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Estado elabora pacto para combater a pobreza e a violência no Marajó

Luiz Fernandes
Secretário Luiz Fernandes Rocha

A criação de um grupo de trabalho para atuar em ações específicas na região do Marajó é uma das propostas apresentadas nesta terça-feira (4) durante reunião na sede da Conferência Nacional dos Bispos dos Brasil (CNBB) em Belém. Presidido pelo secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Luiz Fernandes Rocha, e pelo bispo da Prelazia do Marajó, dom Luis Azcona, o encontro debateu temas como o combate à criminalidade, principalmente, à exploração sexual de jovens, e a redução da pobreza.

Participaram da reunião representantes das secretarias de Estado de Assistência Social (Seas) e de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), polícias Civil e Militar e Comissão de Justiça e Paz da Assembleia Legislativa. A secretaria adjunta da Seas, Meive Piacesi, apresentou o projeto “Pacto pelo Pará pela Redução da Pobreza no Marajó”, cujo objetivo é levar diversas ações articuladas, entre os órgãos governamentais, para a região. Ela explicou que todas as ações foram definidas no Plano Plurianual (PPA).

Dentro dos projetos que estão sendo implementados na região, sob coordenação da Seas, está o de esgotamento sanitário e a implantação do sistema de abastecimento de água. “É uma ação com quatro órgãos de governo, que a Seas articulou por perceber a realidade do abastecimento de água no Marajó, uma região que, apesar da abundância de água, carece de água potável em muitas comunidades rurais”, disse a secretária.

Fazem parte do projeto a Seas, Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Fundação Nacional da Saúde (Funasa) e Pará Rural. O objetivo é levar para o Marajó microssistemas de abastecimento de água e tratamento. “Vamos começar a partir deste mês um processo licitatório para aquisição dos equipamentos e levá-los para a região”, detalhou Meive Piacesi.

Ainda dentro do pacto, destacou a secretária adjunta da Seas, há ações voltadas para o desenvolvimento do turismo, cultura e pesca para a região, em que estão envolvidas outras secretarias de Estado, como a de agricultura, além da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e o Instituto de Desenvolvimento Florestal (Ideflor). Uma cópia do projeto foi entregue ao bispo da Prelazia do Marajó.

Segurança – Luiz Fernandes apresentou os resultados de várias ações executadas no Marajó, como as obras já licitadas para a construção de novas Unidades Integradas Pro Paz (UIPPs) nas cidades de Bagre, Gurupá, Melgaço, Ponta de Pedras, Santa Cruz do Arari, Salvaterra e Portel, todas com os mesmos padrões das unidades inauguradas em Belém e no interior do Estado. As novas UIPPs integram as polícias Civil e Militar e ações sociais, com a presença de assistentes sociais, e espaços com a presença do Corpo de Bombeiros e de serviços de cidadania. Ele mostrou ainda resultados de operações policiais, para combate à pirataria e ao tráfico de drogas.

Uma das operações citadas foi a Upiara, que atuou em todos os municípios do Marajó, no enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes. O secretário também destacou as ações sociais voltadas aos jovens. Para Luiz Fernandes, a presença dos órgãos de segurança junto com representantes de outros órgãos do Estado e da CNBB será muito importante.

“O Sistema de Segurança Pública já vem fazendo operações policiais constantes no Marajó. Já se mudou muito o comportamento na região. A gente via muito o roubo a barcos de transportes de passageiros. Hoje isso diminuiu radicalmente. O apoio à população dos municípios aumentou com os investimentos feitos pelo governo do Estado na aquisição de novas embarcações e remotorização delas e no aumento da frota de helicópteros, pois tínhamos dois e passaram a ser seis. Assim, temos feito operações constantes na região para combate ao tráfico de drogas em vários municípios. E essas operações irão continuar”, detalhou.

Para dom Luís Azcona, com os projetos apresentados, o Estado mostra que está preocupado para dar soluções aos problemas na ilha do Marajó. “Minha impressão é enormemente positiva, sobretudo porque tivemos a possibilidade de aproximação humana, de um encontro de homens e de mulheres que estão lutando para um mesmo ideal”, finalizou.

Da Redação
Agência Pará de Notícias

Walrimar Santos
Polícia Civil

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