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Líderes da oposição não darão trégua na batalha contra “lei do calote” no Congresso

Imbassahy SavioBrasília – Os líderes do PSDB na Câmara, o deputado federal  Antonio Imbassahy (PSDB-BA), e da Oposição, o deputado federal Domingos Sávio (PSDB- MG),reforçam a posição contrária ao projeto que libera a gastança no governo Dilma e avisam: não vão dar trégua na batalha para impedir a aprovação da proposta no Congresso. Os tucanos reagiram a acusações do líder do governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS), de que a oposição seria a favor de um arrocho fiscal a todo custo.

 “Essa foi uma declaração bem característica do PT, uma declaração infeliz, desrespeitosa e que faltou com a verdade”, rebateu Sávio. É muito fácil, na avaliação do parlamentar, o governo promover uma verdadeira farra fiscal sem se preocupar com as consequências para a economia e para os cidadãos brasileiros e depois tentar encontrar um culpado. “Tentar transferir para a oposição as dificuldades que a economia já faz sentir no bolso dos trabalhadores é querer brincar com a inteligência das pessoas”, condenou.

Apelidado por Imbassahy de “lei do calote”, o PLN 36/14 autoriza um abatimento sem limite da meta de resultado primário do ano, que é de R$ 116,1 bilhões, para o governo federal. Com isso, mesmo que feche as contas com déficit, o governo federal não terá descumprido a meta definida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Para o líder tucano, a presidente Dilma quer que a oposição seja cúmplice de um crime contra os brasileiros. Segundo ele, a presidente “torrou o dinheiro do brasileiro na campanha e agora quer anistia”. Em seu Facebook, Imbassahy conclamou: “Diga não à gastança! Contra o PLN 36!”

Mentira deslavada

Depois de ver o governo estourar as receitas e tentar burlar a norma com uma nova lei, Henrique Fontana resolveu culpar a crise internacional pelos percalços econômicos que o país enfrenta. Domingos Sávio, porém, explica de forma simples a verdade dos fatos: para ele, o problema é que o governo gasta mal e é corrupto. “As dificuldades da economia são fruto da incompetência do PT somada à grande corrupção nunca antes vista e que virou rotina”, disse.

O líder avisou ainda que a oposição fará tudo o que puder para impedir a gastança desenfreada, inclusive impedindo a votação de projetos contrários aos interesses dos cidadãos, como esse que autoriza o governo a gastar sem apresentar o mínimo de sobras para amortizar a dívida pública, que já passa de R$ 3 trilhões – ou mais de 60% do PIB. Segundo ele, o governo mente nisso também, pois a dívida está no patamar mais alto da história. Ele avalia que isso leva o país a perder credibilidade e investimentos gerando consequências para o trabalhador. “Culpa do governo e não da oposição”, reforça.

Apoio contra a irresponsabilidade

Em discurso no plenário da Câmara, o deputado federal  Izalci Lucas (PSDB-DF), integrante da Comissão Mista de Orçamento (CMO), chamou a população a comparecer ao Congresso na noite de segunda-feira (23) para protestar contra o projeto. Há uma sessão marcada para as 20h no intuito de analisar o PLN 36. “Não podemos abrir mão desse princípio. A conquista da Lei de Responsabilidade Fiscal é do povo brasileiro e as pessoas precisam entender que não podemos abrir mão de princípios. Se abrirmos essa exceção este ano, acabou”, disse o tucano, ao alertar que a aprovação do projeto abrirá um perigoso precedente.  O deputado avalia que a proposta visa anistiar a presidente Dilma, porque “os crimes fiscais já foram cometidos”, e o governo “abusou dos gastos públicos” neste ano eleitoral.

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