O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, reiterou, nesta terça-feira (14/10), em São Paulo (SP), o compromisso de dar prioridade à educação em seu governo, assegurando os investimentos e garantindo a melhoria da qualidade do ensino no país.
“De todas as grandes prioridades que vamos ter, a educação será sempre a primeira delas. Porque é com educação que nós vamos transformar de verdade o Brasil de hoje no Brasil que nós queremos”, afirmou.
Aécio destacou sua decisão de adotar políticas públicas para incentivar o retorno à escola daqueles que abandonaram as salas de aula, além de assegurar creches e pré-escola. O candidato reafirmou que seu governo vai estabelecer um programa que prevê o pagamento de uma bolsa mensal aos jovens que deixaram as salas de aula sem completar o ensino fundamental ou médio. Segundo ele, a meta é “resgatar” cerca de 20 milhões de brasileiros que estão nessa situação.
Segundo Aécio, o acesso às salas de aula será oferecido desde a infância, assegurando as creches para as mães que precisam deixar seus filhos durante o período de trabalho. “A partir daí, vamos universalizar a pré-escola, o acesso das crianças de 4 anos de idade à pré-escola”, afirmou.
O candidato lembrou a visita que fez na segunda-feira (13/10) em Curitiba (PR) à Pastoral da Criança, fundada por dona Zilda Arns. “Quero reiterar meus compromissos com as crianças brasileiras desde a garantia de um pré-natal adequado para todas as mulheres do Brasil, com sete consultas, independentemente da região onde elas vivam”, afirmou.
Nova escola
Aécio afirmou ainda que sua determinação é estabelecer a “nova escola”. “Vamos fundar a nova escola brasileira. A escola que permitirá que a criança e o jovem aprendam”, disse ele. “Será uma escola adequada do ponto de vista físico e bem equipada, com professores valorizados e capacitados e, no ensino médio, com currículos flexíveis, que tenham identidade com cada uma das regiões do Brasil e conexão com a realidade que cada um desses jovens vai viver quando completar o ensino médio.”
Aécio reforçou seu programa de governo em entrevista concedida em São Paulo sobre Educação; eleições; mentirômetro; candidatura da mudança
(Seguem trechos)
Fala inicial
Estive em Curitiba, na Pastoral da Criança, fundada por dona Zilda Arns, e quero reiterar meus compromissos com as crianças brasileiras desde a garantia de um pré-natal adequado para todas as mulheres do Brasil, com sete consultas, independentemente da região onde elas vivam. A partir daí, vamos garantir acesso universalizado às creches em parceria, não só com o poder público, municípios, Estados, mas com todas as outras organizações da sociedade que possam ser nossas parcerias para rapidamente ampliarmos o número de vagas nas creches. A partir daí, vamos universalizar a pré-escola. O acesso às crianças de quatro anos de idade à pré-escola. E vamos fundar a nova escola brasileira. A escola que permitirá que a criança e o jovem aprendam. Uma escola adequada do ponto de vista físico e bem equipada, com professores valorizados e capacitados e no ensino médio com currículos flexíveis, currículos que tenham identidade com cada uma das regiões do Brasil, que tenham conexão com a realidade que cada um desses jovens vai viver quando completar o ensino médio. Ao lado disso, vamos resgatar os 20 milhões de brasileiros que não completaram o ensino fundamental e o ensino médio. E repito: de todas as grandes prioridades que vamos ter, a Educação será sempre a primeira delas. Porque é com Educação que nós vamos transformar de verdade o Brasil de hoje no Brasil que nós queremos.
Sobre a prestação de contas do governo de Minas Gerais sobre os gastos com publicidade
Não sou governador de Minas. O meu governo tem uma marca: a transparência absoluta em tudo. Na questão da publicidade, é muito bom que se possa dizer isso aqui, eu atendi uma reivindicação dos sindicatos das rádios do interior de Minas gerais e todas, mais de 300 rádios do Estado, e todas tiveram exatamente a mesma publicidade e o mesmo número de inserções. Meu governo segue aquilo que prevê a Constituição, o principio da impessoalidade, você não pode ter nem discriminação nem privilégios a quem quer que seja. Inclusive o PT lá atrás fez uma argüição e uma ação em relação a isso. E essa ação foi arquivada pelo Ministério Público, houve um recurso inclusive ao Conselho Nacional do Ministério Público, que por unanimidade arquivou, porque não houve qualquer irregularidade. Quanto a esses números obviamente eu não tenho ciência deles, mas eu estimulo o governo de Minas, se ele tiver condições de dá-los não tem o menor problema.
Sobre as afirmações de Dilma Rousseff sobre Minas Gerais e Aécio Neves
Estou inaugurando hoje, inclusive, no meu site de campanha, o Mentirômetro. São tantas mentiras, são tantos absurdos que a campanha adversária vem fazendo nessa campanha, que não dá tempo sequer de desmenti-los eu pessoalmente. A cada dia uma mentira diferente, seja no Twitter da presidente, seja nesses seus parceiros pagos e anônimos nas redes sociais. Essa é a campanha com maior número de mentiras que nós já assistimos em toda nossa história. É o vale-tudo definitivo desse governo. Parece que realmente eles não podem deixar o governo. Mas eu vou enfrentar cada mentira dessas com verdades e com propostas. É assim que eu vou agir.
