O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, classificou, neste sábado (27/09), como “extremamente graves” as novas denúncias de corrupção na Petrobras, desta vez envolvendo a campanha de eleição da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2010. Aécio ressaltou que, no seu governo, a Petrobras deixará de ser comandada por um grupo político que tem como objetivo apenas garantir o seu projeto de poder.
A reportagem da revista Veja deste sábado diz que o ex-ministro Antonio Palocci, que na época coordenava a campanha petista de Dilma, pediu a Paulo Roberto Costa, então diretor da Petrobras, R$ 2 milhões para a campanha eleitoral da atual presidente da República e candidata à reeleição.
“As denúncias são extremamente graves e é mais uma. É assustador o que vem acontecendo no Brasil. A cada semana, a cada dia, uma nova denúncia de corrupção e denúncias extremamente graves”, afirmou Aécio.
O candidato acrescentou que é preciso investigar as novas denúncias. “É claro que precisam ser comprovadas, mas quem diz isso não é a oposição. É o diretor da empresa na sua delação premiada, segundo noticia a revista, [dizendo] que o coordenador da campanha da presidente da República e atual candidata, Dilma Rousseff, buscou recursos para sua campanha desse esquema criminoso. É preciso que essas investigações possam ir a fundo.”
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa foi preso pela Polícia Federal por envolvimento num esquema de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto Youssef. Costa também é investigado por sua atuação na compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que causou prejuízos à estatal e pode ter servido para pagamento de propinas. O ex-diretor está colaborando com a PF por meio da delação premiada.
Aécio lamentou o esquema de corrupção que dominou a Petrobras durante o governo petista. “Quero aqui reafirmar: vou tirar a Petrobras das garras desse grupo político que se apoderou da nossa maior empresa pública para fazer negócios”, disse.
“O que eu lamento como brasileiro é o quadro de absoluto descontrole que tomou conta do governo. É esse vale-tudo que o governo anunciava lá atrás. É esse ‘vamos fazer o diabo para ganhar as eleições’. O que estamos assistindo é um governo leniente, sim, com a corrupção. Quero dizer, para encerrar, o seguinte: isso não é normal. Não podemos achar e aceitar que a corrupção deslavada, que as denúncias de corrupção todos os dias possam ser uma prática de um governo sustentável.”