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“O Brasil é de todos os brasileiros”, diz Aécio Neves

Aécio SalvadorO candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, afirmou, nesta sexta-feira (17/10), no bairro histórico do Pelourinho em Salvador (BA), que seu governo acabará com toda e qualquer divisão no país e entre os brasileiros. Referindo-se às eleições, Aécio disse que está próxima a “libertação dos brasileiros”.

“O Brasil é preto e pardo, é branco e índio, ele é de todos os brasileiros”, destacou ele, sendo aplaudido e ao som de palavras de ordem: “Aécio Presidente”. “[O Brasil] não é de apenas uma parcela da população. Não aceitarei o discurso de nos dividir ao meio, entre os brasileiros do Norte e do Sul, dessa ou daquela crença.”

Em carro aberto, que mal conseguia circular pelas ruas lotadas, Aécio destacou que a partir da sua vitória o país viverá um novo momento histórico. “Estamos a pouquíssimos dias da libertação dos brasileiros”, ressaltou.

Em seguida, o candidato acrescentou: “Vamos permitir que o Brasil volte a ser de todos os brasileiros, não mais de um grupo político, que se apoderou do poder como se fosse de sua propriedade. A nossa proposta é da generosidade e de respeito à diversidade”.

Emocionado, Aécio agradeceu a votação que teve na Bahia e o apoio do prefeito de Salvador, ACM Neto, e da ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Eliana Calmon. Também participaram do ato político o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, o deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE), entre outros.

“Não aceitamos que queiram dividir o Brasil. Não existe um Brasil do Sul e outro do Nordeste. O Brasil é um só e por isso não se divide”, afirmou ACM Neto ao lado de Aécio.

Nordeste Forte

Aécio lembrou que, logo no início da campanha, lançou o programa Nordeste Forte. Nele, há 45 ações que se destinam à melhoria da qualidade de vida na região, envolvendo educação, saúde, segurança e obras de infraestrutura, entre outros.

“Vamos reduzir em pelo menos 30% os crimes violentos, em especial os homicídios em todo o Nordeste brasileiro”, afirmou o candidato. “A nossa proposta tem inúmeras prioridades, mas a maior delas é a diminuição das diferenças regionais. Nós só vamos diminuir as desigualdades no Brasil tratando as regiões desiguais de forma desigual.”

Aécio relembrou que ele representa a candidatura das forças políticas da mudança. “Não sou mais o candidato de um partido, mas de uma coligação. E eu sou o candidato da mudança, da mudança de valores, da mudança da visão do Estado e da mudança de prioridades para que o nordeste seja efetivamente a grande prioridade do próximo governo.”

Ofensas

Aécio reiterou que reagirá às calúnias e difamações por parte da candidata do PT à reeleição, a presidente Dilma Rousseff.

“A minha adversária optou por discutir o passado e focar a campanha em ofensas e denúncias. É triste ver uma campanha em que se busca a desconstrução daqueles que ousem disputar com eles. Só que eu não me abato com isso. A cada infâmia, redobra em mim a disposição de debater o futuro”, afirmou.

Aécio ressaltou que sugeriu à Dilma para que prevaleça nos debates a discussão sobre propostas e ideias. “Ela [a presidente] própria diz que são dois projetos distintos. E são realmente dois projetos absolutamente distintos. Mas obviamente as ofensas e calúnias não ficarão sem resposta.”

O candidato lembrou que o PT não faz o “jogo da boa política”, pois ultrapassa os limites da ética. “Os nossos adversários não têm limites. Não fazem o jogo da boa política. Portanto, temos que estar prontos e preparados para o bom combate, onde quer que ele se dê”, afirmou.

Denúncias

Questionado sobre as denúncias que relacionam o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra com desvios na Petrobras, segundo acusações do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, Aécio defendeu as apurações.

“Defendo o mesmo tratamento para todos, que as investigações avancem e, se tenha alguém envolvido, deve responder pelos seus atos. Pela primeira vez, ela [Dilma Rousseff] agora parece crer nas denúncias do Paulo Roberto Costa, mas não vimos ainda nenhuma atitude dela em relação a pessoas próximas a ela que são citadas”, destacou o candidato.

Ainda em Salvador, Aécio Neves concedeu entrevista à imprensa

Assuntos: Nordeste Forte; apoios de Marina Silva e Eliana Calmon; importância dos debates; denúncias envolvendo Petrobras.

(Seguem trechos)

Fala inicial.

