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Aécio vai acabar com o fator previdenciário

Aécio Fator SP

O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, assumiu, nesta sexta-feira (19/09), em São Paulo, o compromisso de buscar alternativas para acabar ao longo dos próximos anos com o fator previdenciário, que é aplicado no cálculo de aposentadorias. Em reunião com sindicalistas, ele se comprometeu a manter diálogo permanente com o movimento sindical durante o governo e garantiu a manutenção da política de valorização do salário mínimo.

“Vamos dialogar. É no diálogo que vamos encontrar caminhos, alternativas que garantam a capacidade de pagamento da Previdência, mas impedindo que o fator [previdenciário] continue a punir de forma tão violenta como vem punindo o salário dos aposentados brasileiros”, afirmou o candidato.

Segundo Aécio, a discussão com os trabalhadores sobre o assunto deverá encontrar uma forma responsável, levando em conta os dados que serão colocados à mesa. “O diálogo começa após a nossa eleição, para que possamos, por etapas, de forma verdadeira, clara, sem enrolação como fez o atual governo, encontrar uma política que substitua o fator previdenciário. Isso é um compromisso pessoal meu, a minha equipe econômica já está mergulhada nessas alternativas e vamos fazer isso com olho no olho do trabalhador”, garantiu o candidato.

Reajustes

O compromisso firmado por Aécio com os sindicalistas – incluindo o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, e o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) – prevê a manutenção da política de reajuste do salário mínimo acima da inflação, mas com a perspectiva de elevar os ganhos com a retomada do crescimento. “No nosso governo, em que recuperaremos a capacidade de o Brasil crescer, os reajustes no salário mínimo serão muito mais expressivos do que aqueles que teremos agora”, afirmou Aécio.

Durante a reunião, o candidato afirmou também que pretende rever a forma de reajuste da tabela do Imposto de Renda, uma das principais reivindicações das centrais sindicais, na tentativa de corrigir as faixas salariais obrigadas a pagar o tributo. “Nós vamos garantir pelo IPCA o reajuste da tabela do Imposto de Renda, como já havia dito no dia 1º de Maio, e vamos trabalhar pelos próximos anos para resgatar a defasagem existente”, reafirmou o candidato da Coligação Muda Brasil.

Aécio ressaltou que a gestão do PT se afastou dos trabalhadores. “O atual governo governou de costas para a classe trabalhadora. O nosso governo é o governo da parceria e será o governo da verdade. Nenhum candidato à Presidência da República estabeleceu compromissos tão claros com os trabalhadores e com os aposentados brasileiros, assim como com as mulheres trabalhadoras brasileiras, como estabeleceu a nossa candidatura”, afirmou.

Mulheres

Após a reunião com os sindicalistas, Aécio participou como convidado do encerramento do encontro do Coletivo das Mulheres Metalúrgicas de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região, no Palácio do Trabalhador, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. Acompanhado do governador e candidato à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB), Aécio foi recepcionado com aplausos e palavras de incentivo pelas participantes que lotaram o auditório e recebeu do grupo um documento com reivindicações das trabalhadoras.

Aécio reiterou o compromisso com as mulheres brasileiras de construir 6 mil creches, já que a presidente Dilma Rousseff (PT) não honrou a promessa feita na campanha eleitoral de 2010.

“Vamos construir as 6 mil creches que o atual governo não entregou e vamos ampliar a idade para a permanência das crianças nas creches”, disse. Segundo ele, apesar da promessa, Dilma construiu somente cerca de 400 unidades.

O candidato também garantiu que seu governo vai atuar no combate à violência contra a mulher.

“O governo federal vai apoiar de forma vigorosa todos os Estados brasileiros para que, na área da segurança, nós tenhamos delegacias especializadas [no atendimento à mulher] para que as investigações ocorram e as punições sejam exemplares”, destacou.

Aécio também se comprometeu a levar o todo o país o programa Mulheres de Peito, do governo paulista, que realiza exames preventivos para detectar a eventualidade de câncer de mama.

“E queremos estender isso também a outros tipos de doenças que eventualmente possam ocorrer e que atingem de forma mais específica as mulheres. Nós vamos avançar num programa habitacional focado na mulher. A mulher brasileira, hoje, comanda cerca de 40% dos lares. Vamos ter um programa habitacional focado exatamente nas famílias de mais baixa renda, de até três salários mínimos”, afirmou.

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