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Governo toma medidas para recuperar ponte no Rio Moju

Por volta das 22h30, uma balsa da empresa CNA que prestava serviço para a Agropalma bateu em dos pilares da ponte, a quarta da Alça Viária para quem vai de Belém, bateu um vão da ponte, causando rompimento de parte da estrutura.
Por volta das 22h30, uma balsa da empresa CNA que prestava serviço para a Agropalma bateu em dos pilares da ponte, a quarta da Alça Viária para quem vai de Belém, bateu um vão da ponte, causando rompimento de parte da estrutura.

O Governo do Pará deverá ter, até esta quarta-feira (26), o laudo preliminar feito pela consultoria especializada, contratada para avaliar a extensão dos danos causados à estrutura da ponte Moju Cidade, atingida por uma balsa, por volta das 22 h de domingo (23), o que provocou a queda de uma parte da construção. A informação foi dada pelo secretário de Estado de Transportes, Eduardo Carneiro, em entrevista coletiva concedida na tarde desta segunda-feira (24), juntamente com outras autoridades do Estado que acompanham a apuração das causas do acidente.

O secretário também anunciou que, durante o período em que a ponte estiver bloqueada, duas balsas serão disponibilizadas, gratuitamente, pelo governo do Estado, para transportar veículos, de uma margem à outra do Rio Moju. No final da tarde desta segunda-feira, uma das balsas contratadas já havia chegado ao local, onde começou imediatamente o trabalho, que será feito nas 24 horas do dia, todos os dias da semana, durante o período que durar a interdição.

Ainda no final da tarde desta segunda-feira já haviam chegado ao local do acidente máquinas pertencentes à empresa contratada pelo governo do Estado para fazer reparos na Rodovia PA-150. As máquinas vão melhorar as rampas de acesso às balsas. “Essas rampas são de 10 a 12 anos atrás, por isso estão em condições ruins. Mas, com o apoio da Prefeitura de Moju, estamos enviando esse maquinário para melhorar as rampas de acesso, tanto no embarque como no desembarque”, explicou Eduardo Carneiro.

Duas balsas foram disponibilizadas, gratuitamente, pelo governo do Estado, para realizar o transporte dos veículos que precisarem se deslocar de uma margem à outra do rio Moju após os danos causados à estrutura da ponte Moju Cidade, atingida por uma embarcação (do tipo balsa) por volta das 22h deste domingo, 23, o que provocou a queda de uma parte da construção.
Duas balsas foram disponibilizadas, gratuitamente, pelo governo do Estado, para realizar o transporte dos veículos que precisarem se deslocar de uma margem à outra do rio Moju após os danos causados à estrutura da ponte Moju Cidade, atingida por uma embarcação (do tipo balsa) por volta das 22h deste domingo, 23, o que provocou a queda de uma parte da construção.

O secretário esclareceu que, logo após o acidente, o governo do Estado começou a tomar as providências necessárias, para evitar ainda mais danos à estrutura da ponte e à população que utiliza aquele trecho da Alça Viária, fazendo o contato com a consultoria técnica especializada, que poderá avaliar com mais propriedade a extensão dos danos, e com as duas empresas que enviarão as balsas para a travessia dos veículos no local. Homens do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil do Estado também foram imediatamente até o local, onde iniciaram as medidas preventivas, como o isolamento da ponte.

“Amanhã (terça-feira – 25) vamos iniciar um processo de dispensa de licitação para contratação da empresa que vai trabalhar na recomposição do que foi danificado. De qualquer maneira, vamos ter que esperar o prazo de 48 horas pedido pela consultoria especializada, para que tenhamos uma base sobre o orçamento que será necessário para a recuperação da ponte. Em princípio, por conta do tamanho do estrago causado, estimamos que o reparo leve em torno de 180 dias. Nesse período todo, as balsas trabalharão ininterruptamente. Uma vai transportar os veículos leves, e a outra os veículos pesados, num serviço totalmente gratuito, por conta do governo do Estado”, completou Eduardo Carneiro, acrescentando que as duas balsas saíram do distrito de Icoaraci (pertencente a Belém), e demoraram um pouco mais para chegar até o rio por conta das chuvas que caíram na tarde desta segunda-feira.

