*Publicado na coluna de Míriam Leitão – 04/09/15
A inflação está maior para as famílias pobres, com renda até 2,5 salários mínimos. Medido pela FGV/Ibre, o IPC-C1 acumulou 10,37% (alta de 0,06 ponto) em 12 meses até agosto. O resultado — o maior da série iniciada em 2004 — é superior ao índice geral, o IPC-BR, que ficou em 9,37% no período.
De janeiro a agosto, a alta acumulada é de 8,01%. Na variação mensal, o IPC-C1 perdeu força e variou 0,06% (contra 0,68% em julho).
Na comparação com o índice geral, o indicador dá mais peso aos gastos com alimentação e tarifas. No mês, a inflação dos alimentos recuou 0,36% e os preços da habitação subiram pouco (0,18%).
Em 12 meses, porém, esses foram os grupos que mais subiram. A alta acumulada dos alimentos foi de 10,97%. No período, os gastos com habitação cresceram 14,52%. Para a FGV, o IPC-C1 deve terminar o ano acima do índice geral.