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Aécio Neves: temos compromisso com habitação e saneamento básico

Aécio Osasco3O governo do candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, vai criar um programa para garantir a casa própria para famílias de baixa renda e incentivará projetos de saneamento básico para atender esse segmento da população em todo o país, por meio de incentivos às empresas que atuam no setor. Durante visita a Osasco (SP) neste sábado (27/9), Aécio assumiu o compromisso de combater o déficit habitacional e, ao mesmo tempo, melhorar as condições de moradia nas cidades.

“Em primeiro lugar [tenho] o compromisso de fazer um enorme programa habitacional no Brasil focado na faixa de até três salários mínimos, onde não avançamos nos últimos anos. Tínhamos um déficit de cerca de 4 milhões de moradias. [A nossa proposta se concentra em] uma grande parceria com os governos estaduais”, afirmou Aécio.

Em relação ao incentivo a projetos na área de saneamento básico, Aécio ressaltou que seu compromisso é desonerar as empresas do setor do recolhimento do PIS/COFINS.  “É essencial que isso ocorra para que elas possam ter mais recursos para investir em uma das maiores carências – sobretudo das populações de mais baixa renda hoje –, que é o saneamento básico. Seriam R$ 2 bilhões a mais em investimentos”, destacou o candidato à Presidência, lembrando que mais de 50% da população brasileira não têm sequer saneamento adequado em casa.

Acompanhado do governador de São Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin, (PSDB), Aécio também reafirmou o compromisso com a mobilidade urbana em parceria com os governos estaduais. Segundo ele, somente o trabalho conjunto dos Estados com o governo federal permitirá avanços nos investimentos em metrô e VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) na velocidade que as cidades precisam. “Portanto, qualificar o transporte público e investir com eficiência em habitação serão prioridades do meu governo.”

Aécio chegou a Osasco, na região metropolitana da capital paulista, ao lado do ex-jogador de futebol Ronaldo Fenômeno, que apoia sua candidatura. O candidato da Coligação Muda Brasil e Alckmin participaram de uma sabatina promovida pela Associação dos Jornais do Interior do Estado de São Paulo, respondendo a uma série de perguntas sobre programas de governo e comentando problemas da atual gestão federal.

Um dos jornalistas presentes dirigiu-se a Ronaldo, questionando-o sobre os motivos que o levaram a apoiar a candidatura de Aécio à Presidência da República.  “Eu quero externar minha indignação e dizer que acredito nesse meu amigo. A gente vê no dia a dia o sofrimento do nosso povo e os casos de corrupção. Acredito que o meu amigo é a melhor mudança para o país”, disse Ronaldo. “Quero dizer que de virada é mais gostoso, Aécio. A gente vai virar esse jogo.”

Caminhada

Após a sabatina, Aécio, Alckmin e Ronaldo fizeram uma caminhada por ruas do centro de Osasco acompanhados por uma multidão de simpatizantes. Aécio cumprimentou comerciantes e eleitores, posou para fotos e recebeu dezenas de abraços.

Após a caminhada pelas vias próximas à estação de trem de Osasco, a comitiva seguiu para Carapicuíba, cidade vizinha, onde Aécio também foi recebido em clima de festa no calçadão Rui Barbosa, centro do município, local que estava enfeitado com as bandeiras da campanha.

Crescimento do apoio

Aécio se mostrou otimista com as pesquisas de intenção de voto divulgadas nos últimos dias e com o crescimento de sua candidatura. “Nossa diferença para a candidata que está em segundo lugar só diminui, diminuiu quatro pontos. Essa mesma pesquisa mostra que em uma semana – eu agradeço aqui mais uma vez a parceria com o governador Geraldo Alckmin – eu cresci seis pontos em São Paulo e quatro pontos em Minas Gerais”, afirmou.

O candidato também destacou o fato de seu nome ter a menor rejeição entre os três principais candidatos presidenciais. “Nós estamos numa rota de crescimento e vamos estar no segundo turno. Porque quem quer derrotar o PT começa a perceber que é a nossa candidatura – pela solidez, pela clareza das suas propostas – quem tem condições de enfrentamento do PT. Eu não quero nem o PT que está aí nem o PT renovado na Presidência da República”, afirmou.

Máquina pública eficiente

Aécio ressaltou o compromisso de reduzir o número de ministérios do governo federal – hoje são 39 pastas – e de racionalizar a máquina pública. Segundo ele, é fundamental unir a praticidade e a razão.

“Acho, por exemplo, que nós não vamos resolver o problema da pesca do Brasil com um carro preto de chapa verde e amarela e 50 cargos em comissão, colocando lá alguém que não sabe colocar uma isca num anzol. Não é assim que a coisa funciona”, afirmou o candidato.

