No fim do ano passado, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) encaminhou ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) o Plano de Recuperação de Assentamento do assentamento federal Vale do Bacaba, que tem quase doze mil hectares, localizados na Estrada da Ponte Nova, em Capitão-Poço, no nordeste do Estado.
O documento, que reúne um levantamento socioeconômico e o georreferenciamento dos lotes das 422 famílias moradoras, foi elaborado pela Emater de Mãe do Rio. As informações devem nortear a aplicação de políticas específicas na comunidade, que trabalha principalmente com mandioca, feijão caupi e pecuária leiteira.
“A Emater em campo identifica não só os aspectos da produção agrícola, mas também a qualidade de vida e as condições de infraestrutura, como saúde, luz elétrica, educação e estradas. São questionários, mapas e toda a sorte de embasamento. É um banco de dados completo”, explica o chefe da Emater em Mãe do Rio, Jorge Luiz Medeiros.
O processo todo se deu dentro de uma chamada pública entre o governo estadual e o governo federal. O edital incluía, ainda, atendimento regular de assistência técnica e extensão rural. Durante 2012 e 2013, foram implantadas, por exemplo, quatro unidades demonstrativas, de um hectare cada, de sistema bragantino de mandioca e feijão caupi, com vistas a selecionar uma variedade acessível de mandioca tolerante à podridão da raiz, doença que ameaça a principal atividade dos assentados. A primeira colheita deve ser em junho.
Também foram contratados 19 projetos da linha A do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), para pecuária e reflorestamento de áreas degradadas a partir do plantio da madeira paricá. Cada família recebeu pouco mais de R$ 21 mil, por meio do Banco da Amazônia.
Da Redação
Agência Pará de Notícias
Aline Miranda
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará