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Em SP, Aécio fala à imprensa sobre segurança pública, críticas do PT a Marina Silva, escândalo de corrupção envolvendo políticos, elogios de Lula

Aécio SP segurança2Sobre sua proposta para segurança pública

Eu posso dizer que já apresentamos as principais medidas que vamos tomar na área de segurança pública, desde a garantia da execução do Orçamento, passando pela colocação de mais policiais nas ruas, garantindo um controle mais efetivo das nossas fronteiras por onde entram as drogas e as armas, que vêm tirar vidas no Brasil, e estamos incluindo o Detecta, a experiência do governo de São Paulo, pelos resultados extremamente positivos que ela vem trazendo. Por meio desse nosso programa queremos levar esse mesmo sistema, com esse software, com equipamentos, para as médias e grandes cidades brasileiras. É a tecnologia e a inteligência a serviço da segurança pública dos brasileiros. Segurança pública é, para nós, uma questão central. Estamos assumindo o compromisso com a reforma do código penal. Compromisso com a descentralização das ações e parcerias efetivas com os estados. É sempre importante lembrar que apenas 13% dos investimentos em segurança pública vêm da União. Queremos aumentar a participação no conjunto dos investimentos em segurança pública, e o Detecta é um programa de alto benefício, porque o investimento não é tão grande comparado com os benefícios que ele traz. Estamos incorporando, por sugestão do governador Geraldo Alckmin, na nossa proposta, vamos definir as grandes cidades brasileiras que terão e chegaremos até às médias cidades. Portanto, é mais uma ação concreta, objetiva, de um programa de governo coerente com a nossa história de combate à criminalidade. Minas Gerais, ao longo de todos os oito anos que fui governador, foi o Estado que, do ponto de vista proporcional, mais investiu em segurança pública no Brasil. E onde estamos colhendo os melhores resultados de diminuição de criminalidade é exatamente no governo de São Paulo com os resultados das ações do governo Alckmin. Parceria é o caminho correto em substituição da terceirização de responsabilidades, que é a principal marca deste governo, na questão da segurança pública. É inaceitável que um governo que vê os crimes crescerem no país, com 56 mil assassinatos no ano passado, tenha executado menos de 40% do orçamento do Fundo Nacional de Segurança e cerca de menos de 10% do Fundo Penitenciário. É uma clara demonstração de descompromisso com a vida, com a preservação de segurança e com o combate da criminalidade.

Críticas do PT à candidatura de Marina Silva

Sou absolutamente contra o ataque pessoal. O que nós temos feito é a discussão política, essencial numa eleição dessa importância. Para resumir, vejo uma candidata à Presidência da República, a atual presidente, que perdeu as condições de governabilidade pelo conjunto da obra, o conjunto dos equívocos acumulados ao longo desses últimos anos. E do outro lado, uma outra candidata que ainda não adquiriu as condições de governabilidade, por não ter apresentado os caminhos que nos levarão ao nirvana, esse mundo sonhado por todos nós. E tem um terceiro candidato, que sou eu, com propostas claras, exeqüíveis, coerentes com a nossa história e com gente qualificada para implementá-las. Estou extremamente otimista. E achando que a onda da razão está chegando e por isso que já temos sinais de que começa haver uma mexida no eleitorado. Eu acho que na hora certa a proposta consistente, que vai nos permitir a superação das gravíssimas dificuldades que o Brasil vai enfrentar, somos nós cada vez isso vai ficar mais claro. Eu, inclusive, me solidarizo com a candidata Marina Silva em relação às críticas pessoais que têm sido feitas contra ela, [como a] comparação com outros presidentes que não terminaram seu mandato. Não vejo qualquer relação na história da candidata Marina com esses candidatos. Não entro nessa questão pessoal sobre quem financia a candidata do PSB. Mas a discussão política é essencial. Na verdade, nós temos uma candidata que baixou o nível do debate, que é a do PT, e uma outra candidata que não quer o debate, que se ofende simplesmente com a lembrança que ela militou por mais de 20 anos no PT, esse mesmo partido que ela acusa de fazer a velha política, e a minha candidatura pronta pra debater todos os temas.

Eu vou continuar fazendo isso, debatendo o Brasil e mostrando que nós temos o projeto mais consistente para fazer a mudança. A mudança não se dará no dia da eleição apenas, a mudança se inicia a partir do primeiro dia do próximo mandato. Nós temos propostas amplamente debatidas, gente qualificada e parcerias como a do governador Geraldo Alckmin para transformar essas propostas em realidade. O Brasil vive hoje uma grande frustração pelo que foi prometido há quatro anos e não foi entregue. Eu não quero que o Brasil viva daqui a quatro anos outras frustrações.

Sobre acusações de que todos os partidos têm corrupção.

