Na abertura do terceiro bloco do debate entre presidenciáveis que acontece na TV Bandeirantes na noite desta terça-feira (27), o jornalista Boris Casoy perguntou à presidente Dilma Rousseff se ela manterá ou mudará a política econômica.
Dilma argumentou que hoje ninguém pode negar que enfrentamos uma grave crise internacional e ao contrário do passado, em que se sempre se usava a receita de colocar o trabalhador para pagar os custos, seu governo se recusou a fazer isso, destacando que o governo conseguiu manter empregos – enquanto o mundo inteiro desempregou – e a inflação sob controle. Ela destacou ainda que, além de investimento em infraestrutura, o governo investiu pesado em educação e ofereceu oportunidades à população.
Na sequência, Aécio Neves, dizendo que “o sonho do brasileiro é morar na propaganda do PT”, se direcionou à Dilma, e questionou se é possível hoje comprar as mesmas coisas que se comprava meses atrás, argumentando que o Brasil precisa iniciar um novo ciclo de mudanças.
Dilma respondeu que Aécio “claramente desconhece a grave crise internacional”, relacionou os avanços do governo petista e disse não ser possível fazer comparação entre o momento atual e o que ocorria no País há 12 anos.
Marina Silva (PSB) foi perguntada se manteria o atual número de ministérios e se atuaria como uma gerente, caso vença as eleições. A candidata disse que os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não eram gerentes, mas fizeram coisas boas para o País. E utilizou o mesmo mote que seu companheiro de chapa, o falecido governador Eduardo Campos, dizendo que, mesmo com uma presidente que se diz gerente (a presidente Dilma Rousseff), o Brasil “será entregue no ano que vem ao próximo governante muito pior do que estava no início da gestão da petista”.
Eduardo Enomoto/R7