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Pacto pela Educação motiva homenagem internacional ao Governo do Pará

O secretário de Educação, José Seixas Lourenço, disse que a homenagem se deve ao esforço conjunto previsto no programa desenvolvido pelo governo
O secretário de Educação, José Seixas Lourenço, disse que a homenagem se deve ao esforço conjunto previsto no programa desenvolvido pelo governo

O vice-governador Helenilson Pontes vai representar o Pará no evento internacional em que o governo do Estado será homenageado pela iniciativa de priorizar a criação de mecanismos integrados para a redução da pobreza e da desigualdade por meio da educação, com o Programa Pacto pela Educação, lançado em 2013. O governador Simão Jatene cancelou a viagem aos Estados Unidos para monitorar, de perto, a continuidade das ações de segurança pública no Estado. A cerimônia será realizada em Manhattan (Nova Iorque) nesta terça-feira (8), durante o evento anual “University for a Night 2014”, que reunirá lideranças de governo de vários países e empresários engajados em ações de filantropia, especialmente na América Latina, Ásia e África.

A homenagem, afirma o secretário de Estado de Educação, José Seixas Lourenço, é motivada pela iniciativa e pelo esforço conjunto previsto no Pacto pela Educação. Uma das iniciativas foi a busca por investimentos no Estado, como ocorreu com a operação de crédito no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), específico para a educação, algo que não ocorria no Brasil desde 1998. O programa paraense – que tem como principal meta elevar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em 30%, no prazo de cinco anos – é o primeiro a obter esse crédito, desde então. O recurso financeiro liberado pelo BID será aplicado na ampliação, recuperação e modernização da infraestrutura, melhoria da qualidade de ensino e aperfeiçoamento da gestão da rede estadual até 2017.

A construção do projeto paraense de reversão do cenário da qualidade da educação básica começou em 2011, com a identificação de indicadores e o diagnóstico da situação do ensino no Estado. Foram identificadas e confirmadas deficiências, como aprendizagem baixa, condições de infraestrutura inadequada, alta distorção na relação idade e série entre os estudantes, e pouco avanço no Ideb, principal indicador da qualidade da educação básica.

A reversão deste cenário motivou a elaboração do Pacto, que tem o BID como um dos financiadores, e institui projetos estratégicos para a melhoria do rendimento dos alunos, alfabetização na idade correta, reforço escolar, combate à distorção idade x série, dentre outros, que buscam melhorar o desempenho dos alunos e apoiar a capacidade de gestão e monitoramento da educação paraense.

Esforço coletivo – O governador Simão Jatene reforça que as ações do programa e o reconhecimento internacional são frutos de esforço coletivo. “Não se trata de ação do governo, mas, sobretudo, da sociedade. Nossos adversários são a pobreza e a desigualdade. A educação e o conhecimento são vetores para superarmos esses desafios, além de implantarmos novas formas de gestão pública, superando um jeito arcaico de fazer política, e também com investimentos em pesquisas e infraestrutura, para aperfeiçoar de maneira racional a produção. São estas nossas armas para enfrentar nossos verdadeiros adversários”, ressalta.

O ex-secretário de Estado de Educação, Cláudio Ribeiro, destaca a importância estratégica do Pacto. “É um projeto que possibilita mudar os rumos da educação de forma sustentável, com objetivos bem definidos, consolidando uma política de educação. As demandas da educação do Pará são de tal ordem e magnitude, além de urgentes, que se não procurássemos parceiros, inclusive externos, não seria possível fazer as mudanças necessárias, no tempo necessário”, afirma.

Um dos eixos fundamentais do Pacto pela Educação do Pará é a reforma predial de cerca de 700 escolas em todo o Estado, cuja estrutura estava precisando de reparos urgentes. A expectativa é que, até o final deste ano, cerca de 350 escolas já estejam reformadas ou com as obras em andamento. A outra metade deverá ser contemplada nos próximos dois anos.

Tempo integral – Outro segmento priorizado pelo Pacto pela Educação é a escola de tempo integral. Em Belém, há dois anos, a Escola Estadual Ruy Paranatinga Barata, no bairro de Val de Cans, assumiu esse desafio, e mantém 20 turmas, do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, com aulas entre 7h30 e 17 h, diariamente.

Na escola, os mais de 500 estudantes, incluindo alunos especiais, realizam três refeições – lanche da manhã, almoço e lanche da tarde – e se dividem entre as aulas regulares e atividades esportivas, práticas culturais, oficinas, aprendizagem de inglês e música. Os alunos também contam com o trabalho de uma assistente social e de uma fonoaudióloga.

“Aqui a frequência dos alunos é de 85 a 90% diariamente, e temos até lista de espera para novas matrículas. A escola tornou-se referência para a comunidade, tanto que conseguimos fazer com que muitos pais quisessem estudar aqui, nas turmas de Educação para Jovens e Adultos (EJA)”, conta a diretora Joyce Botelho.

Com 20 salas de aula, espaço para descanso, laboratório de leitura, biblioteca, auditório e refeitório, entre outros ambientes, a Escola Ruy Paranatinga Barata tem feito a diferença na vida de centenas de crianças e adolescentes do bairro. “O regime integral beneficia não só as crianças, mas também os pais, que, muitas vezes, precisam trabalhar fora e não têm com quem deixar seus filhos. Todos ficam muito tranquilos sabendo que suas crianças estão em um ambiente de aprendizado. Elas acabam passando mais tempo aqui do que na própria casa. São mais de nove horas, todos os dias”, diz a professora Maria Helena Avelar.

Da Redação
Agência Pará de Notícias
Governo do Estado do Pará

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