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Senador tucano: “Queremos políticas para valer. Não são essas do marketing”

PSDB 153 “Temos propostas, temos experiências que deram muito certo em muitos lugares”, disse o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, durante entrevista coletiva no lançamento do Portal Social do Brasil.

Segundo ele, o PSDB quer olhar para o futuro.

“E apresentar ao debate na sociedade os grandes temas sociais, quais são as políticas para a juventude. Políticas para valer. Não são essas do marketing, da maquiagem, mas políticas que possam permitir a inclusão, a qualificação do jovem, a sua entrada no mercado de trabalho com consistência.”

A seguir, a entrevista:

Coletiva do presidente do PSDB, senador Aécio Neves, no lançamento do Portal Social do Brasil

Data: 04-09-13

Local: Brasília – DF

Sobre o lançamento do Portal Social do Brasil.

Queremos olhar para o futuro e apresentar ao debate na sociedade os grandes temas sociais, quais são as políticas para a juventude. Políticas para valer. Não são essas do marketing, da maquiagem, mas políticas que possam permitir a inclusão, a qualificação do jovem, a sua entrada no mercado de trabalho com consistência. Política para os idosos, na área da saúde, da educação, da geração de renda. O que estamos fazendo aqui hoje é dizer o seguinte: temos propostas, temos experiências que deram muito certo em muitos lugares.

Temos questionamentos em relação a algumas ações do governo nesta área que não estão levando o Brasil a superar a pobreza. O que me parece é que o PT prefere administrar a pobreza e constituir quase que um feudo eleitoral. Então, já que em relação à questão econômica é quase uma covardia comparar a responsabilidade e a competência do PSDB com a incompetência do PT, queremos agora, discutir na área social. E temos propostas que transformam a sociedade, que superam a pobreza e não, simplesmente, permitem a sua manutenção e a sua administração diária.

É isso. O que estamos querendo dizer é o seguinte: temos inúmeras experiências exitosas em várias partes do Brasil. Vamos discuti-las, vamos aprimorá-las, vamos permitir que o nosso companheiro do interior do Acre possa conhecer uma experiência exitosa do Rio Grande do Sul, ou da Paraíba, ou de Minas Gerais. E implementá-la se achar adequado.

Vamos constituir uma grande rede de pessoas preocupadas com resultados. Este é um passo muito importante para a construção do novo PSDB que não tem medo de debater nenhum tema e que tem conteúdo e tem propostas para o Brasil do futuro. E essa próxima eleição de 2014 é a eleição dp futuro. Quem tiver propostas reais, papo reto, sem embromação, o que dá para fazer e como vamos fazer, é o partido que vai ganhar a eleição. Espero que seja o PSDB.

O lançamento deste Portal Social do Brasil é uma resposta ao marketing do governo na área social?

O PT equivocadamente acha que tem o monopólio da preocupação social. E estamos mostrando que é o inverso. As políticas sociais do PT até hoje têm como único mérito administrar a pobreza. Queremos muito mais, queremos a superação da pobreza. Na nossa avaliação, a pobreza não pode ser considerada apenas quando não há renda, a pessoa desprovida da renda. Compreendemos a pobreza em uma dimensão muito maior, quando a pessoa é desprovida da renda, dos serviços públicos de saúde, de educação, de moradia e também de capacidade de sonhar, de expectativa de futuro.

As nossas propostas, que vamos compartilhar com o Brasil, com os especialistas, e vamos debatê-las, elas têm esse objetivo. Construir para os atuais governantes propostas que eles possam executar nos seus municípios, nos seus governos, e obviamente, a partir daí, uma nova agenda para o futuro. A agenda da superação da pobreza, já que o PT se contenta exclusivamente com a sua administração.

O Sr. acha que é mais marketing do que resultados?

O PT se contenta exclusivamente com os programas de transferência de renda, que foram iniciados inclusive no nosso governo, do PSDB. Mas essa não é nem a questão. Até os programas de transferência de renda, como o Bolsa-Família, nós queremos que eles sejam acompanhados. Para que não haja desvios, para que haja incentivos a, por exemplo, que os pais de família possam voltar a entrar no mercado de trabalho, a se preparar.

Eu, por exemplo, defendo – e esta é uma questão nova – que aquele detentor do Bolsa-Família que conseguir um emprego, continue pelo menos pelos seis meses seguintes a receber o Bolsa-Família. Porque um grande receio que as pessoas têm hoje de entrar no mercado de trabalho é depois ficarem desempregadas de novo e não entrarem novamente no Bolsa-Família. O PT nem a coragem de discutir esses avanços teve.

Defendo que quando houver uma avaliação muito positiva dos alunos na rede escolar, acima, por exemplo, de determinada média, eles recebam um plus durante o período que aquele aluno mantiver essa performance acima da média. Isso tudo para estimular que isso ocorra. Como disse, quando os pais de família voltarem a estudar, eles devem receber mais, por exemplo, meia Bolsa-Família. Queremos discutir isso, mas não apenas essas questões, porque a questão da pobreza no Brasil não se restringe à questão da privação da renda, queremos falar da privação de esperança e da privação de serviços de qualidade.

Queremos ir para o debate. Já que fazer um debate no campo econômico é quase uma covardia, já que demonstramos responsabilidade, seriedade e coragem, e o PT tem mostrado na administração da economia muito pouca competência, a meu ver, flexibilizando muitas conquistas que tivemos lá atrás, queremos ir para o debate também no campo social. Um partido que almeja chegar ao poder, como o PSDB, não pode temer o debate em nenhuma área. E hoje o resumo desse evento é o seguinte: vamos debater políticas sociais. Queremos mostrar que temos propostas muito mais consequentes, exequíveis e realistas do que aquelas em que se acomodou o PT hoje.

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