
Sobre a recessão técnica.
Hoje é um dia triste para o Brasil. O Brasil acaba de entrar em recessão técnica. Pelo segundo trimestre consecutivo, temos um PIB negativo. A verdade é que o governo do PT terminou antes da hora e o legado será: crescimento baixo, investimento baixo, combinado com inflação alta, juros altos e uma perda crescente da confiança na nossa economia que empata nos investimentos e no emprego. O nosso governo será o governo da transparência fiscal, da previsibilidade, do resgate das agências reguladoras e da constituição de um ambiente adequado para a retomada do crescimento da economia. Não existem empregos se não existe crescimento. Portanto, mais do que nunca fica claro que esse modelo que está aí fracassou e [que] nós que temos as melhores condições de apresentar ao Brasil, não apenas uma proposta de mudança, mas uma mudança consistente, uma mudança clara na direção da retomada do crescimento, do combate firme à inflação e, obviamente, também da volta dos empregos, principalmente os empregos de melhor remuneração ao Brasil com o fortalecimento da nossa indústria.
Sobre Guido Mantega.
É triste ao final do governo o ministro da Fazenda que entrega esse quadro, extremamente perverso para com os brasileiros de crescimento baixo, de recessão a partir de hoje, de inflação saindo do controle mesmo com o preço represado. Não vejo nele autoridade para questionar quem quer que seja. Na verdade, o atual governo fracassou e fracassou principalmente na condução da economia brasileira, por isso o sentimento de mais de 70% dos brasileiros na busca de mudanças. E, certamente, um dos grandes responsáveis por esse sentimento majoritário por mudanças são aqueles que conduziram, e conduziram mal, a política econômica ao longo desses últimos anos.
Sobre o PIB e a economia brasileira
No Brasil, o PIB vive em processo de recessão técnica. Aquilo que eu alertava, já há algum tempo, hoje fica claro. O Brasil parou de crescer, cresce negativamente e a tradução disso é que os empregos estão indo embora. Os empregos que deveriam estar sendo gerados no Brasi, já vem sendo gerado fora do Brasil. Não há geração de empregos para atender às demandas dos jovens brasileiros e daqueles que buscam espaço no mercado de trabalho, sem crescimento.
Nós assistimos agora, no terceiro trimestre com um crescimento negativo – menos 0,6% – a produção disso é menos empregos esperam lá na frente. Por isso, não é hora de novos improvisos.
O aprendizado do PT no governo nos custou muito caro, a inflação está aí de volta; o crescimento da economia hoje é negativo, a perda de credibilidade do Brasil é crescente e os nossos indicadores sociais deixaram de melhorar. Portanto, apresento ao Brasil um caminho consistente, testado, onde a experiência e a competência vão estar a serviço dos brasileiros para melhorar a saúde, para melhorar a segurança pública, para melhorar a qualidade da educação.
Estou convencido de que agora a campanha começou de verdade. Que agora que as ideias dos candidatos devem ser apresentadas e confrontadas com a sua história de vida. Eu me orgulho muito de defender e poder estar apresentando hoje, projetos que eu defendi ao longo da minha trajetória. Evoluir sempre é bom.

Sobre as pesquisas de intenções de voto.
Tenho um projeto para o Brasil. Um projeto que busca substituir esse que esta aí e que fracassou. Por isso esse sentimento de mudança. E não é um projeto improvisado. É um projeto constituído com ideias e com pessoas capazes de transformar essas ideias em realidade. A grande questão que se colocará daqui em diante é: que mudanças queremos para o Brasil? A mudança do improviso ou a mudança consistente, verdadeira? A mudança que pode levar o Brasil a um novo patamar de desenvolvimento? Tenho enorme confiança de que no momento da decisão, prevalecendo a razão, vamos estar, não apenas no segundo turno, mas vamos vencer as eleições. Tem um quadro novo, a partir do falecimento do meu amigo governador Eduardo Campos. E agora temos que nos adaptar a essa nova realidade. Eu estou absolutamente sereno e convencido de que as melhores propostas pro Brasil mudar de verdade, quem as têm somos nós.
Não há uma razão para uma mudança abrupta no quadro das últimas pesquisas. Convivemos bem com ele. Vamos é daqui por diante cada vez mais clarear as nossas propostas, transmitir as nossas propostas para que as pessoas possam entendê-las e, obviamente, cobrando das outras candidaturas que também externem as suas. Não é possível que possamos caminhar para outra direção, sem sabermos que direção é essa. Tenho dito, de forma muito clara, inclusive anunciando quem será aquele que conduzirá a economia se vencer as eleições, até quem sabe estimulando os outros candidatos, não para indicar nomes, mas para dizer com clareza de que forma pretendem governar, quais os valores que pretendem conduzir à frente do governo, mas, sobretudo, de que forma vão nos tirar dessa aguda recessão. O Brasil não é para amadores.
Programa do PSB à Presidência da República
O programa anunciado pela candidata Marina, na verdade, é o maior apoio que eu recebi até agora. Porque ele registra, ele resgata as nossas propostas e, entre o original, coerente desde sempre e as últimas posições da candidata Marina, eu acredito que os brasileiros ficarão como original. Porque nós defendemos nestas propostas é a vida inteira. Honestamente, se desde o início da luta pela estabilidade econômica com o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal, nós tivéssemos tido o apoio da candidata que hoje considera esses avanços importantes, a nossa travessia, talvez, tivesse sido feita com menos dificuldades. A objeção, a oposição ferrenha do Partido dos Trabalhadores e, obviamente, de todos os seus membros naquele momento, fez com que essa nossa trajetória fosse ainda mais dura. E [a nossa proposta] vai vencer. O importante é que nós vencemos, a estabilidade está aí, agora colocada em risco pelo atual governo. Portanto, entre o original e essa nova aversão adaptada das convicções da candidata Marina, que respeito pessoalmente, os brasileiros ficarão com o original.
