O campo de atuação da frente parlamentar vai além dos domínios da Câmara. O trabalho pode e deve se feito em parceria com as Assembleias Legislativas e os Governos Estaduais, corresponsáveis pelas políticas públicas do setor.
A principal preocupação da frente, segundo Leitão, é com a diminuição dos investimentos ao longo dos últimos anos, um contrassenso diante da crescente arrecadação de impostos.
“Não é nenhuma novidade a dificuldade do atual governo em cumprir com suas obrigações constitucionais. O problema é que os brasileiros, antes reféns dentro de suas casas, agora nem lá estão em segurança. Nos últimos 13 anos e meio, o governo deixou de aplicar mais de R$ 21 bilhões em segurança pública. Não é falta de recurso, uma vez que a arrecadação cresceu quase 300 por cento no período; é falta de prioridade,“ diz o parlamentar mato-grossense.
O mapa da violência, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostra a necessidade urgente de rever os investimentos no setor. Segundo o último levantamento, somente em 2013, 53.646 pessoas morreram de forma violenta, vítimas de homicídio doloso, latrocínio ou lesão corporal seguida de morte; o equivalente a uma morte a cada 10 minutos. No mesmo período foram registrados 50.320 estupros, mas o número pode chegar a 143 mil, se considerar que apenas 35% das vítimas procuraram a autoridade policial para registrar o crime.
Nilson Leitão diz que o governo é tão criminoso quanto aqueles que “anistia”, quando deixa de investir na segurança.
“O governo comete crime, quando em nome do superávit primário deixa de fazer os investimentos necessários e urgentes na segurança pública. Equilíbrio fiscal se faz com a correta aplicação dos recursos, não com cortes no orçamento de setores essenciais. Quando deixa de equipar as polícias ou ampliar o sistema penitenciário, por exemplo, se torna tão criminoso quanto aqueles que são anistiados pelo caos criado pelo próprio governo”, sentencia Leitão.