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Aécio se compromete com aumento do número de universidades federais

Aécio GoiâniaO candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, afirmou nesta terça-feira (21/10) que seu governo vai fortalecer e aumentar o número de universidades federais para ampliar as fronteiras do conhecimento e do desenvolvimento.

Aécio criticou o governo da presidente Dilma Rouseff (PT), candidata à reeleição, por não investir na qualificação das universidades brasileiras. “Nós saímos da lista das ‘100 Mais do mundo’. Nós temos que retornar a essa lista. Então, [é necessária] a valorização dos professores, a ampliação dos campi para regiões que ainda não tenham adequadamente”, afirmou o candidato ao lado do governador de Goiás e candidato à reeleição Marconi Perillo (PSDB).

Para ele, a ampliação das universidades federais terá como meta oferecer cursos adequados à realidade das regiões brasileiras para formar profissionais que possam ser absorvidos pelo mercado de trabalho local.

“[Vamos fazer] a vinculação das universidades, dos cursos, com a realidade de cada uma das regiões onde essas universidades estão. Nós temos que formar profissionais para atuar nas regiões onde eles vivem. Isso é essencial, inclusive no ponto de vista social”, afirmou em entrevista em Goiânia.

Com empregos mais qualificados, as indústrias terão mais capacidade de se expandir, o que não foi feito pelo governo do PT, deixando o Brasil com um dos mais baixos crescimentos da América Latina. “O Brasil está, na verdade, na lanterna do crescimento da nossa região porque esse governo não teve, em primeiro lugar, a capacidade de fazer com que a nossa indústria crescesse”, constatou o candidato.

Aécio voltou a demonstrar confiança na vitória e prometeu aos goianos realizar um governo digno, honrado e eficiente. “Estou extremamente feliz com a nossa campanha. Uma campanha a favor da verdade, respeitosa. Estou pronto para, a partir do próximo domingo, com o voto dos goianos, vencer as eleições e dar a vocês um governo digno, honrado e eficiente”, afirmou.

Entrevista do candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves

Goiânia (GO)

Assuntos: educação; eleições; alinhamento ideológico; quadro tucano

(Seguem trechos)

Fala inicial

Estou muito feliz de estar mais uma vez em Goiânia ao lado do governador Marconi Perillo, futuro governador Marconi Perillo. Sempre tive por Marconi Perillo um enorme respeito, faremos uma extraordinária parceria a partir do ano que vem para que o desenvolvimento de Goiás continue avançando. Goiás tem dado exemplos aos Brasil. Agora, recentemente, demonstrou como é possível com planejamento, com valorização dos professores, elevar tão rapidamente o nível da educação no Estado, como aconteceu aqui em Goiás em todas as séries, mas, em especial, no ensino médio, onde Goiás lidera. Já que Minas lidera no ensino fundamental, é uma parceria que deu certo e que vai nos permitir inspirar outros Estados da federação. Quero, Marconi, agradecer a sua dedicação nessa caminhada, e eu estou extremamente animado e convencido que a onda de mudança que já foi vitoriosa no primeiro turno com a soma dos votos dos candidatos de oposição haverá de ser vitoriosa também agora no segundo turno. Essa é uma região que vem contribuindo muito com o desenvolvimento do Brasil, sobretudo, no campo, e nós teremos que construir novas parcerias. O governo federal não vai estar com as portas apenas abertas, vai estar com as portas escancaradas para o seu futuro governo ao lado do companheiro Cyro Miranda e Gilmar [parlamentares] e de tantos companheiros que nos acompanharam nessa caminhada.  Eu venho aqui porque na última vez que estive aqui eu disse que a virada estava começando. A virada aconteceu, estamos no segundo turno e prontos para vencer as eleições pelo bem do Brasil e pelo bem de Goiás e cumprimentando Marconi que já disparou nas pesquisas e certamente vai governar o Estado por mais quatro anos.

Estratégia nesta reta final de campanha.

Falar a verdade. A cada mentira, a cada ataque, a cada ofensa nós vamos responder com a verdade.  Eu não sou hoje mais o candidato de um partido político, não sou mais o candidato de uma coligação. Sou o candidato do amplo sentimento de mudança que tomou conta do Brasil. Eu sou o candidato daqueles que todos os dias se indignam com as denúncias de corrupção que não cessam, com a incapacidade do governo de melhorar os seus indicadores sociais, com as obras que jamais terminam e com os sobrepreços que em todas elas têm se transformado na principal marca.  O Brasil merece um governo decente, eficiente, qualificado, e eu encarno isso com muita honra. Tenho andado por todo o Brasil, todas as regiões e a minha percepção é que a nossa campanha é uma campanha vencedora. Lá atrás alguns tinham dúvida de que nós chegaríamos no segundo turno, eu disse que chegaria lá. Quero afirmar aqui nesse chão sagrado desse Estado irmão dos mineiros, que é o Estado de Goiás, que eu vou vencer as eleições para dar um basta a tanto desgoverno que hoje nós assistimos no Brasil em todas as áreas.

