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Governo Dilma arruinou economia do Nordeste, dizem tucanos

dilma-foto-300x131A queda na economia em oito estados foi igual ou superior a 5% em 2015. Seis deles estão no Nordeste e no Norte do país. De acordo com matéria do jornal Valor Econômico desta segunda-feira (14), as duas regiões reverteram a tendência sustentada até 2014, com desempenho pior do que o da média nacional no ano passado (recuo de 3,8%), algo que, segundo especialistas, deve se repetir em 2016. O PIB do Norte caiu 4,4% e o do Nordeste, 4,1% – os piores resultados do país, segundo dados da consultoria 4E.

“O governo Dilma arruinou o Brasil e, em especial a região Nordeste. Isso é o retrato dos equívocos da política econômica intervencionista e desastrada da presidente”, criticou o deputado federal Betinho Gomes (PSDB-PE).

Segundo o Valor, o Nordeste foi atingido, principalmente, pelo recuo de investimentos em infraestrutura e de contração do setor de serviços. O impacto na região da paralisação de serviços causada pela descoberta, por parte da operação Lava Jato, de escândalos foi mais forte, com cancelamentos de projetos de estaleiros e ligados a Petrobras. Pernambuco teve queda de 4,5% do PIB em 2015, além da Paraíba e do Maranhão, que caíram 5% cada.

Para o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (CE), a falta de apoio do governo Dilma agravou a situação econômica do Nordeste, principalmente, pela inércia da Sudene, órgão que poderia ajudar no planejamento da região. “São vários fatores que intensificam o aumento das desigualdades em relação ao Nordeste, Norte e as demais regiões do país. Dentre eles, a falta de infraestrutura nas questões hídricas, rodoviárias e ferroviárias, como a transposição do Rio São Francisco e Trasnordestina. A refinaria Premium I e II, em que foi gasto mais de R$, 2,6 bilhões, poderia fortalecer a economia do Nordeste, mas não foram concretizadas, a refinaria Abreu Lima teve o seu projeto desacelerado, além das obras aeroportuárias que não saíram do papel”, declarou.

Já no Norte, a queda de 4,3% do varejo nacional explica o quadro bem pouco animador. Crucial para a economia do Amazonas, a produção da Zona Franca de Manaus foi atingida em cheio pela crise, em especial a de bens duráveis, e caiu mais do que 9%.

Recuperação só em 2017

Para Leopoldo Gutierre, sócio da 4E Consultoria ouvido pelo jornal, a recuperação dos Estados deverá ocorrer apenas a partir de 2017, com a possível redução da incerteza política e o aumento da confiança dos agentes. “Centro Oeste e Sul vêm sofrendo com os problemas de queda da demanda e confiança como o Brasil como um todo, mas devem se recuperar um pouco mais rápido, colhendo frutos do setor externo”.

Além disso, segundo a reportagem, a única região a cair em 2014 (-0,5%), o Sudeste voltou a registrar queda em 2015, de 3,7%. Na região, o PIB de São Paulo caiu 3,9% nas contas da 4E, queda que chegou a 5,1% conforme o Itaú, que acompanhou o baixo desempenho da indústria da transformação, em especial do setor automotivo. O Rio de Janeiro caiu 1,6%, e Minas e Espírito Santo devem sofrer um pouco mais pelos efeitos do desastre ambiental na cidade mineira de Mariana.

O Sul sofreu queda de 4% em 2015 puxado pelo Rio Grande do Sul (- 4,9%), que responde por cerca de 37% do PIB da região. O Estado teve, segundo a 4E, recuo de 1,5% do emprego formal e de 13,2% no varejo ampliado, os piores números da região. Para o Itaú, o PIB do Rio Grande do Sul caiu mais, 5,8%. No Centro-oeste, a queda do PIB da região foi de 3,8%, tendo Goiás com o pior desempenho (-5,6%).

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