Nós somos muito diferentes do PT. Eu não bebo nesse cálice do PT. O PT permitiu, consciente a presidente ou não, que a maior empresa pública brasileira fosse instrumento de uma ação criminosa, como diz a Polícia Federal. Uma organização criminosa se instalou no seio da Petrobras, segundo a Polícia Federal. Esse diretor que hoje está preso e começa a denunciar para onde ia esse dinheiro, era alguém que convivia com alguma intimidade com o governo como um todo e com ela própria, como presidente do conselho. Não há como disfarçar e tapar o sol com a peneira. O governo do PT foi, ao meu ver, absolutamente leniente com todas essas estruturas que se montaram dentro do Estado brasileiro. Eu quero tirar a Petrobras da política, quero construir uma administração profissional que permita à Petrobras voltar a ser instrumento do desenvolvimento do país. Eu quero debater propostas. Que elas briguem entre si. Estou fora dessa briga. O que eu quero é apresentar ao Brasil um projeto de um homem público que tem experiência e tem enorme preocupação com as outras alternativas que estão aí. Quero repetir: uma perdeu as condições de governabilidade e a outra não apresenta as menores condições de governabilidade. Nós somos a mudança segura que o Brasil anseia.

Sobre Lula o chamar de companheiro de longa data

O Lula era um bom reserva da lateral esquerda do meu time quando éramos deputados em Brasília. Depois, quando presidente da República, tivemos uma relação institucional, correta, republicana. Eu não trato meus adversários como inimigos. Fico feliz que o presidente Lula, diferente do que disse em outras ocasiões, vem nessa mesma direção. Temos que fazer, e vou aqui lembrar meu velho avô Tancredo, fazer com que as ideias é que briguem, não as pessoas. Eu acho que vi o gesto do presidente mais uma coisa absolutamente ligada à minha determinação de não apenas encerrar esse ciclo do PT, mas colocarmos em um lugar que funcione. Vou repetir: a mudança não se dá com o voto, com o protesto. A mudança, ela dependerá muito da nossa ação, da experiência, da competência de gente qualificada. Se dará a partir de primeiro de janeiro. Vou repetir uma frase que disse, espero que isso não ofenda ninguém, mas ela é verdadeira: ‘o Brasil não é para amadores’.

Aécio afirma que tecnologia e inteligência devem ser usadas a serviço da segurança pública

O candidato da Coligação Muda Brasil à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou, nesta sexta-feira (12/09), que pretende usar tecnologia e inteligência a serviço da segurança pública dos brasileiros. Ele ressaltou também a importância de executar integralmente o orçamento destinado à segurança pública, de aumentar o número de policiais nas ruas e de fazer um controle efetivo das fronteiras, por onde entram armas e drogas.

Ao lado do governador de São Paulo e candidato à reeleição Geraldo Alckmin, Aécio visitou as instalações do Centro de Operações da Polícia Militar de São Paulo (Copom) e conheceu o Detecta, sistema inteligente de monitoramento que utiliza tecnologia de ponta no patrulhamento, na investigação e no planejamento de combate a crimes.

“Por meio desse nosso programa, queremos levar esse mesmo sistema, com esse software, com equipamentos, para as médias e grandes cidades brasileiras. É a tecnologia e a inteligência a serviço da segurança pública dos brasileiros”, afirmou Aécio, lembrando os “resultados extremamente positivos da experiência do governo de São Paulo”.

Prioridade

Em entrevista à imprensa, o candidato da Coligação Muda Brasil reiterou que a segurança pública será uma questão central em sua gestão. Ele assumiu um compromisso com a reforma do Código Penal, a descentralização das ações no setor e a realização de parcerias efetivas com os Estados.

“É inaceitável que um governo que vê os crimes crescerem no país, com 56 mil assassinatos no ano passado, tenha executado menos de 40% do orçamento do Fundo Nacional de Segurança e somente cerca de 10% do Fundo Penitenciário. É uma clara demonstração de descompromisso com a vida, com a preservação de segurança e com o combate da criminalidade”, avaliou.

“É sempre importante lembrar que apenas 13% dos investimentos em segurança pública vêm da União. Queremos aumentar a participação no conjunto dos investimentos em segurança pública, e o Detecta é um programa de alto benefício, porque o investimento não é tão grande comparado com os benefícios que ele traz. Estamos incorporando, por sugestão do governador Geraldo Alckmin, na nossa proposta. Vamos definir as grandes cidades brasileiras que terão e chegaremos até às médias cidades”, acrescentou.

Aécio lembrou que ao longo dos oito anos como governador de Minas Gerais (2003-2010), o Estado foi o que mais investiu proporcionalmente em segurança pública no Brasil. Ele acrescentou ainda que, após as ações tomadas pelo governador Geraldo Alckmin, São Paulo é o Estado que apresenta os melhores resultados na diminuição de crimes. “É mais uma ação concreta, objetiva, de um programa de governo coerente com a nossa história de combate à criminalidade”.

Detecta

Lançado em abril deste ano pelo Governo de São Paulo, foram investidos no sistema do Detecta R$ 9,7 milhões. O sistema engloba quase 2 mil câmeras de vídeo integradas. Segundo Geraldo Alckmin, o objetivo é chegar a cerca de 3 mil câmeras até dezembro.

“Isso permite com inteligência, com tecnologia, a polícia se antecipar, evitar o crime, prevenir, e do outro lado prender quem comete crimes. É um sistema inédito, que começa aqui pela capital, mas já está na região metropolitana. Integramos agora 6 mil quilômetros de autoestradas concessionadas, que também têm câmeras de vídeos. Esse é um bom modelo para ter parceria com a área federal”, afirmou Alckmin.

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