O deputado Nilson Leitão, vice-líder do PSDB na Câmara dos Deputados, usou a tribuna nesta quinta-feira para se posicionar sobre as afirmações da presidente da República, Dilma Rousseff que, questionada por jornalistas que acompanharam sua viagem ao exterior, refutou qualquer traço de corrupção em seu governo.
“A presidente Dilma adotou uma estratégia de desafiar a sociedade brasileira, desafiar a classe politica, desafiar os poderes; em dizer que ninguém poderia julga-la, ninguém poderia ataca-la porque a moral dela é uma moral ilibada, porque ela não está envolvida em nenhum tipo de crime”, disse Leitão.
O parlamentar argumentou que ninguém gosta de fazer acusações pessoais, mas endureceu o discurso em direção à Dilma.
“É obvio que essa postura da presidente Dilma é no mínimo hipócrita, quando ela está sim envolvida com tudo que deu de errado na Petrobras. Ele foi presidente de um Conselho, foi ministra da Casa Civil. Foi a mãe dos assuntos ligados à energia e à Petrobras no Brasil durante muito tempo. Ela foi a gestora do PAC. De forma direta e indireta, a mãe do PAC. Ela usou a propaganda eleitoral com esses temas para se eleger e se reeleger”, lembrou o vice-líder tucano.
Nilson Leitão disse que é impossível que a presidente não esteja envolvida, tamanha a relação de proximidade e cumplicidade com pessoas que foram presas pelo envolvimento em casos de corrupção como o “petrolão”, por exemplo, de onde segundo denuncias, saiu parte dos recursos para a campanha de Dilma. Para ele há no Partido dos Trabalhadores, dois pesos e duas medidas.
“O discurso não casa com as atitudes” disse em referência ao relatório do deputado Luiz Sérgio (PT) na CPI da Petrobrás, que livrou petistas graúdos como Dilma, o ex-presidente Lula e o ex-gestor da Petrobras, Gabrielli, de participação nos esquemas de corrupção.
Leitão lembrou que a crise vivida hoje é fruto da forma equivocada com que o Partido dos Trabalhadores governa o Brasil, quebrando as universidades públicas, os programas sociais e a dona de casa. A mudança, segundo ele, terá inicio com a saída da presidente, que pode ocorrer através de processo de impeachment. Um novo pedido foi protocolado ontem, e traz entre outros, o histórico das pedaladas fiscais praticadas em 2015.