas que negam o mensalão e atacam o juiz para defender os condenados a coloca em uma lamentável galeria do PT. A senadora está agora ao lado de figuras como Ideli Salvatti e Ângela Gaudagnin, na disputa do título de musa do mensalão.

Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB do Paraná e líder do governo Beto Richa na Assembleia Legislativa.

“O fim do mensalão é só o começo”, análise do ITV

plenario-stf-foto-fellipe-sampaio-stf-11-300x200Numa democracia sólida, como é o caso da brasileira, decisão da Justiça não se contesta; respeita-se e cumpre-se. Fica, porém, a sensação de que céu e Terra foram movidos para livrar a cara dos mensaleiros de parte dos crimes que cometeram, segundo votação concluída ontem pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A decisão de ontem reduz a pena dos oito presos anteriormente condenados por formação de quadrilha. Em nova votação, já com a manifestação dos novos ministros nomeados no decorrer do julgamento no ano passado, considerou-se que tal crime não esteve presente na urdidura que desviou milhões de reais dos cofres públicos. Houve “apenas” crimes cometidos em coautoria.

Os maiores beneficiados são próceres petistas: José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares. Se não houve quadrilha, como o STF decidiu na votação de embargos infringentes concluída nesta semana, as penas diminuem e, com isso, também a forma de cumpri-las, que passa a ser agora em regime semiaberto. Nos demais cinco casos, envolvendo Marcos Valério e os núcleos publicitário e financeiro dos mensaleiros, as penas diminuem, mas o regime de prisão continua fechado.

Como terá agora de cumprir apenas 7 anos e 11 meses de cadeia, quase três anos menos, José Dirceu poderá deixar o presídio da Papuda, onde está desde novembro do ano passado, em março de 2015. Genoino já está em prisão domiciliar, mas terá 2 anos e 3 meses menos a cumprir. Delúbio, cuja condenação agora caiu para 6 anos e 8 meses, pode se ver livre da cadeia em dezembro próximo.

O alívio dado aos mensaleiros só foi possível porque os novos ministros indicados pela presidente Dilma Rousseff no decorrer do julgamento do mensalão manifestaram-se ontem de forma distinta de seus antecessores. Votaram favoravelmente aos mensaleiros, como se temia desde o dia em que Luís Roberto Barros e Teori Zavascki foram nomeados para o STF nas vagas de Cesar Peluzo e Carlos Ayres de Britto.

Terão sido as suspeitas infundadas? Não dá para responder. Mas não há dúvida de que permanecerá no ar a desconfiança, a suposição, a conjectura de que os novatos da Suprema Corte ingressaram no time com a missão de modificar o resultado de um jogo que já se encerrara. Infelizmente.

Nada muda, porém, o cômputo final do julgamento do maior esquema de corrupção de que se tem notícia na história política do país. Nada altera a conclusão, proferida pela mais alta corte de Justiça do país, depois de meses de discussões, debates e votações, de que o mensalão existiu, foi montado pelo PT, corrompeu parlamentares e objetivou dar sustentação política ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O DNA dos malfeitos petistas, aliás, continua se manifestando. Ontem, a Justiça Federal abriu processo criminal contra 18 acusados na Operação Porto Seguro, em que a Polícia Federal investigou e desbaratou esquema de venda de pareceres em órgãos do governo federal, revelado em fins de 2012.

A acusação pega Rosemary Noronha, ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo, e seus “bebês”, suspeitos de envolvimento em crimes de corrupção, tráfico de influência, formação de quadrilha e falsidade ideológica. Segundo o juiz que determinou a abertura do processo, a relação entre eles era “espúria”.

Como se pode ver, os petistas ainda têm muito a esclarecer perante a Justiça brasileira. Por mais que tentem transformar em farsa o que é história, ainda têm muito a pagar pelos crimes que cometeram – e continuam cometendo – contra o país. O fim do julgamento do mensalão é só o começo.

PSDB entrará com ação para investigar patrocínios do MST

mst1-300x196Brasília (DF) – A Petrobras confirmou ter patrocinado o 6º Congresso Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), realizado há duas semanas em Brasília. O deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), disse que o partido entrará com ação do Ministério Público pedindo investigação dos patrocínios, que envolveriam dinheiro público.

Segundo o tucano, “o governo do PT faz do Palácio do Planalto um comitê político”. “Eles estão bancando e custeando uma baderna desorganizada, e isso é passar de todos os limites”, apontou o deputado.O evento do MST foi marcado por quebra-quebra, tentativa de invasão ao Supremo Tribunal Federal (STF) e deixou 32 feridos.