Aécio reiterou a decisão de criar o grande Ministério da Infraestrutura, com um quadro profissional qualificado, que inspire confiança nos parceiros privados e sirva como agente do desenvolvimento nacional. “Vou profissionalizar a máquina pública. E nós não governaremos com alguma coisa acima de 22 ou 23 ministérios”, assegurou.

Ainda em Osasco, Aécio concedeu entrevista à imprensa, seguem trechos:

Assuntos: programa habitacional para famílias de baixa renda; denúncias da revista Veja; redução dos ministérios; campanha eleitoral

Programa habitacional para famílias de baixa renda

Em primeiro lugar, eu quero reafirmar aqui o compromisso em fazer um enorme programa habitacional no Brasil, focado na faixa de até três salários mínimos, onde não avançamos ao longo desses últimos anos. Tínhamos um déficit de cerca de quatro milhões de moradias. Temos hoje em torno de 3 milhões e 900 mil moradias. [A nossa proposta se concentra em] uma grande parceria com os governos estaduais.  Quero reafirmar o meu compromisso de desonerar as empresas de saneamento do PIS/COFINS. É essencial que isso ocorra para que elas possam ter mais recursos para investir em uma das maiores carências, sobretudo, das populações de mais baixa renda hoje, que é o saneamento básico. Seriam R$ 2 bilhões a mais em investimentos. Hoje mais de 50% da população brasileira não tem saneamento adequado em suas casas. E eu quero reafirmar o compromisso com a mobilidade em parceria com os governos estaduais. Hoje ao meu lado mais uma vez o governador Geraldo Alckmin, que sabe que apenas as parcerias com o Governo Federal permitem que nós avancemos nos investimentos em mobilidade, em metrôs, em metrôs de superfície, em VLT’s, na velocidade que as pessoas precisam.

Portanto, qualificar o transporte público e investir com eficiência em habitação será uma das prioridades do meu governo, porque para os pobres nós daremos subsídios. Nós vamos acabar é com o bolsa-empresário, com subsídios para grandes empresas que absolutamente beneficio algum tem trazido ao Brasil, inclusive no seu crescimento. Hoje aqui em Osasco ao lado do meu amigo Ronaldo, ao lado do governador Geraldo Alckmin, reassumo mais esse compromisso. Habitação para a população que ganha até três salários mínimos, com subsídios maiores do que os atuais. Desoneração das empresas de saneamento do PIS/CONFINS, que terão mais recursos para investir em saneamento e parcerias de mobilidade. Vamos fazer o governo voltar a funcionar a partir de 1º de janeiro.

Sobre as novas denúncias da revista Veja sobre o escândalo da Petrobras

As denúncias são extremamente graves. E é mais uma. É assustador o que vem acontecendo no Brasil. A cada semana, a cada dia, uma nova denúncia de corrupção e denúncias extremamente graves. É claro que precisam ser comprovadas. Mas quem diz isso não é a oposição. É o diretor da empresa na sua delação premiada, segundo notícia da revista, de que o coordenador da campanha da Presidente da República e atual candidata, Dilma Rousseff, buscou recursos para sua campanha desse esquema criminoso. É preciso que essas investigações possam ir a fundo. Quero aqui reafirmar: vou tirar a Petrobras das garras desse grupo político que se apoderou da nossa maior empresa pública para fazer negócios.

Vou cortar pela metade o número de ministérios. Vou profissionalizar gestão pública. Eu vou estabelecer metas de desempenho e vou estabelecer um combate sem tréguas à corrupção. No meu governo, independente de partidos políticos, se alguém for pego tendo cometido qualquer irregularidade, não será tratado como herói nacional, como gosta de fazer o PT. Será tratado com o rigor da lei.

Sobre a redefinição dos ministérios

Vamos racionalizar a máquina pública. Já disse isso e com autoridade de quem fez isso. Eu assumi o governo de Minas, nós tínhamos 21 secretarias. No dia seguinte, nós tínhamos 15 secretarias de Estado, e Minas avançou em absolutamente todas as áreas. Quando você faz com que um ministério deixe de existir, não significa que aquela função específica deixe de ser relevante. Ao contrário, porque acho, por exemplo, que nós não vamos resolver o problema da pesca do Brasil com um carro preto de chapa verde e amarela e 50 cargos em comissão, colocando lá alguém que não sabe colocar uma isca num anzol. Não é assim que a coisa funciona.

Vou criar o grande Ministério da Infraestrutura, com um [quadro] profissional altamente qualificado, que inspire confiança nos parceiros privados, para que sejam agentes do desenvolvimento nacional, para que retornem ao Brasil.

Vou criar o Superministério da Agricultura, que vai se sentar em posição de igualdade com o ministro da Fazenda, na definição, por exemplo, das políticas de crédito. Com o ministério da Infraestrutura na definição de quais são os investimentos mais essenciais, mais importantes para a melhoria da competitividade de quem produz no Brasil, seja nas ferrovias, seja nas hidrovias. Vou profissionalizar a máquina pública. E nós não governaremos com alguma coisa acima de 22, 23 ministérios. Vamos fazer esse desenho e apresentá-lo no momento que ele estiver pronto.

