Apesar da recessão econômica instalada em todos os setores do Brasil pelo governo do PT, o custo da cesta básica caiu em 25 capitais no mês de novembro após a saída da ex-presidente Dilma Rousseff. A constatação é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As reduções mais expressivas foram observadas em Boa Vista – com queda de até 7,35%, seguida por Recife, Cuiabá, Salvador e Belo Horizonte.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, foi verificado que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em novembro, 49,87% dos seus rendimentos para adquirir os mesmos produtos que, em outubro, demandavam 51,29%. A cesta mais cara foi a de Porto Alegre, seguida de Florianópolis e São Paulo.
O deputado federal Sílvio Torres (PSDB-SP) aponta que esse é o primeiro sinal de que a inflação no Brasil vem sendo controlada, após a alta deixada pelo governo Dilma. “Isso está sinalizando que a inflação continua caindo.
Provavelmente, ano que vem vai ficar dentro da meta prevista de 4,5% ao ano. Por outro lado, reflete também uma queda de recursos muito grande, que já tem sido repetida em todos os levantamentos feitos. A previsão é de chegar a mais de 12 milhões de desempregados até o final do ano, e continuar aumentando até o ano que vem”, afirmou.
Mesmo com a queda nos preços da cesta básica, o deputado Sílvio Torres faz um alerta para a situação econômica do Brasil. “Praticamente, a única notícia boa que temos até agora é a queda do alimento, que traz um alívio para as famílias. Mas o Brasil ainda tem muito a superar dessa crise herdada. Estamos tomando as medidas necessárias Aprovamos a PEC 241, proposta da reforma da Previdência, outras reformas microeconômicas a recuperar também a confiança dos investidores. Mas é um tempo de muita ansiedade e de muitas incógnitas ainda, de muita imprevisibilidade.”