O contrato de patrocínio da Petrobras, feito sem licitação, foi de R$ 650 mil. As informações são da edição desta quarta-feira (26), do jornal O Estado de S. Paulo.

Leitão lembrou também que “essa não é a função dos órgãos do governo federal”. “[O PT] Deveria bancar a marcha dos prefeitos, resolver o problema dos municípios e estados e focar na questão social brasileira, que está um caos”, ressaltou. Para ele, a gestão petista faz “o oposto” e “se dispõe a financiar bagunças em vez de zelar pelo Brasil”.

Ligações

 O Estado de S. Paulo apurou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal também contribuíram com um total de R$ 550 mil, por meio de patrocínios para a Associação Brasil Popular (Abrapo).

A Abrapo recebeu os benefícios para a Mostra Nacional de Cultura Camponesa, atividade que serviu como ponto de encontro para os integrantes do congresso do MST. Ao todo, foi gasto cerca de R$ 1,6 milhão em recursos públicos.

Ao jornal, a Petrobras disse que os R$ 650 mil foram destinados porque a Mostra “alinha-se ao programa Petrobras Socioambiental na linha dedicada à produção inclusiva e sustentável”.

“Argumento estúpido e o construtor do partido”, por Alberto Goldman

Alberto-Goldman-Foto-George-Gianni-PSDB-6-300x199Argumento estúpido

Segundo o advogado de José Genoíno, na defesa que faz no Supremo Tribunal Federal (STF) durante a discussão dos embargos, não houve formação de uma quadrilha, mas de um partido político que, desde 2002 vem vencendo as eleições majoritárias para a presidência da República, o que comprova que o povo vem aprovando a conduta deles, condenados, e de seu partido.

Poucas vezes ouvi argumento tão estúpido.  Significa, segundo ele, que o povo aprova o desvio de dinheiro público para a formação de maiorias no Congresso Nacional e para garantir melhores resultados eleitorais.

É como se disséssemos que o povo aprovava da ditadura, a repressão e a tortura impostas pelo golpe militar de 1964 quando, no auge do terror, em 1970, 1974 e 1978 elegeu, através de seu partido, a Arena, a maioria dos deputados federais e senadores.

Eleição não é anistia.  Não é certidão de honorabilidade.

Um construtor de partido

Henrique Pizzolato, fundador do PT, ex diretor do Banco do Brasil, um dos membros da quadrilha, fugitivo na Itália, é o símbolo maior do que significa uma quadrilha.  Desde o início das apurações do mensalão, ele se preparou para fugir se as coisas não dessem certo para eles, como não deram.  Assumiu uma dupla personalidade, usando o irmão morto, seus documentos e tudo mais, inclusive abrindo contas no exterior em nome do falecido.   Henrique era Henrique quando queria e era Celso quando lhe convinha.   Por isso conseguiu fugir.  Belo exemplo de um cidadão que organizou um partido – não uma quadrilha conforme o advogado de Genoíno defende.

“A falência do pacto federativo”, por Ademar Traiano

ademar-traiano-foto-alpr-300x185O modo petista de fazer política, que se baseia na absoluta falta de limites e na total ausência de escrúpulos, produz inúmeras consequências nefastas. Entre elas a de enterrar em cova rasa o que restava do pacto federativo brasileiro. Os sinais de que a situação chegou a um ponto crítico são cada vez mais flagrantes.

O caso do Paraná é extremo e exemplar. Uma troika de ministros petistas paranaenses – Gleisi Hoffmann, Paulo Bernardo e Gilberto Carvalho – obcecados com a ideia de tomar o governo do estado, tenta levar as finanças estaduais a uma situação de asfixia financeira.

O ataque petista ao Paraná foi tão violento que só não inviabilizou o estado por causa da vitalidade econômica e da boa gestão que – apesar de todas as sabotagens e o terrorismo econômico que sofre – produz resultados e indicadores econômicos muito superiores aos da média brasileira.

O Paraná teve empréstimos negados, foi excluído de programas federais e até de audiências com a presidente. Exemplo dramático e inquestionável de discriminação foi o dinheiro do Proinveste (R$ 817 milhões). Empréstimo que todos os estados brasileiros receberam sem problema e o Paraná precisou recorrer ao STF para liberar.

Mesmo com a determinação judicial o governo federal continua criando embaraços se amparando em picuinhas e firulas para retardar a liberação do dinheiro. A Secretaria do Tesouro Nacional cobra do Paraná uma nova certidão (mais uma!) do Tribunal de Contas do Paraná. O resultado de todas essas manobras é que os recursos, que deveriam ser liberados esta semana, podem ficar retidos até março.

