Entrevista do candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves
Blumenau (SC)
Assuntos: propostas, declaração da presidente Dilma Rousseff na ONU, irregularidades na Petrobras
(Seguem trechos)
Visita a Santa Catarina
É uma alegria enorme estar mais uma vez em Santa Catarina, dessa vez em Blumenau, ao lado do meu grande companheiro Napoleão [Bernardes], do meu grande companheiro Paulo Bauer, no momento em que a nossa candidatura cresce em todas as regiões do Brasil, inclusive aqui. Já tive oportunidade, em outras vezes, de estar ao lado do meu amigo Napoleão, vir pegar a boa energia do povo catarinense para dar ao Brasil um governo decente e eficiente. E quero hoje reiterar o meu compromisso em dar ao Brasil a logística necessária para que nós possamos ter maior competitividade. O Estado de Santa Catarina é um estado extremamente importante do ponto de vista da própria indústria brasileira. Temos aqui o segundo mais importante polo têxtil do país e não há hoje a logística necessária ao escoamento da produção que aqui se faz em bases competitivas. Portanto, existem inúmeras obras, inclusive especificamente aqui na região onde nós estamos, como a duplicação da BR-470, uma reivindicação antiga e sempre adiada por esse governo.
Temos que cuidar de obras também de inibição das enchentes. Obras permanentes, não apenas emergenciais. Mas a nossa proposta fundamental é de fazer o Brasil voltar a crescer. A nossa candidatura é única que tem as condições de resgatar a credibilidade perdida do Brasil, para atrair de novo os investidores para serem parceiros nessas obras de infraestrutura e, principalmente, na retomada da geração de empregos que infelizmente estão indo embora. Empregos que deveriam estar sendo gerados no Brasil estão sendo gerados em outras partes do mundo pela incapacidade desse governo de fazer a indústria crescer e o próprio país crescer.
Estamos a pouquíssimos dias de uma decisão absolutamente fundamental na vida do país e também de Santa Catarina. Tenho um orgulho enorme de estar aqui ao lado de um dos mais talentosos políticos que conheço – o senador Paulo Bauer – e tenho absoluta convicção que a nossa parceria será boa para Santa Catarina, mas será também muito boa para o Brasil.
Sobre as declarações de Dilma na ONU sobre o Estado islâmico.
Foi lamentável o posicionamento da senhora presidente da República na ONU. Ela, em primeiro lugar, ocupou a tribuna oferecida a uma Chefe de Estado para fazer vergonhosos autoelogios ao seu governo. Parecia que estava gravando ali para propaganda eleitoral. E isso é encerrado com uma manifestação patética e que será registrada nos anais daquilo tudo que se deve condenar em diplomacia. Ela propõe o diálogo com uma organização criminosa que decapita pessoas. A ação liderada pelos Estados Unidos, inclusive com a participação de países árabes, foi feita para inibir o crescimento, repito, de uma organização criminosa. A palavra da presidente da República, absolutamente incorreta na linha oposta à tradicional política externa brasileira, envergonha a todos nós.
Sobre as irregularidades envolvendo a Petrobras
Ninguém aguenta mais acordar todo dia para abrir os jornais, saber qual é o escândalo do momento. O que o governo do PT veio fazendo com as nossas principais empresas, infelizmente, é um ato quase que de lesa-pátria. Liderei no Congresso Nacional a instalação da CPMI ao lado de vários senadores, inclusive do senador Paulo Bauer, porque os indícios eram muito fortes, de desvios naquela empresa. Agora, o que se descobre hoje, segundo a Polícia Federal, essas são palavras da Polícia Federal: existe uma organização criminosa atuando no seio da maior empresa pública brasileira. E quem denuncia que isso era algo orgânico dentro da empresa é um diretor nomeado por esse governo e mantido por este governo.
