Assembleias Legislativas de vários estados do Brasil investigam a prestação de serviço das operadoras de telefonia móvel. A pressão da sociedade e da classe política é grande, mas não apresenta resultados práticos. As empresas continuam liderando o ranking de reclamações no Procon e não sinalizam aporte de novos investimentos em expansão e melhoria da rede.
Para o relator da CPI da Telefonia da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (AL-MT), deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), o cenário é negativo e a saída parece ser uma decisão drástica: parar a venda de novas linhas até que as operadoras garantam atenção especial na busca de solução para os constantes problemas que afetam os consumidores, além de garantir a cobertura de pelo menos 100 municípios do estado não são atendidos hoje.
“Mato Grosso seguiu o exemplo de outros estados e abriu uma CPI para investigar os gargalos da telefonia móvel. Por onde passamos, a sensação é de abandono dos usuários. O sinal não chega, mas a conta vem. Cobranças indevidas e outros sérios problemas que envolvem até mesmo as obrigações fiscais das operadoras. Se mesmo com tudo isso as empresas se recusam a investir e melhorar a qualidade do serviço, chegou o momento de tomar uma posição dura e impedir a venda de chips”, afirmou o deputado.
Guilherme Maluf defende que seja construído um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com as empresas, paralisando as vendas de novas linhas e as obrigando a fazer todos os investimentos necessários.
“Até mesmo o sindicato da categoria admite que os grandes problemas estão relacionados a instalação de novas antenas e se mostram pessimistas quando ao aporte desses investimentos. Mato Grosso tem a oportunidade de sair na frente e firmar esse TAC para começar a resolver esse caos que virou a telefonia móvel no estado”, enfatizou Maluf.