O presidente em exercício Michel Temer anunciou, nesta terça-feira, novas medidas para tentar controlar a dívida pública e retomar o crescimento da economia brasileira. Entre os destaques, o peemedebista propôs a adoção de um teto para os gastos públicos, que deve ser proporcional à inflação registrada no ano anterior. Para o deputado federal Betinho Gomes (PSDB-PE), a medida garante a saúde da economia e dos programas sociais.
“Para manter a sustentabilidade da economia e dos programas [sociais] ao longo do tempo, que se tenha um limite para gastar aquilo que é suportável”, declarou.
O governo também deve resgatar o projeto conhecido como “lei das estatais”, de autoria do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Entre as medidas, a proposta determina que 25% dos membros dos conselhos de administração não podem ter vínculos com a estatal e com detentores de cargos de chefia no Executivo. Para Betinho, isso pode inibir a corrupção, principal herança do PT na administração de empresas públicas. Temer busca ainda recuperar pelo menos R$ 100 bilhões repassados nos últimos anos pelo Tesouro ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, o BNDES. Para o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), a recuperação desse montante ajudará a cobrir o rombo fiscal deixado pelo PT.
“Todos nós conhecemos o grande déficit promovido pelo desmando do PT. Tanto o ex-presidente Lula quanto a presidente afastada Dilma Rousseff fizeram a farra fiscal, a gastança. Nessa nova visão do presidente Michel, nós precisamos fazer esse ajuste fiscal e de diminuição do tamanho da máquina”, acrescentou.
Temer também garantiu que apoiará projeto de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), atualmente ministro das Relações Exteriores, e que retira da Petrobras a exclusividade das atividades do pré-sal.