Em relação a Minas Gerais, houve uma disputa local, uma disputa entre dois candidatos. Trabalhei pelo meu candidato que perdeu as eleições. Esse é um fato. Nunca vimos tanto dinheiro usado numa campanha pública em Minas Gerais. Sobrou tanto que acabou parte dele sendo apreendido em malas de dinheiro em um jatinho saindo de Belo Horizonte com assessores da campanha do PT. Não sei dizer o que houve com os Correios, mas eu respeito o resultado e sou um democrata. Vamos em frente. A campanha presidencial está ocorrendo ainda. Hoje mesmo as pesquisas já mostram uma larga margem sobre a presidente da República.
Quero é debater o país, o Brasil. A candidata oficial, que vive à beira de um ataque de nervos, – como eu já disse – o desespero do governo, daqueles que estão vendo que a mudança chegou, que esse ciclo de governo está terminando, não têm limites. Fizeram isso com o Eduardo [Campos], foram depois calúnias absurdas contra Marina [Silva], e agora contra mim. Agora a cada mentira, meu couro endurece. A cada momento, eu tenho mais determinação de encerrar esse ciclo de governo. O que vai prevalecer é verdade. Estou pronto para disputar e debater com a presidente em qualquer campo. Quero debater daqui a pouco olho no olho, seja no debate da [TV] Bandeirantes ou naqueles outros que estão por vir.
A minha candidatura não é uma candidatura de um partido político. É a candidatura que expressa o sentimento de milhões e milhões de brasileiros que não aguentam mais conviver com tanta corrupção, com tanto desrespeito, com tanta mentira e com tanta incompetência. Essas são as marcas desse governo. Pode ter certeza: a cada ofensa e a cada calúnia que lancem sobre mim terão como resposta dez verdades sobre eles.
Repito aqui para encerrar: esse governo está vivendo seus estertores, a caminho do final e para o bem do Brasil. A palavra que eu mais tenho ouvido nessas minhas últimas andanças por aí é libertação, as pessoas querem se ver libertas das amarras de um governo que não respeita a democracia, que não respeita os seus adversários e que está levando o Brasil à pior equação econômica das últimas décadas, com inflação voltando a sair do controle, com crescimento baixo, nossos indicadores sociais todos eles piorando, e, além disso, uma falta gravíssima de compromisso com aquilo que deveria ser essencial na política, mas para o PT não é: compromisso com a ética, com valores, com princípios.
Marina Silva participar do programa eleitoral de Aécio Neves
Sou um homem extremamente feliz por ter recebido o apoio da Marina [Silva] como eu recebi de forma espontânea e refletida. Sei que não deve ter sido uma decisão fácil pra ela, já que ela representa um conjunto de pensamento na sociedade que não era o mais próximo a nós, mas tomou uma decisão em favor do Brasil. Outras etapas, provavelmente, virão. Mas não cabe a mim cobrar absolutamente nada. Cabe a mim agradecer o apoio da Marina, agradecer o apoio e generosidade da minha amiga Renata Campos – a forma como ela também se manifestou -, dos partidos que se somaram a nós nessa última semana, eu não poderia querer que em uma semana – exatamente em uma semana, depois das eleições no primeiro turno – eu pudesse ter algo mais do que tive até aqui. Apoio dos mais significativos em torno de um projeto de Brasil.
Eu sou o candidato da mudança, da transformação. Nós estamos vivendo algo inusitado nessa campanha eleitoral que é a atual presidente da República, em toda sua propaganda, se diz a candidata da mudança, do novo Brasil. Há que se perguntar o seguinte: então porque é o candidato da continuidade se nós temos dois candidatos da mudança? Há algo inusitado nessa campanha. Mas a população brasileira, na hora certa, vai dizer que a mudança é de responsabilidade daqueles que vêm com novos padrões éticos, uma nova visão de mundo e uma responsabilidade muito maior de fazer com que o Brasil avance na economia e nos seus indicadores sociais. Era isso.
Sobre o debate da TV Bandeirantes
Quem me parece estar vivendo um vale-tudo, um tudo ou nada, é o governo. Assustadíssimo com o que está acontecendo. Assustadíssimo em perder as eleições. Estão caminhando para perder as eleições. Nós estamos a quinze dias. Apenas quinze dias nos separam da libertação. Vamos tirar esse jugo do PT das costas dos brasileiros. Vamos impor ao Brasil, vamos permitir ao Brasil viver um governo mais generoso. Um governo que una o país. Não, esse governo que vem dividindo o Brasil de forma rancorosa – entre nós e eles, entre Norte e Sul, entre Nordeste e Sudeste. Eu sou hoje uma alma leve. Estou pronto para debater propostas para o Brasil. Mas eu estou absolutamente pronto para rebater cada calúnia e cada difamação que vem sendo feita pela campanha da nossa adversária. O que estamos vendo, repito aqui, é um governo que percebe que o seu ciclo está terminando. E eu posso garantir aos brasileiros que eles vão se orgulhar muito do próximo governo que vão ter.