Aécio assina carta compromisso com o esporte brasileiro
O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, assinou neste domingo (31/08) a “Carta Compromisso pelo Esporte Brasileiro”. Nela, Aécio se compromete a estimular a prática esportiva e torná-la uma ação de Estado para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros.
De acordo com estudos, 12 milhões de pessoas sofrem com problemas causados por sedentarismo e obesidade no país. A prática de esportes é capaz de reduzir esse número.
Aécio assinou a carta compromisso durante o evento “Futebol entre Amigos”, promovida pelo ex-jogador Zico, no Rio de Janeiro.
O documento tem nove pontos, considerados fundamentais como compromisso de Estado, que envolvem a desburocratização da legislação e a criação de um comitê para promover parcerias entre os entes públicos, com o objetivo de estimular o esporte no país.
Abaixo a íntegra da Carta Compromisso pelo Esporte Brasileiro.
Carta Compromisso pelo Esporte Brasileiro
O esporte é direito humano e constitucional de todos os cidadãos (ONU 1979; CF, art. 217). Foi galgado a esse patamar por ser importante instrumento para o desenvolvimento humano e social. Seu impacto abrange diferentes políticas públicas fundamentais como: saúde, educação, diminuição de violência, planejamento urbano.
Os benefícios do esporte na saúde já são comprovados. O sedentarismo e a obesidade são problemas contundentes de saúde pública, uma epidemia mundial. Hoje, o Brasil gasta mais de R$ 12 bilhões por ano com problemas causados por suas consequências. Mais da metade da população brasileira está acima do peso e mais de 17% são obesos.
Os poucos e frágeis dados sobre atividade física nas capitais brasileiras apontam que somente 33% fazem atividade física suficiente e 15% são totalmente inativos. E na escola o número de horas de atividade física e esporte para crianças e jovens também não é animador. A previsão é que essa será a primeira geração no mundo que viverá menos que seus pais. Por isso, pensar em esporte e atividade física passou a ser primordial nas políticas públicas dos países.
Na educação, o esporte vem trazendo resultados surpreendentes. O esporte e a atividade física resultam em menos faltas a aulas e mais pontuação em testes cognitivos. Em projeto de esporte nas escolas em sua meta de legado das Olimpíadas, a Inglaterra implantou o esporte de qualidade em 450 escolas britânicas e mediu o impacto. O resultado mostrou melhoria no aprendizado em matérias como inglês e matemática além de melhorias pessoais e sociais como melhor autoestima, trabalho em equipe, cooperação, responsabilidade, entre outros. No entanto, no Brasil, isso não é prioridade na educação. Somente 30% das escolas de educação básica têm quadras e não há professores de educação física em todas as escolas, o que faz o país não aproveitar da forma adequada o enorme potencial do esporte na educação.
Futebol entre Amigos
Em primeiro lugar, quero dizer que estou imensamente feliz de estar aqui hoje ao lado do Zico, do Bebeto e de vários ex-atletas que fizeram a alegria de tantos brasileiros e que hoje querem que o futebol brasileiro, o esporte viva uma nova fase.
Estamos aqui hoje, comemorando esse reencontro, mas também falando de futuro, falando de um calendário para o futebol brasileiro mais racional, falando da profissionalização dos nossos clubes, que é essencial para que nós tenhamos um futebol de melhor nível, mas falando principalmente do esporte e não apenas o futebol, como instrumento de inclusão social. Nós sabemos o bem que o esporte faz para saúde, claro em primeiro lugar, mas também do ponto de vista social.
Em Minas Gerais, nós tivemos inúmeros projetos de ampliação da participação dos jovens, das crianças, em especial, em atividades esportivas e isso mudou a vida de muitas delas. Estar aqui ao lado de tantos atletas, esportistas,mas que pensam o Brasil como o caso do Zico, do Bebeto e tanto outros é pra mim uma inspiração. Para que nós possamos construir juntos uma nova etapa de qualificação do esporte como instrumento de inclusão social e também no que diz respeito no futebol, em especial buscando a sua profissionalização.
Aécio recebe apoio de artistas, ex-atletas e admiradores no Rio de Janeiro
O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, recebeu manifestações de apoio de ex-atletas, artistas e personalidades que querem mudanças e acreditam nas suas propostas. Vários deles participaram do jogo “Futebol entre Amigos”, no qual Aécio marcou dois gols. A partida acabou em 6 a 5 para o time do candidato.