Baixo nível

Essa campanha vai passar para a história como a campanha de mais baixo nível que nós assistimos até aqui pela ação do governo, pelo desespero dos governistas. O seu jornal [Folha de S. Paulo] publicou há dois dias uma matéria que mostrava que das 22 inserções, dos 22 comerciais que foram produzidos pela campanha adversária no segundo turno, 19 eram para me atacar. Isso não é só um desrespeito comigo e com a minha família, é um desrespeito para com os brasileiros que deixaram de ouvir propostas. Eu vou fazer sempre uma campanha propositiva, mas responderei aos ataques no mesmo tom. Eu tenho uma vida honrada, me preparei durante 30 anos para estar vivendo esse momento e cada vez mais eu acho essencial a nossa vitória, não para mim, não para meu partido, mas para o Brasil. Vou buscar fazer uma campanha propositiva, mas não deixarei nenhum ataque sem resposta.

Política externa brasileira

Esse alinhamento ideológico da nossa política externa não vem trazendo benefício algum ao Brasil, ao contrário. Acordos bilaterais por países próximos a nós, como Chile, como Colômbia, como Peru, e o Brasil está ficando de fora desse processo, que significa ampliar a capacidade de produzirmos aqui, avançando em novos mercados. Política externa contemporânea, moderna, é negócio, é você ampliar mercados para seus produtos, gerando mais renda e mais empregos aqui no Brasil. Esse viés ideológico na nossa política externa não trouxe nenhum benefício a nós, e talvez impeça uma relação altiva em relação com nossos vizinhos. Não quero conduzir uma política externa para ser gostado pelos outros países, eu conduzirei uma política externa para o Brasil ser respeitado. 56.000 pessoas foram assassinadas no Brasil no ano passado, a omissão do governo federal – Marconi sabe disso -chega a ser criminosa. Hoje 87% de tudo o que se gasta em segurança pública no Brasil vem dos Estados, principalmente, e uma parcela pequena dos municípios. Apenas 13% vem da União. Nós vamos investir nas nossas fronteiras, fortalecendo a Polícia Federal, garantindo que as Forças Armadas – também equipadas e valorizadas – sejam parceiras desse controle.

E na relação com esses países, é preciso, para que eles tenham financiamento do Brasil, para que eles tenham algumas facilidades que buscam na relação conosco, que eles tenham a responsabilidade de ter uma politica interna que coíba a produção de drogas ou de matéria-prima de drogas que vêm matar gente no Brasil. Conduzirei pessoalmente, no meu governo, como presidente da República, uma Política Nacional de Segurança que impeça o contingenciamento – que é o represamento – dos recursos para área que cuide das fronteiras e que cabe também o Código Penal e o Código de Processo Penal para não deixarmos que essa sensação de impunidade continue avançando pelo Brasil afora.

Sobre Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central

Tenho certeza que será um privilégio estar cercado por goianos. Temos aqui goianos e goianas extremamente qualificados. Tenho muito respeito pessoal pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, um grande quadro da vida nacional, fica aqui esse meu respeito. E, na verdade, vocês se lembram de algo que contradiz o discurso do próprio governo. Porque na verdade, a candidata Dilma, ela não tendo o que falar sobre o presente e não tem o que apresentar sobre o futuro, ela prefere sempre a comparação com o passado. Uma comparação desleal porque não leva em conta todas as circunstâncias que nós vivíamos naquele tempo com hiperinflação, perda de credibilidade do país. Mas foi exatamente no quadro tucano que o governo do PT encontrou a segurança e a estabilidade para manter os pilares macroeconômicos do governo anterior inalterados. No momento em que esses quadros foram flexibilizados, o quê que aconteceu? Inflação fora de controle, crescimento baixo, perda de confiança e esse abuso em todas as áreas que diz respeito a desvios e à corrupção. O meu governo vai ter a oportunidade de resgatar o Estado brasileiro de forma eficiente.

Sobre as universidades federais

Vamos fortalecer. Elas são absolutamente especiais ao país. Nós estamos vivendo esse terrorismo de véspera de eleição: ‘Ah, o Aécio vai privatizar isso, vai privatizar aquilo, não vai valorizar isso’. Ao contrário. As universidades federais são fundamentais. Que queira ampliar as suas fronteiras do conhecimento e do desenvolvimento. O Brasil está, na verdade, na lanterna do crescimento da nossa região porque esse governo não teve, em primeiro lugar, a capacidade de fazer com que a nossa indústria crescesse. E, por outro lado, ao meu ver, ainda age muito pouco na qualificação das nossas universidades. Nós saímos da lista das “100 Mais do mundo”. Nós temos que retornar a essa lista. Então, valorização dos professores, ampliação dos campi, por fim, para regiões que ainda não tenham adequadamente. E a vinculação das universidades, dos cursos, com a realidade de cada uma das regiões onde essas universidades estão. Nós temos que formar profissionais para atuar nas regiões onde eles vivem. Isso é essencial, inclusive no ponto de vista social.

Então, eu quero dizer aqui hoje, mais uma vez em Goiás, que estou extremamente feliz com a nossa campanha. Uma campanha a favor da verdade, respeitosa. Estou pronto para, a partir do próximo domingo, com o voto dos goianos, vencer as eleições e dar a vocês um governo digno, honrado e eficiente.

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