A Revista Veja lançou um aplicativo para os cidadãos pesquisarem políticos acusados de integrar esquemas de desvios de verba pública e até mesmo políticos que já foram presos por corrupção. Na lista, que conta com 46 candidatos em todo o Brasil, dois são parlamentares de Mato Grosso: Wellington Fagundes, deputado federal e candidato ao Senado Federal pelo PR, e o deputado federal Carlos Bezerra (PMDB), candidato a reeleição.
Em 2006 Wellington Fagundes teve seu nome envolvido num esquema de corrupção patrocinado pela Planam, empresa mato-grossense que fornecia ambulâncias superfaturadas para as prefeituras. O escândalo, que ficou conhecido com a “Máfia dos Sanguessugas”, se beneficiava de emendas parlamentares.
O aplicativo da revista explica que Wellington Fagundes foi apontado pelos donos da Planam, Darci e Luiz Vedoin (pai e filho, respectivamente) por ter recebido propina de R$ 100 mil em espécie. Parte da propina foi paga pessoalmente, e parte foi entregue a um de seus assessores.
Wellington Fagundes negou o envolvimento na época e foi um dos cinco sanguessugas a se reeleger em 2006. Na mesma campanha ele declarou gastos pessoais de R$ 805 mil, contra um patrimônio declarado menor, no valor de R$ 681 mil.
O parlamentar explicou-se assim a revista: “Declarei meus bens com valores de 15 anos atrás para não pagar imposto. A lei permite”.
No STF ele ainda é alvo de inquérito que apura peculato. A investigação corre sob sigilo.
Carlos Bezerra
Segundo os Vedoin, o casal Carlos e Teté Bezerra também fez acordo para receber R$ 100 mil reais com o compromisso de favorecer a Planam com emendas. Em uma planilha apreendida pela PF, estão lançados pagamentos a um então assessor de Teté no total de R$ 84 mil reais.
Veja abaixo o link do ‘Rede de Escândalos’:
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/rede-de-escandalos-o-passado-enrolado-de-46-candidatos