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Aécio avalia entrevista de Dilma: “é patética, uma presidente acuada”

17411722Reeleito presidente do PSDB no último domingo, o senador Aécio Neves avaliou as afirmações da presidente Dilma Rousseff à Folha de São Paulo, divulgadas nesta terça-feira (7). Em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, ele disse que a presidente perdeu a oportunidade de defender uma retomada na economia e disparou:

“Tenho a sensação de uma presidente acuada. Chega a ser patética, porque ela busca se sustentar na sua trajetória política. Reconheço a trajetória dela e respeito. Mas ela não enfrentou, com clareza, os reais problemas que estão à sua frente”, afirmou. Aécio cometeu ainda um ato falho ao dizer que foi reeleito ‘presidente da república’, e corrigiu-se: “Não! Presidente do PSDB”.

Sobre um possível impeachment da presidente, Aécio defendeu-se, dizendo que não é golpista, mas que o partido tem a responsabilidade de apontar saídas jurídicas para essa possibilidade. Admitiu conversar com o PMDB e que o partido do vice-presidente da República pensa também na retirada de Dilma.

“O PMDB é uma grande federação. Meu feeling é que setores deles já avaliam cenários sem a presidência. Mas nosso papel é agir com responsabilidade, garantir que nossas instituições, em todas as suas instancias, ajam com independência”, disse.

Manobra de Cunha
Aécio também criticou a manobra do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que reverteu uma derrota inicial na votação da redução da maioridade penal: “Achei forçação de barra do Eduardo Cunha, de votar tudo no dia seguinte”.

Derrota nas eleições
Derrotado no segundo turno das eleições presidenciais, em 2014, Aécio afirma que perdeu a eleição para “criminosos”:

“Meu sentimento é de que não perdi as eleições para um partido político ou governo, e sim para organizações criminosas”, disparou.

Questionado se jantaria com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, com o presidente do Senado, Renan Calheiros, ou com o presidente do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer: “Tenho convivência muito boa com Michel Temer e não vejo sentimento golpista nele, apesar de setores do seu partido admitirem essa saída”.

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