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Petrobras deveria frear investimentos para evitar desastre maior em 2014, dizem especialistas

PSDB 17Brasília – A política econômica da Petrobras caminha na direção contrária à política apontada por especialistas do setor energético. Segundo eles, a empresa deveria frear o ritmo de investimentos para evitar que o aumento do endividamento leve ao seu rebaixamento no ranking das agências de risco. As informações são do jornal Folha de S. Paulo (5).

O problema é que, em ano eleitoral, dificilmente a companhia e o governo federal promoveriam uma redução em qualquer um dos 947 projetos em andamento. Só o Plano de Negócios para o período 2013-2017, que está sendo revisado para 2014-2018, prevê investimentos de US$ 236,5 bilhões, ou seja, US$ 47,3 bilhões por ano.

Para Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB-ES), ex-prefeito de Vitória e engenheiro de produção, o Brasil colhe hoje, e ainda colherá por muitos anos, os resultados da “contrarreforma” que foi a mudança de modelo do marco regulatório do setor do petróleo, feita pelo PT a partir de 2007, após a descoberta da camada do Pré-Sal.

“Na ocasião, dissemos que se tratava do maior erro de política econômica estratégica do Brasil, da história contemporânea. Os prejuízos causados a Petrobras e ao país pelo modelo aplicado no governo PT são da casa de bilhões. Hoje, a Petrobras vale menos da metade do que já valeu, deixou de ser uma empresa que opera no mercado global para ficar sozinha no mercado nacional, o que não consegue”, critica.

O tucano avalia que as ações desenvolvidas pelo governo federal prejudicaram as exportações de petróleo e derivados, trouxeram enormes prejuízos para acionistas e trabalhadores que adquiriram ações pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e afugentaram investidores.

“Os resultados são autoexplicativos. Usam dinheiro de bancos públicos e do Tesouro Nacional quando não precisariam, o que contribui para a volatilidade das ações. É um elenco muito grande de equívocos, e o PSDB tem denunciado isso”, completa.

Ano perdido – Para grande parte dos analistas ouvidos pela Folha, 2014 será um ano perdido para a Petrobras. Isso porque, mesmo que a produção de petróleo aumente 7%, como é esperado para o ano, a queda de até 3% em 2013 limitará o aumento da produção, que ficará apenas no mesmo nível alcançado em 2010.

“Ficou muito complicada a situação da empresa, não sei como ela vai sobreviver até as eleições. Vai ter que torcer para não ser rebaixada [pelas agências de risco], para o dólar cair, para o petróleo não subir”, declarou o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, em entrevista à publicação.

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