PSDB – MS

Violência contra a mulher

Reinaldo Azambuja criará programas e incentivos para defender mulheres vítimas de agressão

Em entrevista, candidato do PSDB fala de seu forte crescimento nas pesquisas e apresenta propostas para combater a violência,

a corrupção e para valorizar os servidores públicos

02-09 Entrevista TV MorenaO candidato a governador Reinaldo Azambuja (PSDB) defendeu uma política pública de maior apoio às mulheres vítimas de violência em Mato Grosso do Sul. O estado está entre os cinco mais violentos do país e não possui sequer delegacias especializadas abertas 24h e nem nos finais de semana. Em entrevista ao Bom Dia MS, da TV Morena, na manhã desta terça-feira  (02), Reinaldo afirmou que em seu governo, se eleito, mudará essa triste realidade com políticas de incentivo para que as mulheres tenham uma vida digna longe de seus agressores.

Reinaldo Azambuja anunciou que criará o programa “Empresa Amiga da Mulher”: um pacote de incentivos fiscais para que elas tenham apoio para não dependerem financeiramente de seus próprios agressores.

“Temos de criar incentivos principalmente para essa mulher que sofre violência doméstica e que, muitas vezes, se sujeita à violência dentro de casa por falta de oportunidade de  trabalho, por não ter apoio de uma  política governamental. O espírito é esse: criar oportunidades, principalmente para essas mulheres  que ficam presas ao lado do agressor, com medo de sair, para que ela possa ter condições de criar seu filho num lugar seguro. É por isso que nós vamos fazer isso”, afirmou o candidato do PSDB.

Em Mato Grosso do Sul, 67 cidades não possuem nenhuma estrutura de apoio para as mulheres vítimas de violência. Quanto ao crime de estupro, o Estado possui uma média 54% maior que a nacional, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Campo Grande é a capital brasileira com o maior número de denúncias de agressão contra as mulheres no Brasil.

Além da “Empresa Amiga da Mulher”, Reinaldo defende a abertura das delegacias especializadas em regime de 24 horas e nos finais de semana; a instituição do Alguel Social para as mulheres vítimas de agressão, além da criação de Centros de Referência para concentrar políticas sociais e de emprego e renda.

Crescimento nas pesquisas

Reinaldo Azambuja destacou que a proposta de mudança de sua candidatura já repercute na população. Hoje, o candidato do PSDB é o que mais cresce nas pesquisas, já liderando a intenção de votos em Campo Grande.

“As pesquisas apontam hoje, com certeza, que nós devemos estar no 2º turno [das eleições]. E nós vamos conversar com quem realmente queira transformar Mato Grosso do Sul. [A nova política] é você fazer um programa de governo que atenda as reais necessidades das pessoas. Vamos oferecer um novo governo em Mato Grosso do Sul”, afirmou.

PT e PMDB falharam

Reinaldo lembrou que nos últimos anos, PT e PMDB falharam nas administrações estaduais e não atenderam as prioridades dos sul-mato-grossenses, como é o caso na saúde. “Estamos há  20 anos sendo governados por dois partidos [PMDB e PT], que se revezam no poder”, disse.

Num eventual governo do PSDB, segundo Azambuja, as prioridades da gestão serão definidas pela população e não pelos governantes. Ele adiantou também que criará mecanismos para impedir qualquer tipo de corrupção dentro da esfera pública, como auditorias nas secretarias estaduais e ouvidorias no interior do Estado.

“Vamos atender as prioridades do cidadão, e não do governo. Hoje tiram os recursos da saúde para colocar em áreas que não são prioritárias”, disse Reinaldo. E completou: “[vamos fazer] uma política com as prioridades das pessoas e com transparência. Nós defendemos transparência em tempo real. Auditorias em todas as secretarias para coibir corrupção. Nós andamos os 79 municípios, ouvimos mais de 200 mil pessoas, as prioridades regionais e conhecemos a realidade de Mato Grosso do Sul”.

Metas e prêmios para os servidores

Reinaldo voltou a afirmar que implantará uma política de meritocracia no governo do Estado, onde os servidores públicos serão premiados e valorizados por cumprimentos de meta e pela excelência no atendimento aos cidadãos. A proposta inovadora do PSDB hoje já é copiada por outros candidatos a governador em MS.

“Aquele funcionário que atingir as metas de um bom atendimento ao cidadão, de uma melhora na qualidade do serviço e o Estado disponibilizando  ferramentas de qualificação, ele sim terá aumento de salário devido”, explicou Reinaldo. E completou: “quanto mais o serviço público for melhorado e a população for melhor atendida, mais o funcionário vai ganhar”.

Reinaldo também adiantou que priorizará quadros técnicos para ocuparem os cargos comissionados do governo do Estado. “Quero trabalhar com as boas cabeças de Mato Grosso do Sul, pessoas qualificadas, que podem ajudar a construir um Estado diferente.  Vamos trazer por dentro do governo um bom quadro técnico para fazer um governo a serviço da população”, concluiu.

Após a entrevista na TV Morena, Reinaldo Azambuja seguiu para Brasília. Nos dois próximos dias, ele cumpre agenda parlamentar na Câmara dos Deputados.