Acidente – O capitão de corveta da Capitania dos Portos, Vieira Barros, informou que a balsa que provocou o acidente, da empresa Companhia de Navegação da Amazônia (CNA), tem 60 metros de comprimento por 12 de largura, e o empurrador que a acompanhava 12 metros de comprimento por seis metros de largura, estando, portanto dentro do limite possível de passagem, tanto pelo principal canal de navegação da ponte – que é de 80 metros de largura – quanto pelos outros vãos, com cerca de 40 metros de largura cada um. E foi por um dos vãos menores que a balsa foi conduzida, provocando o acidente, embora o correto seja a passagem pelo canal de navegação principal, o de 80 metros de largura. “Por algum motivo, que ainda não sabemos, já que ainda estamos iniciando um procedimento investigatório, a embarcação não navegava pelo canal de navegação principal, o que é indicado pela Capitania dos Portos. Só vamos conhecer essas causas por meio de um inquérito, que será desenvolvido em paralelo com a investigação da autoridade policial. Cada instância, na sua competência, vai apurar as causas do acidente”, ressaltou o capitão Vieira Barros.

Ele disse ainda que, no momento do acidente, a embarcação contava com a tripulação de segurança (quatro a cinco pessoas), e que toda a documentação, tanto da balsa quanto da tripulação, estava regular. “Tudo foi verificado e não havia nenhuma irregularidade. Maiores detalhes somente responderemos através do inquérito”, concluiu.

O delegado geral de Polícia Civil, Rilmar Firmino, informou que, na ocorrência registrada na Delegacia de Moju, o comandante da embarcação disse que a balsa transportava 900 toneladas de óleo de palma, pertencentes à empresa Agropalma.

O secretário Eduardo Carneiro acrescentou que, nesta terça-feira (25), se reunirá com um representante da Agropalma para discutir os possíveis custos de recuperação da ponte. O governo ainda não sabe se o que restou da estrutura poderá ser aproveitado ou se os danos comprometeram toda a estrutura da ponte. As respostas só virão com o laudo emitido pela consultoria.

Eduardo Carneiro lembrou que, há cerca de 90 dias, houve outro choque em um dos pilares centrais da ponte, mas que, nesse caso, os efeitos foram minimizados pelas defensas metálicas – uma espécie de grade de proteção colocada em torno dos pilares do vão central da ponte, que ladeiam o canal de navegação. “No caso deste último acidente, a balsa não passou pelo canal de navegação central, que tem 80 metros de largura, como é exigido pela Capitania dos Portos”, reforçou.

Sinalização – No que se refere ao acidente ocorrido há de três meses, as defensas metálicas estão sendo recuperadas e devem ser recolocadas em, no máximo, 20 dias. “Não gostaria de fazer nenhuma condenação, mas a ponte do Moju estava totalmente sinalizada, iluminada. Recentemente, o governo do Estado fez um convênio com a Prefeitura de Moju, que permitiu a iluminação tanto pela parte de cima quanto por baixo. Além disso, também havia faixas refletivas em todos os pilares. Depois que houve o problema passado com as defensas metálicas, o governo do Estado já estava reforçando também as defensas das pontes sobre os rios Guamá e Acará. As defensas são para proteger os pilares dos canais de navegação, mas, como já dissemos, não era o local por onde a balsa estava navegando. Ela estava na margem esquerda, no sentido Moju-Belém”, frisou o secretário.

Sobre as balsas disponibilizadas para a travessia dos veículos, Eduardo Carneiro informou que não será necessária mais uma embarcação, já que muitos motoristas estão usando uma rota alternativa, pela Rodovia PA-252, que acaba saindo na Perna Sul da Alça Viária.

“Já tivemos oferta de mais uma balsa, mas os especialistas acreditam que vai ficar complicado para a manobra de três balsas nas rampas de acesso. Contudo, se for preciso, vamos usar. O importante, hoje, para o Estado, é que se continue garantindo o direito de ir e vir das pessoas pela rodovia”, reiterou.

O diretor do Grupamento Fluvial, Dilermando Dantas Júnior, contou que a balsa e seus tripulantes estão sendo deslocados para Belém, onde devem chegar por volta das 21 h. A embarcação deverá ser atracada no próprio Grupamento. Tão logo cheguem à capital paraense, os tripulantes começarão a ser ouvidos, para dar início à coleta de subsídios para os inquéritos marítimo e policial.

Da Redação
Agência Pará de Notícias
Elck Oliveira
Secretaria de Estado de Comunicação
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