Brasília – A Pesquisa CNT de Rodovias 2013, feita pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), mostra que piorou o estado das rodovias brasileiras em 2012. Segundo o levantamento, 63,8% da extensão avaliada apresenta pelo menos três problemas comuns: pavimento, sinalização e geometria da via. Em 2012, o percentual era de 62,7%.
A CNT percorreu 96.714 km de rodovias, o equivalente a toda a malha federal pavimentada e às principais rodovias estaduais. A pesquisa indicou que 46,9% das vias apresentam problemas de infraestrutura. A sinalização é deficiente em 67,3% das estradas e 77,9% não se enquadram nos padrões satisfatórios para a habilidade do motoristas em manter o controle do veículo e identificar situações e características perigosas.
Acostumado a percorrer as estradas mineiras, o deputado federal Marcus Pestana (MG) afirmou que a pesquisa confirma o que ele percebe no seu cotidiano. “É um quadro dramático. A pesquisa revela bem isso. A malha viária brasileira está sucateada”, disse ele. “A BR-381 [que liga Belo Horizonte a João Monlevade] é conhecida como Rodovia da Morte. E a BR-040 [que liga a capital mineira a Conselheiro Lafaiete] é um monumento à incompetência.”
Minas Gerais tem a maior malha rodoviária do Brasil, equivalente a 16% de toda a malha viária existente no país. No estado, são 269.546 km de rodovias. Deste total, 7.689 km são de rodovias federais, 23.663 km de estaduais e 238.191 km de municipais.
Belo Horizonte situa-se no entroncamento de grandes rodovias, o que permite a integração de Minas Gerais com os maiores centros urbanos do País e com os principais mercados. As distâncias entre Belo Horizonte e algumas capitais são as seguintes: Brasília (716 km) São Paulo (586 km), Rio de Janeiro (434 km), Vitória (524 km), Salvador (1.372 km), Fortaleza (2.528 km) e Porto Alegre (1.712 km).
Para Pestana, o problema da malha viária pode ser sintetizado em um aspecto: a falta de investimentos em infraestrutura. “A malha viária está em frangalhos. De um lado, o setor público comandado pelo PT não consegue produzir poupança, o sintoma maior é que o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] empacou. Por outro lado, o setor privado não consegue acreditar no governo federal e na presidente Dilma [Rousseff]”, disse ele.