Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado promoveu audiência pública nesta quarta feira, 09, onde o deputado Nilson Leitão (PSDB/MT) participou para escutar os esclarecimentos do Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
Com requerimento de autoria do deputado Nilson junto com os deputados Carlos Sampaio (PSDB/SP) e Otavio Leite (PSDB/RJ), o ministro foi convocado para falar sobre a entrevista concedida pelo Sr. Romeu Tuma a revista Veja onde fez declarações sobre Gilberto Carvalho.
O ex-secretário Nacional de Justiça é autor do best-seller “Assassinato de Reputações – Um crime de Estado”, livro onde o autor fez várias denuncias contra o governo. Tuma contou que foi monitorado com escutas telefônicas durante dois anos pela parte da Polícia Federal “instrumentalizada” pelo PT, que, segundo ele, queria descobrir qualquer coisa para desmoralizá-lo, com o objetivo de tirá-lo do governo.
Para Leitão é imprescindível que como homem público, o ministro preste esclarecimentos sobre o caso. “Qualquer pessoa que tenha sua honra confrontada deve ter o direito de se defender, e nós queremos escutar os esclarecimentos. Como homem público ele tem o dever de tratar abertamente sobre o caso”, disse.
Outro assunto abordado na audiência foi sobre as informações de que o ministro acusou a Policia Militar do Distrito Federal de agir de forma truculenta em conflito causado por manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST.
Nilson Leitão disse ser visível que o MST tem motivação vinda por parte do governo para fazer as manifestações. “Está bem claro que o governo tem envolvimento e essa convocação quer exatamente saber qual é o nível. A forma como o governo tem agido com o Brasil diante de tantos escândalos é equivocada e antidemocrática”, expõe.
Em defesa, Gilberto Carvalho disse que no caso do ex-secretário Romeu Tuma fará suas declarações apenas no momento que julgar necessário e que referente ao MST, não existe nenhum envolvimento do governo para incentivar manifestações. “É fato que irei processar, pois ele não possui nenhuma prova que avaliza suas denuncias, mas no momento não irei dar palanque para ele. Já em relação ao movimento dos sem terra, é absurdo dizer que o governo dá apoio a vandalismo. Em momento nenhum apoiamos invasões ou estigamos confronto”, esclareceu.