O procurador-geral do órgão, Paulo Soares Bugarin, afirmou que denúncias feitas pela imprensa e por parlamentares tornaram visível a intenção de usar cargos e emendas para impedir que o número de votos necessários para a aprovação do impeachment na Câmara fosse alcançado. As informações são da matéria publicada nesta sexta-feira (20) pelo jornal Valor Econômico.
Entre os casos suspeitos está a Portaria 96/16, publicada em uma edição extra do Diário Oficial da União no final do mês de março. A medida alterou os limites de pagamento estabelecidos no decreto de programação financeira do governo. O TCU quer saber se a edição da portaria visou facilitar a liberação de emendas parlamentares.
Bugarin apoia a tese de que as nomeações feitas pelo poder Executivo devem ser controladas ou fiscalizadas com mais rigor. Segundo ele, o corpo técnico do TCU tem se queixado de dificuldades para fiscalizar as nomeações feitas no Executivo por falta de transparência.