“Mudança de Verdade para as mulheres”

Principais propostas de Reinaldo Azambuja

  • Implantar Regime 24 horas e de plantão nas delegacias de atendimento à Mulher.
  • Criar novas unidades de Delegacia de Atendimento à Mulher no interior de Mato Grosso do Sul.
  • Criar Centros de Referência – Centros Integrados de Atendimento à Mulher com delegacias 24 horas e atendimento em parceria com diversos órgãos de apoio (Ministério Público, Defensoria Pública, Universidades, Empresas Públicas e Privadas).
  • Instituir o Aluguel Social para vítimas de casos mais graves de violência indicados pelo Centro de Referência.
  • Instituir o programa “Empresa Amiga da Mulher”, que vai ter um pacote de incentivo fiscal do governo (abatimento no imposto – ICMS 0,2%) – (critério de desempate) ou Selo de Qualidade de Funcionamento instituído pelo Governo.

 

Fotos: Alexandre C. Mota

Assessoria de Imprensa Reinaldo Azambuja

(67) 3026-3187

“A manipulação da verdade”, por Reinaldo Azambuja

Reinaldo Azambuja*

2012.04.25 - PSDB - Partido debate o Código Florestal.Recentemente, a sociedade brasileira teve a oportunidade de ver como as pesquisas de opinião podem distorcer a verdade e criar polêmicas improdutivas em torno de fenômenos sociais. O IPEA divulgou com grande estardalhaço um estudo sobre a percepção dos brasileiros em relação à violência contra as mulheres, afirmando que 65% da população concordavam que “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”.

O tema ganhou grande espaço na mídia, provocando debates e discussões nas redes sociais. Daí criou-se consenso de que o brasileiro era “atrasado e machista”. Na semana seguinte, para constrangimento do IPEA e surpresa geral, veio a público a confissão de erro pelo Instituto: o índice correto não era 65% e sim 26% dos que afirmaram concordar com o “ataque” às mulheres.

É certo que um erro como esse não causa danos pessoais; apenas ilustra como podemos ser manipulados por índices “científicos”, principalmente quando divulgados por órgãos que desfrutam do que se chama de “credibilidade” acima de qualquer suspeita.

Há uma regrinha de ouro na política em relação aos números de pesquisa. Se elas mostram um candidato à frente, ele tem que se apresentar humilde e agradecer o reconhecimento da população. Se estiver atrás, não pode reclamar para não parecer “desespero de derrotado”. Trata-se de uma camisa-de-força que muitos não tem coragem de enfrentar. A saída é exigir cada vez mais regras rígidas para cobrar responsabilidade jurídico-criminal dos institutos desonestos.

A questão que coloco, tomando o fato do IPEA como exemplo, é como reagir quando as pesquisas tentam influenciar erroneamente a escolha de cidadãos num processo eleitoral? Nesta altura do campeonato está mais do que evidente que, com maior frequência, há erros grosseiros sendo praticados, deliberadamente ou não, sem que isso tenha consequências mais graves. Isso é preciso mudar.

Nas eleições passadas, a fúria manipuladora das empresas de pesquisa extrapolou de tal maneira que a Câmara dos Deputados aventou a possibilidade de se criar uma CPI para investigar a fundo os procedimentos internos dos institutos. O assunto morreu em poucos meses. Agora, parece que tudo indica que as manobras espertas vão continuar na próxima eleição.

Até hoje muitos eleitores de Campo Grande quando me encontram confessam que decidiram seu voto de olho nas pesquisas. Na véspera do primeiro turno da eleição municipal, a mídia divulgou amplamente, com base em institutos credenciados, que meu índice de preferência era de 14%, longe do segundo colocado, que pontuava mais de 27%. Na apuração final, tivemos mais de 25% dos votos enquanto o segundo colocado teve 27%. Por uma diferença de 10 mil votos não fomos para o segundo turno. Na época ficou claro para milhares de eleitores que eles foram induzidos ao erro por acreditar que não tínhamos chance.

Essa é a questão: o erro – proposital ou não – das pesquisas interfere na vontade de parcela do eleitorado, principalmente num quadro de disputa acirrada. Não se trata de defender limites ao acesso às informações, mas pregar que haja mudanças nos critérios da justiça eleitoral para coibir abusos de empresas que “vendem” números maquiados.

Sabemos que as pesquisas são registradas na Justiça Eleitoral, com prazo determinado para consulta dos interessados antes da divulgação pela mídia. Mas, salvo falhas grosseiras de procedimento, é muito difícil identificar manipulações nas aplicações dos questionários. Não há pessoal técnico e especializado para isso nos TRES.

Os institutos dizem sempre que pesquisa é fotografia de momento e que toda campanha tem dinamismo próprio e os números mudam ao sabor dos acontecimentos. Esse argumento seria aceitável quando se constata índices pequenos. No caso da eleição de Campo Grande a margem de erro anunciada era de 4 pontos percentuais, mas verificou-se depois, no resultado final, uma diferença de mais de 100 pontos percentuais.

Por isso, não há como deixar de questionar: qual credibilidade pode ter uma pesquisa que apresenta 10, 15 ou 20% de diferença entre sua divulgação 24 horas antes do pleito e o resultado das urnas? No caso do erro do IPEA, como foi dito, ninguém saiu prejudicado, a não ser a credibilidade do Instituto. Num processo eleitoral não é o que acontece. A democracia é ferida de morte, sem chance de se voltar atrás.

 
*Deputado Federal do PSDB/MS