PSDB – MT

“Quanto mais o governo adia as votações, pior para o governo fica”, avalia líder, em referência ao andamento do processo de impeachment de Dilma

nilson-leitao-foto-agencia-camara-300x197O 1º vice-líder do PSDB na Câmara, presidente do PSDB-MT, deputado federal Nilson Leitão (MT), repercutiu, em entrevista à rádio Capital, de Cuiabá, nesta quarta-feira (9), os desdobramentos do cenário político brasileiro. “Quanto mais o governo adia as votações, pior para o governo fica”, afirmou o tucano, em referência à vitória da chapa alternativa formada por deputados de oposição e dissidentes da base governista para a comissão especial do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O parlamentar demonstrou otimismo em relação à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, de suspender o andamento do impeachment na Câmara até o próximo dia 16. A decisão do ministro foi tomada ainda ontem (8) a pedido do PCdoB, que questionou a legalidade da votação secreta.

“Há pelo menos 25 anos na Câmara, todos os votos de eleição de comissão são secretos. Todos eles, sem exceção. No Senado Federal, a mesma coisa. Então, isso não fugiu do que a Câmara rotineiramente faz. Para nós da oposição, nada foi ruim, porque vencemos no voto e, caso o STF, no seu pleno, decida que teremos que fazer uma nova eleição com o voto aberto, – o que não acredito que ocorrerá – vamos ganhar novamente, e será mais uma derrota contra o governo”, afirmou.

Para o líder, o adiamento piora ainda mais a situação da presidente Dilma Rousseff. “Acho que a reação da oposição é que o PT nos dá um bom tempo para fazer mais mobilização. Quanto mais o governo adia essas votações, pior para o governo fica, porque aumenta o sentimento da rua, aumenta as manifestações e a pressão sobre os deputados que talvez não sofreram pressão ainda em relação ao impeachment”, enfatizou.

Toma lá, dá cá

Leitão também avaliou como “importante” para a vitória da oposição a carta que o vice-presidente Michel Temer enviou na última segunda-feira (7) à presidente Dilma Rousseff, na qual apontou episódios que demonstrariam a “desconfiança” que o governo tem em relação a ele e ao PMDB.

“[A carta] sem dúvida motivou muitos deputados que se rebelaram contra o encaminhamento do Picciani [ex-líder do PMDB na Câmara, destituído hoje]. É claro que acaba incendiando os membros do PMDB, dizendo que o PMDB realmente não está servindo para nada. O PMDB que está com o governo é aquele PMDB fisiológico, que quer o toma lá, dá cá”, observou.

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