Participaram do evento os ex-jogadores de futebol Zico, Cláudio Adão, Dadá Maravilha, Bebeto, Piazza, Nelinho e Beto Bom de Bola, o ex-atleta Robson Caetano, o ex-jogador de vôlei Giovane, os atores Mauro Mendonça, Marcelo Madureira, Stepan Nercessian, Eri Johnson, Márcio Garcia e Rosamaria Murtinho, os escritores Affonso Romano de Sant’Anna e Marina Colasanti, o cantor e compositor Raimundo Fagner e o médico Paulo Niemeyer Filho. Também estava presente a neta do Cartola Irineia dos Santos, da Velha Guarda da Portela.
Marcelo Madureira elogiou as habilidades de Aécio. “Esse evento representa bem o espírito do Aécio, a alma dele, que além de competente, de ser o político de que o Brasil precisa, também é descontração e amizade. Vamos transformar o Brasil em um país onde todos sejam amigos, onde não haja divergências, de elites brancas contra não sei o quê”, disse.
Em seguida, Madureira acrescentou: “Não, o país do Aécio Neves é o país da fraternidade. É o que vivenciamos aqui hoje. A trajetória política do Aécio é a maior credencial que ele tem. Depois o desempenho que teve em Minas Gerais e a capacidade de criar equipe, dar autonomia a ela, o que só um democrata sabe fazer”.
Raimundo Fagner acrescentou que conhece “muito bem” o candidato da Coligação Muda Brasil e confia nas suas propostas. “Ele vai poder mostrar as suas propostas [durante a campanha]. Eu conheço muito bem o Aécio. Ele tem um passado de gestão, que o credencia, como governador, como deputado e senador. O eleitor também poderá conhecê-lo”, disse.
Confiança
“Aécio é um cara jovem, que governou um dos Estados mais importantes do país e teve uma aceitação maravilhosa. Não é fácil governar um Estado e ainda mais um país. Eu confio no trabalho dele”, disse Zico.
Para Mauro Mendonça, o presidente da República tem de ter capacidade de administrar, algo que Aécio tem. “Sou eleitor do PSDB, sou PSDB de coração. Esse negócio de arrumar a casa, ser dona de casa e arrumar a casa é muito bom. Agora, arrumar o país que uma já desarrumou é outra coisa. Ele já demonstrou em Minas a capacidade de administrar”, destacou.
O médico Paulo Niemeyer afirmou que Aécio é o candidato que transmite a segurança que o cidadão espera de um governante. “Nós estamos aqui para dar todo o apoio que for preciso. Ele é de longe o melhor candidato e é o que dá mais segurança de que vai conseguir realizar um bom governo. Já demonstrou em Minas. É um homem que trabalha em equipe, não é um personalista. Isso tudo dá segurança de que vamos ter um bom futuro”, afirmou.
Incentivos ao esporte
Para Claudio Adão, Aécio colaborará para o estímulo ao esporte no país. “Ele é uma pessoa muito importante, um ex-governador de Minas Gerais que dá uma força para o esporte; um presidente jovem, com uma cabeça incrível. Isso é maravilhoso para o esporte e para o país. Ele é novo, inteligente, um cara capaz, que tem como avô uma pessoa de nível elevado. Então ele vem dessa mesma raiz. Estou com ele”, afirmou.
Dadá Maravilha disse que o jogo “Futebol entre Amigos” demonstrou que é possível firmar parcerias, inclusive entre um atleticano, como ele, e um cruzeirense, como o candidato. “Hoje é um dia de união, em que todo mundo fica feliz porque temos as mesmas causas. A única diferença entre Dadá Maravilha e Aécio é que ele é cruzeirense e eu sou atleticano. Dadá Maravilha no campo é o melhor; e o Aécio na política é o melhor”, ressaltou.
