Brasília – Ao aumentar a taxa básica de juros, o Banco Central amplia a dívida pública brasileira. Os dados estão em reportagem publicada no domingo (24) pelo jornal Correio Braziliense. De acordo com o texto, projeções do mercado indicam que a cada ponto que a taxa Selic é elevada, o endividamento é acrescido de mais R$ 9,5 bilhões.
O aumento da taxa de juros – que deve ser de 0,5%, com a Selic passando de 9,5% a 10%, apontado como um remédio para coibir a alta da inflação no Brasil, tem a redução da atividade econômica e elevação da dívida como efeitos colaterais.
Para o senador Cyro Miranda (PSDB-GO), a medida é fruto da ausência de planejamento da economia por parte do governo federal. “A política econômica implementada pelo PT está fracassando. Ao invés de desenvolver o Estado, eles optaram por inchá-lo, ampliando mais e mais suas despesas. Jogam por terra tudo o que foi construído lá atrás, na gestão do PSDB. O resultado não poderia ser outro”, disse.
Entre as decisões do PT que levaram à fragilização das contas públicas, segundo Cyro, está a criação excessiva de cargos na administração federal.
“O governo não para, mesmo em crise, de inventar novos postos de trabalho na máquina pública, de ampliar o empreguismo, e tudo com a finalidade de abrigar seus aliados. É um novo tipo de mensalão: o mensalão através de cargos em excesso”, declarou.
Indústria – A matéria do Correio ressalta que o setor industrial tem sentido, como poucos, a fragilidade da economia nacional. O gerente executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco destacou que a indústria nacional passa por um processo de estagnação.
Para Cyro Miranda, os efeitos da política do governo petista para a indústria começarão a ser sentidos com mais intensidade nos próximos meses.
“Em breve, as indústrias vão deixar de investir. Não mais qualificarão seus empregados e a consequência disso será o aumento das demissões. É um cenário ruim ao qual o PT está nos levando”, concluiu.