A crise econômica herdada do governo Dilma Rousseff ameaça paralisar pelo menos 14,3 mil obras que dependem apenas de verbas públicas e que fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Na lista, constam projetos de urbanização e de prevenção de áreas de risco, além de Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs, como revela reportagem publicada nesta segunda-feira (23) pelo jornal O Globo.
O programa, lançado em 2007, foi carro-chefe da campanha de reeleição da presidente afastada, que ganhou o apelido de “mãe do PAC”, mas que foi negligenciado pelo governo do PT em razão dos desmandos na economia do país.
Para o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), o programa é uma peça fictícia do PT. “Obras inacabadas, anúncios de novas obras sem concluir as anteriores. Então tudo isso gerou essa instabilidade, ao ponto de nós termos milhões de reais comprometidos e mais de 14 mil obras abandonadas. O PAC não deixa de ser uma peça fictícia da presidente Dilma e do ex-presidente Lula, tanto é que muitas dessas obras estão na Lava Jato. O PAC nada mais é que um plano de aceleração da corrupção.”
Sem dinheiro, o presidente em exercício, Michel Temer, deve priorizar obras que possuem participação privada, por meio do programa Crescer. Outras obras comprometidas com dinheiro público e com andamento indefinido são Unidades Básicas de Saúde, creches, pré-escolas e saneamento básico.
Para Gomes de Matos, o suporte da iniciativa privada será importante para garantir o desenvolvimento em tempos de crise. “O PT enganou a população brasileira, tanto é que o presidente Michel Temer está buscando a iniciativa privada para garantir efetivamente o desenvolvimento do país e a retomada de empregos”, afirmou o deputado.