Sobre coerência entre discurso e prática
Eu tenho um projeto para o Brasil. É isso que faz estar aqui sendo recebido com esse entusiasmo acredito que esse projeto é o melhor para que, não apenas tiremos o PT do governo, mas para que possamos colocar no lugar um projeto que não nos permita viver novas inseguranças lá adiante. Defendo hoje o que eu já defendia lá atrás. Tenho hoje, absoluta coerência entre o que eu pregava e aquilo que dediquei ao longo de toda minha vida. E é essa segurança que as pessoas precisam ter para fazermos a proposta.
Não basta apenas tirar o PT do governo. É preciso que tenhamos no lugar o projeto político que tenha caminhos, que tenha lógica e que tenha coerência. Administrar não é você ir no supermercado, numa prateleira, e buscar aqueles produtos que acha melhor, mesmo que as suas preferências venham mudando ao longo do tempo. Administrar é buscar os melhores requisitos num determinado projeto. O meu é claro: é da transparência fiscal, da previsibilidade da condução da economia, do resgate da credibilidade do país, do respeito às agências reguladoras e da ampliação do alcance dos programas sociais. Esse é o nosso discurso praticado e pregado. E se nós, numa coerência entre aquilo que pregamos e aquilo que praticamos ao longo de toda a nossa vida. Por isso eu estou convencido que na hora da razão, nós vamos estar no segundo turno e vamos vencer as eleições.

Sobre reajuste da tabela do SUS e clínicas de especialidades médicas
Em primeiro lugar, aqui em Ribeirão Preto, reafirmar o nosso compromisso, com o reajuste da tabela do SUS e faremos isso de forma escalonada já a partir do primeiro ano de governo. Com a criação das clínicas de especialidades que vão superar um dos principais gargalos que existem hoje no atendimento à saúde pública. Nessas clínicas, o cidadão encaminhado, por exemplo, pelo programa de saúde da família ou pelo atendimento primário, vai ser atendido por um especialista, vai fazer no mesmo espaço físico os exames necessários e já sai dali com os medicamentos também necessários.
O que nós queremos é requalificar o atendimento de saúde pública no Brasil. Com mais recursos, mas também com mais gestão, como fiz inclusive em Minas Gerais. Ao lado do governador Geraldo Alckmin, quero reafirmar esse compromisso de levar a saúde para mais próximo onde as pessoas vivem com mais qualidade, com mais gestão e com maiores investimentos.
Sobre a proposta de carreira nacional de médicos
Nós queremos criar e criaremos a partir do próximo ano a carreira nacional de médicos. Nós temos que encontrar soluções definitivas com mais médicos, mas também com mais saúde, com mais qualidade no atendimento. Infelizmente, atualmente, o governo federal ano a ano diminui a sua participação no financiamento. Vamos garantir uma participação maior da União no financiamento da saúde pública. Vamos criar a carreira nacional dos médicos, as clínicas de especialidades e mais do que isso, vamos fazer com o que o BNDES tenha o seu S aumentado. O BNDES vai financiar a instalação de consultórios de especialidades para médicos recém-formados, que pagarão ao BNDES com atendimento na rede pública. Portanto, uma parcela dos atendimentos dessas novas clínicas que serão instaladas, nas regiões a serem definidas pelo Ministério da Saúde, as regiões de maior carência de atendimento de especialidades, uma parte desses atendimentos será gratuita atendendo a rede SUS. Portanto, será a forma desses médicos se instalarem nas regiões que mais necessitam desse atendimento e a forma deles pagarem ao BNDES. No nosso governo, o S, social do BNDES era muito maior do que era hoje.
Proposta da Coligação Muda Brasil
Nós temos um projeto para o Brasil. Um projeto debatido, discutido e coerente com aquilo que nós sempre pregamos ao longo de toda a nossa caminhada. O quadro hoje é de que o atual governo fracassou. A atual presidente da República perderá as eleições. Perderá porque levou o país à recessão, levou o país à inflação novamente, atormentando a vida dos trabalhadores, paralisou as principais obras estruturantes e não permitiu que nossos indicadores sociais melhorassem.
O quadro hoje – e no segundo turno, começamos a ver isso, – é que a atual candidata à Presidência da República não vencerá as eleições. Restam aí, pelo menos mais qualificadas nas pesquisas, duas alternativas. A nossa, ela é coerente com aquilo que nós debatemos durante toda a nossa existência. Uma política fiscal mais transparente, uma política econômica que traga de volta os investimentos que saíram do Brasil, mas acima de tudo, políticas sociais que permitam a superação da pobreza e não a sua simples administração.
Tenho absoluta confiança que a clareza das nossas propostas, a sua coerência, longe do improviso que assistimos hoje, vai nos permitir estar no segundo turno e vencer as eleições. Porque não basta apenas tirar o PT do governo. É preciso introduzirmos no lugar um governo que tenha quadros, que tenha experiência e que tenha propostas exequíveis. Portanto, a nossa proposta, ela não carrega contradições. Ao contrario, ela é a expressão maior da coerência, da experiência e da competência. Por isso eu acredito que nós vamos vencer as eleições.