Segundo Robson Caetano, pessoas como Aécio são fundamentais para o incentivo às práticas esportivas no país. “O esporte tem de ser uma ferramenta para também ajudar o Brasil na educação, na saúde, na qualidade de vida. Vivemos em um mundo que, se colocarmos na balança, veremos que está obeso. Precisamos pensar nisso. Essa iniciativa tem a intenção clara de mostrar que é possível ter uma vida de qualidade aos 50, 60 anos e jogar futebol com o futuro presidente do Brasil, quem sabe. Temos a certeza de que ele tem um compromisso com o esporte brasileiro”, disse.
Aécio também falou sobre recessão técnica que gera um quadro de dúvidas
Quero também e não deixaria de dar uma palavra aqui em relação ao quadro econômico do país. O Brasil vive hoje infelizmente um processo de recessão técnica. O que significa para as pessoas que os empregos que estão sendo gerados hoje, deixaram de ser gerados lá adiante. Não existe emprego, sobretudo, emprego de qualidade quando não existe crescimento e o crescimento deixou de acontecer na economia brasileira. Com isso, as próprias negociações salariais serão feitas em prejuízo do trabalhador. O Brasil precisa rapidamente encerrar esse ciclo de governo que fracassou, para iniciar um outro ciclo de retomada do crescimento a partir da credibilidade da competência daqueles que vão assumir o governo.
O Brasil não comporta mais improviso. É muito importante dada à gravidade da crise que os brasileiros pensem, avaliem a história de cada uma dos candidatos, aquilo que eles fizeram quando tiveram oportunidade de fazer. Eu respeito as boas intenções de todos os candidatos e das candidatas, mas o Brasil precisa de mais do que isso. O Brasil precisa de um projeto que tenha começo, meio e fim. Estamos apresentando aos brasileiros um projeto coerente com a nossa história com aquilo que nós pregamos ao longo de toda a nossa vida pública, exatamente essa nossa pregação que teve a objeção e a oposição do PT durante todos os últimos anos. É que nos permitiu chegar aqui ainda minimamente estáveis, mas infelizmente já com a inflação já saindo do controle. Portanto, o Brasil tem desafios enormes pela frente e esses desafios tem que ser enfrentados por aqueles que mostraram no passado e mostram no presente competência e coerência com as suas posições.
Sobre Investigação do Programa Poupança Jovem
Tem que perguntar para o promotor que abriu em 2009. Nem fui citado em relação a isso. Temos que tomar muito cuidado com essas notícias que vêm em véspera de eleição. Eu faria a primeira pergunta a alguém que abriu investigação em 2009 não citou o Estado até hoje.
Sobre a cobrança de Beto Albuquerque para que a Coligação Muda Brasil lance seu programa de governo
Olha as diretrizes foram lançadas. Talvez, o candidato Beto [Albuquerque, vice na chapa de Marina Silva, do PSB] não esteja acompanhando muito de perto as discussões que nós fizemos ao longo de todos os últimos anos. E será lançado nos próximos dias na data pré-estabelecida. Mas não é para se ofender. Apenas encontrei no programa do PSB, lançado ontem, a defesa das mesmas posições que nós defendemos historicamente do ponto de vista da macroeconomia; do ponto de vista da transformação do Bolsa Família, por exemplo, em programa de Estado e na meritocracia no setor público.
Lamento apenas que no momento que implementamos essas medidas, nenhum deles estava ao nosso lado para ajudar, nós tivemos a objeção do PT e de quadros do PT importantes, né, que naquele momento acharam que o Plano Real era uma fraude. Durante a campanha eleitoral vai ficar muito claro quais são as propostas de cada candidato.
Meu esforço não é depreciar ou tirar o caráter de boas intenções dos meus adversários. Eu tenho um projeto para o país, o Brasil não é para amadores. Eu vejo na proposta do PSB um número muito grande de contradições em relação aquilo que se propõe hoje e aquilo que se praticou no passado, em todas as áreas. A evolução é importante, mas é preciso que se explique porque num tempo tão curto, tão pouco tempo atrás nós não tivemos o apoio dessas mesmas forças políticas para que o Brasil aprovasse a Lei de Responsabilidade Fiscal, para que nós defendêssemos o agronegócio como instrumento fundamental da nossa economia da geração de empregos, da geração de renda; e várias ações importantes.