Como sempre, a corda arrebenta do lado mais fraco. Os ataques ao Paraná do grupo Gleisi Hoffmann (hoje de volta ao Senado, onde continua agindo contra o Paraná, sempre de olho em seu projeto pessoal de candidata petista ao governo) não param. Os petistas miram o governador, mas acertam em cheio o povo do Paraná e não se importam com isso. Que burocratas situados em altos escalões tenham o poder de fazer o que fazem os petistas com nosso estado é uma evidência que o pacto federativo tem que ser revisto.

A revisão do pacto federativo brasileiro é uma tese defendida pelo presidenciável tucano Aécio Neves e pelo governador Beto Richa. É preciso reequilibrar o sistema, aumentar a autonomia dos estados e municípios para evitar a peregrinação vergonhosa de governadores e prefeitos ao Planalto em busca de recursos, que são seus por direito, em um sistema que lembra os rituais medievais de “vassalagem”, dos “súditos” perante o “soberano”.

O Paraná não aceita e nem pode ser tratado como um estado-pedinte. Respondemos por 5,9% do PIB e 5,5% do ICMS brasileiros e recebemos em troca menos de 4% do montante total de transferências para os estados realizadas pelo governo federal. O estado é o 5º que mais contribui com receitas para a União, mas está 23° lugar no ranking nacional de repasses federais per capita. Em 2013 o Paraná recebeu R$ 612,00 por habitante, enquanto cada paranaense contribuiu com R$ 1.514,00 para a União.

O caso paranaense é extremo, mas os desequilíbrios são gerais. A carga tributária é concentrada na União (69%), sobrando 25,2% para os estados e 5,8% para os municípios. O aumento da carga, de pouco mais de 25% do PIB, na década de 1990, para cerca de 36% do PIB atual, foi realizado com base em penduricalhos (PIS, COFINS, IOF, CPMF) que não são partilhados com estados e municípios.

Além disso, o governo federal reduz deliberadamente a base do FPE, ao fazer uso do IPI para estimular o consumo em detrimento do investimento. Sem contar a continência com o chapéu alheio representada pela redução da tarifa de energia elétrica, comprimindo a principal fonte de arrecadação de ICMS do Paraná.

É necessário o restabelecimento do pacto federativo. Enquanto nas décadas de 1960 e 1970, o pacto compensava o predomínio econômico do Sudeste mediante o repasse de incentivos fiscais para o Nordeste, e nos anos 1980 e começo dos 1990 se resumia à “política dos governadores”, hoje está restrito à ação e intermediação política da Bahia, do Maranhão, do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro.

Os desequilíbrios do pacto permitem que mal-intencionados colocados em posições chaves provoquem prejuízos imensos aos cidadãos brasileiros. Não é aceitável que os entes federados possam sofrer tamanhos prejuízos por conta de ações alopradas com motivação política.

*Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB e líder do governo Beto Richa na Assembleia Legislativa.

Ao cancelar registro de médica cubana, Ministério da Saúde pode ser alvo de ação no STF

medicoscubanos1-300x199Brasília (DF) – A decisão do Ministério da Saúde de cancelar o registro para exercício da medicina pela cubana Ramona Matos Rodríguez, que deixou o Programa Mais Médicos, é classificada como uma demonstração de violação dos direitos básicos e cerceamento da liberdade pelo líder da Minoria na Câmara, Domingos Sávio (PSDB).

Sávio avisou que levará o assunto para debate na tribuna e também examina a hipótese de entrar com uma ação contra o Ministério da Saúde por violação da Constituição no Supremo Tribunal Federal (STF). “Infelizmente o que assistimos é que os profissionais de saúde de Cuba são tratados como vassalos, sem direitos, contrariando a nossa Constituição”, ressaltou.

Para o líder, a Carta Magna está sendo desrespeitada. “A Constituição é clara sobre o respeito aos direitos essenciais para todos os que estão no Brasil, brasileiros e estrangeiros”, afirmou ele. “A impressão que se tem é que esses profissionais cubanos são verdadeiros escravos. Eles vêm para o Brasil para ajudar e devem ser tratados com respeito.”

Em seguida, Sávio acrescentou que: “Há uma ingerência no Estado brasileiro a partir do momento em que os médicos cubanos têm de reportar todos seus passos à Embaixada de Cuba, como assim? Quer dizer que eles são patrulhados? Não pode ocorrer isso no Brasil”.

