O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), participou de reunião no Palácio do Planalto, neste domingo (19), para discutir as consequências da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal na última sexta-feira.
A reunião com o presidente Michel Temer contou também com a presença dos ministros da Agricultura, Blairo Maggi, da Indústria e Comércio Exterior, Marcos Pereira, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Luiz Eduardo Rangel, além de representantes do setor como os presidentes da ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), Antonio Camardelli, da ABPA (Associação Brasileira da Proteína Animal), Francisco Turra e o presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), João Martins.
Durante a discussão ficou evidente a preocupação do governo brasileiro, sobretudo com os reflexos no mercado externo. O presidente Michel Temer disse que algumas medidas tomadas de forma emergencial para tentar minimizar os efeitos, como a punição dos fiscais flagrados em conduta ilegal, fechamento das três unidades e a determinação para aumentar o rigor na fiscalização.
Para o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Nilson Leitão, os problemas foram pontuais e a cadeia produtiva não deve ser demonizada. “O Brasil tem 4837 unidades de processamento animal e apenas 21 estão citados na operação. Não há porque demonizar este setor que gera muito emprego, segura a balança comercial e gera muita renda para o País. Vamos defender o nosso produtor e a nossa produção”, disse.
Michel Temer também se reuniu com embaixadores e representantes de países que importam carne brasileira. Ele prometeu acelerar o processo de auditoria sobre os 21 frigoríficos citados na investigação e disse que as plantas frigoríficas exportadoras estão abertas para inspeção dos países importadores.
Na saída do Planalto, questionado sobre a possibilidade de uma CPI para investigar o caso, Nilson Leitão disse não acreditar que haja necessidade. “Sou a favor da investigação, que se aprofunde, que dê celeridade, mas não podemos fazer disso uma guerra, um palanque político”, afirmou.