Não bastassem as denúncias iniciais do senhor Paulo Roberto – que hoje está preso -, apenas na área dele, resolvi fazer alguns cálculos, o que ele diz que foi desviado para a base aliada, permitiria que 450 mil crianças estivessem na creche. Muitas aqui no Estado. Permitiria que 50 mil habitações fossem construídas e dar dignidade à vida de 50 mil famílias brasileiras. E agora nós estamos vendo que essa teia se estende por várias outras obras. A [refinaria de] Abreu e Lima, eu fui à tribuna várias vezes denunciar que não era possível uma obra ser orçada em R$ 4 bilhões, já ter gasto mais de R$ 25 bilhões e não estar concluída. E nós estamos vendo agora o que aconteceu. Superfaturamento, quem diz não é o presidente do maior partido de oposição ou o candidato à Presidência da República. É o Tribunal de Contas da União que disse que houve superfaturamento naquela obra. Vou assumir a Presidência da República para limpar o Brasil. Para devolver a Petrobras aos brasileiros. Tirá-la das mãos desse grupo político que está fazendo negócios nela e, provavelmente, em outras áreas do governo.
Por isso tenho muita, mas muita convicção mesmo, pelo bem do Brasil, nós vamos estar no segundo turno. Porque quem pode derrotar o governo do PT, botar ordem no Brasil e iniciar um ciclo de desenvolvimento, de geração de empregos, de crescimento da nossa economia com ética na gestão pública, somos nós.
O Brasil não é para amadores. A Presidência da República não é lugar para aprendizado. Nós temos experiência, competência, compromisso com o Brasil e coragem para fazer o que é necessário para o Brasil encontrar um novo ciclo de desenvolvimento.
Blumenau (SC) faz festa para receber Aécio Neves
A cidade de Blumenau (SC), a 140 quilômetros da capital Florianópolis, foi palco de um grande ato político em apoio à candidatura de Aécio Neves à Presidência da República na tarde desta quinta-feira (25/09). Ao lado do candidato ao governo de Santa Catarina Paulo Bauer e do prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, ambos do PSDB, além de lideranças políticas, Aécio foi recebido por eleitores da região do Vale do Itajaí.
Acompanhado de perto pela população, Aécio caminhou pela Rua XV de Novembro, no centro da cidade, até a Praça Doutor Blumenau, onde cumprimentou eleitores, tirou fotos e agradeceu o carinho dos catarinenses.
“É uma alegria enorme estar mais uma vez em Santa Catarina, desta vez em Blumenau, ao lado do meu grande companheiro Napoleão e do meu grande companheiro Paulo Bauer, no momento em que a nossa candidatura cresce em todas as regiões do Brasil, inclusive aqui. Vim pegar a boa energia do povo catarinense para dar ao Brasil um governo decente e eficiente”, afirmou ele.
Sola de sapato
Em seu discurso, Aécio afirmou que a sua candidatura representa “homens e mulheres de bem que já não aguentam mais tanto descompromisso com o país”. Ele destacou que traz “coragem e liderança para fazer as mudanças necessárias”.
O candidato revelou ainda que, durante visita à Blumenau há dois anos comprou um sapato, que já está com a sola gasta de tanto andar pelo Brasil. “Saio daqui com a mente cheia de alegria e determinação”, disse. “Gastei a sola do meu sapato andando por esse Brasil. Mas venho aqui, no início do segundo turno, para comprar outro”, brincou, arrancando risos da plateia.
Primeiro colocado
O candidato ao governo de Santa Catarina, Paulo Bauer, salientou que Aécio já é o primeiro colocado no Estado, na preferência do povo catarinense. “Estamos firmes. Queremos um Brasil firme e forte. Chega de Dilma, chega de PT. A mudança no Brasil só depende do empenho de cada um. Vamos juntos, pela vitória de Santa Catarina e do Brasil”, conclamou.
O prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, lembrou que a Praça Doutor Blumenau foi palco de outro importante evento, há 60 anos: a visita do então presidente da República Juscelino Kubitschek.
“Essa praça já recebeu outro importante mineiro, o presidente Juscelino Kubitschek. Sessenta anos depois, a cidade de Blumenau é testemunha do início da caminhada pela virada. Aécio é a verdadeira mudança na política. Por um Brasil mais ético e eficiente”, completou.