Lembro que quando introduzimos em Minas Gerais a meritocracia, a avaliação por desempenho, proposta no governo do PSB, nós tivemos a oposição muito dura daqueles que hoje a defendem. A evolução é sempre muito bem-vinda, mas o que eu posso oferecer aos brasileiros é um projeto consistente, bem elaborado, e um projeto coerente com tudo que nós pensamos. Portanto, estou extremamente animado, a campanha começa para valer agora, nós vamos até o último dia defendendo aquilo que acreditamos que seja o melhor para o Brasil. O atual modelo que está aí fracassou pelo improviso, pela inexperiência. Nós não queremos o Brasil fracasse novamente.
Sobre a alta de Marina Silva na pesquisa DataFolha.
Nunca disse que era uma onda. Eu respeito a posição hoje da candidata Marina, candidata competitiva, e agora terá a oportunidade de externar as suas propostas, terá a oportunidade de dizer ao Brasil aquilo em que acredita de verdade. Evoluir é sempre importante, mas é preciso que fique muito claro, até porque, amanhã, não haja o risco de uma frustração coletiva, quais são realmente as posições nas quais ela acredita. E ela terá oportunidade para isso. Repito: nós temos um projeto para o Brasil que permitirá, através de uma política fiscal transparente, da previsibilidade das nossas ações, com uma seleção como esta que está aqui hoje para conduzir a economia, não estou do segundo ou terceiro time, mas com os melhores e experientes brasileiros para conduzir a nossa economia e permitir que o Brasil retome uma pauta de crescimento, porque crescimento é emprego, e é emprego que os brasileiros precisam para viverem melhor.
O atual governo fracassou, esta é a questão central, e não vencerá as eleições o grupo que está hoje no poder. Das duas alternativas competitivas que aí estão, nós apresentamos uma que é absolutamente coerente com o nosso passado, com aquilo que pensávamos lá atrás, e com aquilo que queremos fazer pelo Brasil. A população brasileira terá a oportunidade de avaliar entre essas propostas, até porque, não há nada velho na política do que o discurso adaptado às circunstâncias do momento.
Sobre apoio de Marina Silva no segundo turno
Não, ao contrário, tenho sempre ressaltado que respeito, que respeito todos os candidatos, em especial a candidata Marina. O que é importante nesse momento em que vamos tomar uma decisão dessa dimensão para o futuro do Brasil, é que cada candidato diga com absoluta clareza o que pretende fazer lá adiante, em relação à política econômica e em relação à política externa. Não conheço ainda posições dela em relação à nossa política externa, em relação aos programas de transferência de renda; vamos aguardar que daqui até a eleição ela possa externar as suas posições. Estou absolutamente confiante porque nós temos um projeto debatido extensamente Brasil afora, que não é fruto do improviso. Repito: boas intenções todas as candidaturas trazem, mas é importante trazer mais do que isso, para que o Brasil não viva uma nova frustração como o Brasil está vivendo hoje.
Contradições
Questionado sobre o programa de governo da candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, Aécio afirmou que há contradições nas propostas. Segundo ele, Marina precisa apresentar suas ideias, em especial, as relativas à política externa e distribuição de renda.
“Encontrei no programa do PSB a defesa das mesmas posições que nós defendemos historicamente do ponto de vista da macroeconomia, do ponto de vista da transformação do Bolsa Família em programa de Estado e na meritocracia no setor público”, destacou.
De acordo com Aécio, há um desencontro entre a prática dos integrantes do PSB e as propostas apresentadas pelo partido no programa de governo. O que, para ele, é a demonstração da ausência de coerência.
“Eu vejo na proposta do PSB um número muito grande de contradições em relação aquilo que se propõe hoje e aquilo que se praticou no passado, em todas as áreas. A evolução é importante, mas é preciso que se explique por que, em tão pouco tempo atrás, não tivemos o apoio dessas mesmas forças políticas para que o Brasil aprovasse a Lei de Responsabilidade Fiscal, para que defendêssemos o agronegócio como instrumento fundamental da nossa economia e da geração de empregos e de renda”, ressaltou o candidato.
Aécio lamentou o fato de que, no momento em que essas medidas foram implementadas pelo PSDB, no passado, os atuais integrantes do PSB não as apoiaram, mas agora mudam de posição. “Nenhum deles estava ao nosso lado para ajudar, nós tivemos a objeção do PT e de quadros do PT importantes, que naquele momento acharam que o Plano Real era uma fraude.”