Reações

A iniciativa do Ministério da Saúde de cancelar o registro de Ramona Rodríguez virou coluna no jornal Estado de S. Paulo de domingo (16). “A portaria do Ministério da Saúde institucionaliza uma situação de ‘dois pesos e duas medidas’, que contraria a igualdade dos cidadãos perante a lei, essencial na democracia”, diz o jornal.

Há dois anos, o governo brasileiro negocia com Cuba o envio de médicos para suprir deficiências de pessoal para a saúde pública no país. Dos 6.658 participantes do Programa Mais Médicos, 5.378 vieram de Cuba. Os 1.280 de outros países são minoria.

Ramona Rodríguez reagiu ao saber que a negociação do Brasil com Cuba via Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) determinava um salário de RS 10 mil mensais. Mas, na prática, ela recebia o equivalente a RS 400 por mês, menos que o salário mínimo, de RS 724.

Além de Ramona Rodríguez, também deixou o programa Ortelio Guerra, que fugiu do Recife para os Estados Unidos, as prefeituras para cujos postos foram enviados comunicaram o desaparecimento de mais três cubanos.

Líder do PSDB aciona vice-presidente da Câmara por quebra de decoro

521391539185imbassahy-novo-lider-camara-300x199O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), protocolou nesta terça-feira (4) representação na Corregedoria da Câmara para que seja aberta investigação contra o vice-presidente da Casa, André Vargas (PT), por suposta infração ética e quebra de decoro.

A representação tem por base “o nítido intuito de [Vargas] de afrontar o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa”, ao repetir diversas vezes o mesmo gesto, com punhos cerrados, usados pelos mensaleiros quando presos e, ainda, ao trocar mensagens pelo celular dizendo querer dar cotoveladas no ministro, durante a solenidade de reabertura dos trabalhos do Congresso, realizada ontem.

Segundo a representação, a atitude constitui um desrespeito à autoridade que se encontrava na dependência da Casa e viola o Código de Ética e Disciplina Parlamentar.

“Vargas é vice-presidente de um Poder, o Legislativo, e deve se comportar com a dignidade que o cargo requer, e não desrespeitando o presidente de outro poder, o Judiciário. Foi uma chacota à Justiça, um total acinte. A sociedade não aceita esse tipo de desrespeito. Ele perdeu todas as condições de permanecer no cargo”, afirmou Imbassahy.

Leia a íntegra do ofício aqui

Da assessoria da liderança da Câmara

Após ajudar Genoino, PT quer promover vaquinha para Dirceu, Delúbio e João Paulo Cunha

paudaBrasília – A multa de R$ 667,5 mil imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao ex-deputado federal José Genoino (PT-SP), por seu envolvimento no escândalo do mensalão, será paga sem que o petista tenha que desembolsar um único centavo. Isso porque a campanha de arrecadação de recursos incentivada pelo PT já conseguiu obter cerca de R$ 700 mil de militantes, filiados e outros colaboradores desde sua criação, no dia 09 de janeiro.

Em decorrência do sucesso da iniciativa, o PT pretende agora lançar a mesma campanha para ajudar os mensaleiros José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil, o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) e o ex-tesoureiro Delúbio Soares. Os petistas foram condenados a pagar multas de R$ 676 mil, R$ 325 mil e 370 mil, respectivamente. Em números atualizados, os valores podem chegar a R$ 1,1 milhão, R$ 500 mil e cerca de R$ 600 mil. As informações são de reportagem desta terça-feira (21) do jornal O Globo.

Para o senador Paulo Bauer (PSDB-SC), a captação de recursos promovida pelo PT não deve ser vista como um exercício de solidariedade partidária, como a legenda quer fazer parecer, mas sim como um ato de conivência com a imoralidade.

“Quem faz doação para quem é condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha no serviço público, e paga multas atribuídas pelo Judiciário, na verdade não está procurando por pessoas solidárias, não está pedindo ajuda, mas está procurando pessoas que sejam coniventes com o ato ilegal”, disse.

Legalidade

O tucano ressaltou que o assunto merece um estudo jurídico que avalie a legalidade desse tipo de doações a condenados pela Justiça. “É necessário que se faça uma lei proibindo o uso de dinheiro de partidos políticos ou de doações voluntárias para o pagamento de penalidades financeiras impostas pelo Judiciário. Caso contrário, em muitos casos teremos a malversação de recursos públicos ou peculatos. Quem tem que pagar por esses crimes é quem os cometeu”, completou.