Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (9) alerta para o crescimento da parcela mais pobre da população. Segundo a análise, feita por empresas especializadas em detectar hábitos de consumidores, as classes D e E equivalem a 37,3% dos domicílios brasileiros, e não 18,2% como vinha sendo noticiado.
A metodologia atual deverá ser substituída por um modelo mais amplo, que considera, além de posse de bens, acesso à rede de água, esgoto e rua pavimentada. No total, são 180 companhias reunidas na Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep) e responsáveis pelos dados da pesquisa.
Segundo a coordenadora do Núcleo Social do PSDB, Rita Camata, o estudo torna pública a maquiagem de dados feita pelo governo. “É absurdo esse número e triste ver como nossos representantes tentam nos enganar com falsos índices”, ressaltou.
A tucana destaca a falta de esforço dos governantes e chama atenção para outras prioridades. “Precisamos de serviços públicos de qualidade e a precariedade na qual eles se encontram é enorme”, afirmou.
Um dado da pesquisa mostra que, na classe A, a parte mais alta da pirâmide, a rede de esgoto tratado está disponível para 80,2% dos cidadãos, em contraste com a classe E, a mais baixa, em que ele serve a apenas 9,5% dos habitantes.