Em primeiro lugar, quero agradecer aqui da Bahia, de Salvador, o apoio que tive no primeiro turno, a solidariedade que tive de várias lideranças que aqui estão e principalmente do povo baiano do povo nordestino. Eu hoje aqui agradeço a todo o Nordeste brasileiro a compreensão que tiveram em relação a nossa proposta e que nos ajudou a chegar ao segundo turno. E escolhi estar hoje em Salvador para reiterar os meus compromissos com o Nordeste Forte. Com um conjunto de medidas que começam pela manutenção dos programas sociais, de transferência de renda e a sua ampliação com foco urgente na infraestrutura. Vamos concluir as obras que estão em andamento e vamos dar a essa região absoluta prioridade e iniciar outras obras que possam permitir o aumento da competitividade de quem produz aqui na região. Quero reiterar o compromisso que consta no nosso programa Nordeste Forte, lançado aqui em Salvador, com a educação. Em oitos anos nós temos que elevar o Ideb [Índice de Desenvolvimento de Educação Básica] do Nordeste até a média do Ideb nacional. Em 8 anos, vamos reduzir em pelo menos 30% os crimes violentos, em especial os homicídios em todo o Nordeste brasileiro. Portanto, a nossa proposta tem inúmeras prioridades, mas a maior delas é a diminuição das diferenças regionais. Nós só vamos diminuir as desigualdades no Brasil tratando as regiões desiguais de forma desigual. Portanto, eu escolhi estar em Salvador hoje ao lado do companheiro ACM Neto, ao lado dos nossos companheiros, homenageio a todos na figura de Paulo Souto e de Geddel, cumprimento nossos deputados eleitos, cumprimento aqueles que não foram eleitos, mas fazem parte desse conjunto de forças, e convoco a todos para essa reta final arregaçarem as mangas porque o que está em jogo hoje é muito mais do que a vitória de um partido político, de um grupo político. Todos que estamos aqui representamos um amplo sentimento que hoje permeia, porque hoje se espalhou pela sociedade brasileira, que é o sentimento de mudança que é possível termos um governo com decência e eficiência. Portanto, eu convoco todos os baianos, convoco todos os nordestinos para que nós, nesses últimos dias, possamos estar cada vez mais presentes nas ruas e defendendo o projeto de mudança. Não sou mais o candidato de um partido, mas de uma Coligação, e eu sou o candidato da mudança, da mudança de valores, da mudança da visão do Estado e da mudança de prioridades para que o Nordeste seja efetivamente a grande prioridade do próximo governo.

Sobre o apoio de Marina Silva e Eliana Calmon.

Fiz hoje cedo, em São Paulo, uma reunião com a candidata Marina Silva. E eu quero aqui até antes de responder a sua pergunta dizer da alegria de chegar à Bahia e receber o primeiro abraço da Ministra Eliana Calmon. É uma honra muito grande receber seu apoio, ministra, receber o seu apoio que representa o Brasil novo, o Brasil moderno, o Brasil que respeita valores, o Brasil que quer Justiça e o Brasil que tem coragem pra fazer o que precisa ser feito. Quero registrar aqui o meu profundo agradecimento ao apoio de Eliana Calmon, o apoio dos companheiros de outros partidos que não estavam conosco no primeiro turno, em especial membros da Rede, do PSB e outras forças políticas que se somam a nós aqui nesse instante.

Importância dos debates.

O debate existe para que as propostas possam ser expostas e o eleitor possa comparar e tomar a sua decisão. Estou pronto para debater o Brasil do futuro. Lamentavelmente a minha adversária optou em primeiro lugar por debater o passado e por focar, não sei se por uma orientação estratégica do seu marqueteiro, a campanha em ofensas e em denúncias. É triste numa democracia da maturidade da brasileira nós vermos uma campanha que, ao invés de propor o futuro para os brasileiros, busca a desconstrução daqueles que ousam enfrentá-la. Foi assim com Eduardo Campos, foi assim com Marina [Silva] e agora tentam fazer [o mesmo] comigo. Só que eu não me abato com isso, ao contrário, a cada ataque, a cada infâmia, a cada ofensa que recebo, redobra em mim a minha determinação de encerrar esse ciclo de governo. Eu estou pronto para debater o futuro. Eu quero apresentar propostas para que a educação no Brasil possa ser de melhor qualidade, para que a saúde chegue mais próxima das pessoas, para que o Brasil volte a crescer gerando emprego de melhor qualidade, para que a segurança pública possa receber os investimentos que não vem recebendo. Enfim, eu me preparei para governar o Brasil pensando nas pessoas, estarei sempre pronto para propor, para apresentar e debater ideias. Para que a educação no Brasil seja de melhor qualidade, para que a saúde chegue mais próxima das pessoas e para que o Brasil volte a crescer, gerando empregos de melhor qualidade, para que a segurança pública possa receber os investimentos que não vem recebendo. Eu me preparei para governar o Brasil pensando nas pessoas. Estarei sempre pronto para propor, para apresentar e debater ideias. Fiz esse convite à presidente da República para que nos debates que temos pela frente e nas propagandas falemos de Brasil para que os brasileiros possam comparar os dois projetos. Ela própria diz que são dois projetos distintos. E são realmente dois projetos absolutamente distintos. Mas, obviamente, as ofensas e calúnias não ficarão sem resposta.

Sobre as denúncias envolvendo Sérgio Guerra.

[Defendo] Mesmo tratamento para todos. Temos de pedir que as investigações avancem e sejam feitas. Se alguém tiver responsabilidade, independentemente de partido político ao qual esteja filiado ou sem partido político, deve responder sobre seus atos. Mas não conheço esse depoimento. Soube dele ontem [16/10]. O que eu disse ontem é que, pela primeira vez, ela agora parece confirmar ou crer nos depoimentos do Paulo Roberto Costa. Não vimos nenhuma atitude dela em relação a pessoas muito próximas a ela que foram citadas como receptoras desse ‘propinoduto’ que se criou na Petrobras.

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