Sobre a pesquisa Datafolha

Muito positiva, porque a nossa diferença para a candidata que está em segundo lugar só diminui. Diminuiu quatro pontos. Essa mesma pesquisa mostra que em uma semana – eu agradeço aqui mais uma vez a parceria com o governador Geraldo Alckmin – eu cresci seis pontos em São Paulo. Quatro pontos em Minas Gerais em apenas uma semana. Tenho a menor rejeição entre os três principais candidatos. Nós estamos numa rota de crescimento e vamos estar no segundo turno. Porque quem quer derrotar o PT começa perceber que é a nossa candidatura – pela solidez, pela clareza das suas propostas – quem tem condições de enfrentamento do PT. Eu não quero nem o PT que está aí, nem o PT renovado na Presidência da República.

Cada vez vai ficando claro pras pessoas, portanto nosso crescimento é em todo país. Vi, agora cedo, uma outra pesquisa publicada por uma grande revista nacional, que mostra que a nossa diferença já é em torno de cinco pontos para a candidata Marina Silva. É porque nós estamos mostrando que podemos não só vencer as eleições, mas fazer as mudanças. Nós temos time, nós temos projeto pro Brasil. E nós temos a coragem de enfrentar o grupo que está aí. Estou extremamente otimista. Chegou a hora da arrancada, ela já começa acontecer e no dia cinco de outubro nós estaremos no segundo turno.

Sobre eventuais equívocos na campanha em Minas Gerais

Toda campanha você acerta e erra. Em todas as nossas campanhas. No começo da campanha, certamente houve equívocos. Mas nós já recuperamos, estamos crescendo em Minas Gerais. Quero dizer aqui pra vocês: vamos ganhar em Minas Gerais. Eu já estou na frente em Minas Gerais das duas candidatas, voltei a estar na frente. E a candidatura de Pimenta da Veiga, que é o nosso candidato, começa a reagir. Porque aquilo que o Brasil não quer mais – que é o PT -, me desculpe eu dizer aqui em São Paulo, Minas também não vai querer.

Sobre a afirmação de Dilma Rousseff a respeito do combate à corrupção

O que eu lamento como brasileiro é o quadro de absoluto descontrole que tomou conta do governo. É esse vale tudo que o governo anunciava lá traz. É esse “vamos fazer o diabo para ganhar as eleições”. O que estamos assistindo é um governo leniente, sim, com a corrupção. Outro dia eu li um declaração do ministro da CGU, um homem sério, o ministro [Jorge] Hage, dizendo que aquele órgão está absolutamente sucateado, não tinha gente para fazer, por exemplo, o acompanhamento do que aconteceu com Abreu em Lima. Abreu e Lima uma refinaria orçada em R$ 4 bilhões já gastou quase R$ 30 bilhões e ainda não está pronta. E o Tribunal de Contas também denúncia que ali houve superfaturamento.

O que eu quero dizer para encerrar é o seguinte: isso não é normal. Não podemos achar e aceitar que a corrupção deslavada, que as denúncias de corrupção todos os dias possam ser uma prática de um governo sustentável. A candidata a presidente da República Dilma Rousseff perdeu as condições de governabilidade do ponto de vista da inspiração aos mercados, de retorno dos investimentos, o que é extremamente importante para o Brasil voltar a crescer e também com essas denúncias do campo moral que não cessam e agora envolvendo o coordenador da sua campanha eleitoral.  Ela tem que dizer algo sobre isso.

E a candidata Marina não adquiriu essas condições de governabilidade, pelo improviso da sua candidatura, pelas enormes contradições que existem ali. Eu vejo hoje a candidata Marina, a quem, repito, respeito pessoalmente, dizendo que se preocupa muito e quer atuar para controlar a inflação. Quando nós lutamos no Congresso Nacional para aprovar o Plano Real, que acabou com a inflação, ela estava no PT. Fazendo o que? Lutando contra o Plano Real. Quando nós aprovamos a Lei de Responsabilidade Fiscal, Geraldo se lembrará disso, no Congresso Nacional, uma disputa enorme, uma disputa extremamente dura no Congresso Nacional. A candidata Marina foi ao plenário do Senado votar contra Lei de Responsabilidade Fiscal. Então é preciso que, neste momento, que cada candidato mostre com clareza o que pensa, o que fez e o que vai fazer. A minha candidatura é a da coerência, é a candidatura dos quadros qualificados, é a candidatura que vai mudar o Brasil. Por isso vou lutar até o último instante. Vou estar no segundo turno e me aguardem de novo em São Paulo para vencer as eleições.

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