PSDB – PA

Em encontro com sindicalistas, Aécio concede entrevista

Aécio Sindicalistas3Assuntos: compromissos com trabalhadores; fator previdenciário; Mensalão; preço dos medicamentos

(Seguem trechos)

Compromissos com os trabalhadores

Quero dizer mais uma vez que eu estou extremamente animado com essa reta final da campanha, tanto em Minas quanto no Brasil. Quero agradecer aqui as centrais sindicais e as lideranças sindicais que nos recebem, porque nós construímos uma grande parceria ao longo desses últimos anos tanto em Minas, quando fui governador, depois com o governador Anastasia, e vamos construir, no futuro, quando eu for presidente da República, e o Pimenta da Veiga nosso governador, uma parceria estruturada na verdade, no diálogo permanente na busca da superação de dificuldades.

A nossa candidatura é a única que apresenta condições concretas de resgate do crescimento do país. E o crescimento é o insumo fundamental para a geração de empregos. O Brasil vem vivendo um processo de perda de empregos – sobretudo os mais qualificados -, a participação da indústria na constituição do nosso Produto Interno Bruto, do nosso PIB, vem diminuindo a cada ano. Por quê? Porque o governo não deu condições de competitividade a quem produz no Brasil. A nossa parceria com várias centrais sindicais, com inúmeros sindicatos por todo o Brasil, é a segurança de que os direitos dos trabalhadores serão garantidos, compromissos que eu aqui reitero, já assumi, serão cumpridos – como a manutenção da política de reajuste real do salário mínimo. Inclusive, o projeto apresentado no Congresso Nacional, que prorroga essa política até o ano de 2019 é de autoria do PSDB e também do Solidariedade – o compromisso de reajuste da tabela do Imposto de Renda pela inflação é outro compromisso que assumimos com as centrais sindicais. E, além desses, e além da geração de empregos, eu quero reiterar aqui que nós vamos discutir com os trabalhadores brasileiros e, em especial, com os representantes dos aposentados, uma política que permita a substituição do fator previdenciário por algum outro mecanismo que não puna como vem punindo as remunerações dos aposentados.

Nesta reta final de campanha, mais uma vez aqui em Belo Horizonte, minha terra, minha cidade, a causa da minha ação política nos últimos 30 anos, eu faço um grande chamamento a todos os mineiros e mineiras para que nós nos levantemos, nos coloquemos de pé, contra a corrupção e a ineficiência que não queremos no nosso Estado, e a favor de um governo honrado, ético, que carregue consigo os valores de Minas e os exemplos de Minas Gerais. Por isso, estou convencido que além da eleição de Anastasia para o Senado, nós vamos vencer com Pimenta da Veiga, governador do Estado.

Sobre denúncias de corrupção

Esse é o governo que consolidou a marca do “eu não sabia”. Desde o início de todas essas denúncias, o que nós mais ouvíamos é “eu não sabia”, “eu não sabia”. Mas as instituições estão aí para cumprirem as suas funções. A presidente Dilma tem uma visão muito distorcida das instituições de Estado. Assisti, há alguns dias atrás, uma manifestação da presidente que dava a entender que o Ministério Público investiga porque o seu governo determina que investigue. Ou que a Polícia Federal investiga porque o seu governo determina que investigue. Nada disso. O Ministério Público investiga porque é a sua função constitucional. E eu estava na Constituinte, ao lado do Pimenta da Veiga, quando nós definimos essas atribuições no Ministério Público. A Polícia Federal, quando investiga, ela também cumpre a sua função constitucional. Então, o que nós precisamos compreender, é que o Estado não pode estar a serviço de um projeto de governo. E que cabe às instituições fazer aquilo que determina a Constituição.

Eu, agora à tarde, já fiquei sabendo de mais outra denúncia que mostra o modus operandi desse governo ao longo desses últimos anos. O Tribunal de Contas já constata que houve também superfaturamento na Refinaria de Abreu e Lima, que todos nós denunciávamos, mas quando denunciávamos éramos taxados de pessimistas, de oposição a esse governo. Agora, o Tribunal de Contas, outro órgão fundamental à democracia, que o governo tem pressionado de forma muito virulenta nos últimos meses, é o Tribunal de Contas que diz que há indícios muito claros de superfaturamento em contratos da Refinaria Abreu e Lima. Isso não pode ser a regra em qualquer governo. Em qualquer democracia do mundo isso não pode ser aceito de forma passiva. É por isso que eu, há muitos e muitos anos, luto para encerrar esse ciclo de governo do PT para que o Brasil inicie um outro vigoroso, do ponto de vista das nossas instituições, mas também eficiente, no ponto de vista dos resultados para as pessoas.

Cada vez eu me convenço mais de que a alternativa concreta, consistente para que o Brasil avance, é a nossa candidatura. Até porque eu não gostaria de, daqui a quatro anos, estarmos lamentando uma nova frustração por uma eventual decisão equivocada. Presidência da República não é local para aprendizado. Olha o que aconteceu nesses últimos quatro anos, quando a atual candidata resolveu aprender, governando o Brasil. Portanto, é a nossa candidatura que traz a experiência, a competência, a coragem necessária para iniciarmos um novo tempo no Brasil.

Campanha presidencial e a campanha de Minas Gerais

Pimenta da Veiga representa a continuidade de um governo honrado, um governo sério, um governo eficiente que levou Minas Gerais a ter a melhor educação fundamental do Brasil, a melhor saúde da região Sudeste, mas tem que avançar muito mais. Uma obra de governo é uma obra que não termina. Nosso governo foi continuado pelo governador Anastasia, com extraordinários avanços, agora conduzido pelo governador Alberto Pinto Coelho. O Pimenta é a continuidade do que vem dando certo com novos avanços. Porque nós não aparelhamos a máquina pública como faz o PT. Nós escolhemos pessoas qualificadas. O estranho seria que as pessoas não identificassem Pimenta da Veiga como aquele que vai dar continuidade a esse projeto, e quanto mais eu puder dizer isso, eu vou dizer, mas, obviamente, nos programas de governador e senador, pede-se voto para governador e senador, senão nós estaríamos infringindo a lei.

Sobre o Fator Previdenciário

O compromisso que foi selado com todos os sindicalistas que participaram conosco dessa construção é o entendimento verdadeiro, sincero, a partir do reconhecimento de que o fator previdenciário, que foi criado em um momento lá atrás, de outra situação econômica grave, foi derrotado na Câmara e, na verdade, deixou de existir a partir da votação do Congresso Nacional. E o fim do fator previdenciário foi vetado pelo presidente Lula – é bom lembrar isso – e agora eu acho que há condições de nós buscarmos uma alternativa. Repito: ao longo do tempo, que não penalize os aposentados como vem penalizando hoje. E, além disso, nós estamos buscando outros tipos de benefícios ou de reajustes que garantam o poder aquisitivo do aposentado. Eu tenho proposto à minha equipe discutir intensamente a possibilidade de também incluirmos no reajuste a variação no preço de medicamentos como mais uma alternativa. E vamos discutir com as centrais sindicais, com as lideranças dos aposentados, alternativas. Esse é o compromisso, e eu sou cumpridor de compromisso.

Reunião com centrais sindicais

Eu estar com as centrais sindicais é a coisa mais natural do mundo, tenho estado com elas todos os dias. Talvez a minha campanha tenha sido aquela que mais reuniões fez com os sindicatos e com centrais sindicais, eu não passei uma semana ao longo dos últimos dois meses, pelo menos, sem uma reunião com sindicalistas.

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