
A Região Metropolitana de Belém (RMB) está entre as cinco que apresentaram mais avanços no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), em termos relativos entre os anos de 2000 e 2010, de acordo com as informações do Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras, divulgado nesta terça-feira (25).
Belém saiu do IDHM registrado em 0,621 em 2000 para o índice de 0,729, considerado alto pelo estudo. O trabalho foi realizado em 16 regiões metropolitanas, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Fundação João Pinheiro (FJP) e os órgãos estaduais de pesquisa, no caso da RMB, o Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp).
A diretora de socieconomia do Idesp, Geovana Pires, explica que “para o estudo, as Regiões Metropolitanas foram divididas em unidades territoriais chamadas Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs), que são unidades de planejamento intramunicipal, com o objetivo de evidenciar a heterogeneidade socioeconômica, de atendimento de políticas sociais e infraestrutural do espaço intraurbano”.
Na RMB foram identificadas, pelo Idesp, 251 UDHs. Para analisá-las, levou-se em conta o IDHM. O índice é calculado a partir de alguns fatores. Em todos eles, de acordo com a pesquisa, Belém registrou aumento no período analisado.
Em 2010, 58% das UDHs na RMB apresentaram IDHM alto ou muito alto, uma melhora de 27 pontos percentuais em relação a 2000. Também em 2010, nenhuma UDH apresentou IDHM muito baixo e somente 4% apresentaram baixo, uma melhora significativa frente aos dados de 2000, quando os resultados eram 17% e 31% respectivamente.
O IDHM Longevidade, que em 2000 já apresentava os melhores indicadores, com 83% das UDHs na RMB, resultado alto ou muito alto, em 2010 apresentou 100% das UDHs na RMB com IDHM longevidade alto ou muito alto. O IDHM Renda apresentou uma evolução de sete pontos percentuais de 2000 para 2010, entre as UDHs na RMB que apresentaram IDHM Renda alto ou muito alto (31,5% em 2000 e 50,6% em 2010).
O IDHM Educação apresentou a maior evolução no período em análise. Em 2010, somente 3% das UDHs na RMB apresentaram IDHM Educação muito baixo, frente a 51% em 2000. Comportamento contrário ocorreu com as UDHs na RMB em relação ao percentual que apresentaram IDHM muito alto, que em 2010 foram 27%, ao passo que em 2000 eram apenas 4%.
O Atlas aponta ainda que, entre 2000 e 2010, as regiões metropolitanas que apresentavam um IDHM menor tiveram avanço maior e as que tinham índices maiores cresceram menos. Isso fez com que as desigualdades entre as regiões metropolitanas diminuíssem, resultando em maior equilíbrio entre as 16 regiões pesquisadas (Belém, Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Distrito Federal e Entorno, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo e Vitória). Essas 16 regiões correspondem a quase 50% da população brasileira.
Agência Pará de Notícias
Fernanda Graim
Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado do Pará