Começou, nesta terça-feira, 10, no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, o I Simpósio Amazônico de Enfrentamento a Organizações Criminosas, evento organizado pela Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac), vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) do Pará.
Até a quinta-feira, 12, gestores da área de Segurança Pública do Pará e representantes dos setores de segurança de empresas privadas vão debater as mais recentes técnicas de prevenção e repressão à criminalidade especializada com objetivo de afinar as parcerias entre instituições públicas (órgãos do Sistema de Segurança Pública do Pará, Polícias Federal e Rodoviária Federal) e privadas, como bancos e empresas de segurança patrimonial e de transporte de valores. Ao todo, nos três dias de evento, haverá treze palestras sobre temas como repressão à criminalidade tecnológica, inteligência financeira, segurança corporativa e lavagem de dinheiro, entre outros assuntos.
A abertura do Simpósio contou com as presenças do coordenador nacional de inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), André Fagundes Mendes; do secretário adjunto de operações, coronel Mário Solano; do secretário adjunto de Inteligência e Análise Criminal, delegado Cláudio Galeno; da delegada geral em exercício, Christiane Ferreira; do comandante geral da Polícia Militar do Pará, coronel Daniel Borges Mendes, e do coronel João Hilberto Figueiredo, comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar do Pará.
Cláudio Galeno explica que o evento surgiu na Câmara Temática da Segurança Pública, grupo que se reúne uma vez por mês e que é formado por membros da Segurança Pública do Estado e de empresas de segurança privada, para trocar informações e nivelar conhecimentos da área de segurança. Segundo ele, o simpósio atenta para o fato de que, atualmente, o mundo vivencia uma nova forma de organização social, na qual a tecnologia da informação passa a ter papel fundamental, pela remoção de fronteiras e o alcance de milhões de pessoas, em tempo real.
“A nova ordem social, ilustrada pela expressão popular ‘informação é poder’, propicia a intensificação das relações humanas, trazendo inúmeros benefícios”, observou Galeno, ao completar que no mesmo sentido segue a atuação dos criminosos, que mesmo que de forma rudimentar experimentam uma organização, visto que buscam novas formas de atingir um número maior de vítimas e em menos tempo, privilegiando o uso de equipamentos ou armamentos mais potentes, além de migrarem entre os estados da federação, dificultando as investigações e tentando assegurar a impunidade.
Para André Fagundes Mendes, da Senasp, o Pará está na vanguarda de outros estados brasileiros no que se refere à parceria entre as instituições públicas e privadas em prol da segurança. “Existe uma sinergia entre as instituições e isso faz o diferencial deste evento”, detalha. Para a delegada Joseleny Nunes Belo Mendes, gestora do Departamento de Inteligência da Secretaria Adjunta de Inteligência do Estado do Maranhão, eventos como esse são fundamentais, principalmente, para fortalecer a integração entre as polícias dos estados brasileiros, e mais ainda entre as polícias dos estados vizinhos, como Pará e Maranhão. Ela será uma das palestrantes, nesta quarta-feira, 11, sobre o tema “Monitoramento e Enfrentamento das Ações Criminosas de Grupos Organizados”. Entre as atividades das organizações criminosas especializadas destacam-se os roubos a bancos e a transportes de valores e cargas; e também as fraudes bancárias, entre elasas eletrônicas; e lavagem de dinheiro, associada a estes ou a outros delitos.
A palestra de abertura do evento foi sobre o tema “Procedimento Operacional Padrão”, ministrada pelo capitão Marcos Eduardo Ticianel Paccola, comandante do Batalhão de Operações Especiais, da Polícia Militar de Mato Grosso. A palestra foi mediada pelo tenente Luiz Carlos Rayol de Oliveira, sub-chefe da Casa Militar, do Tribunal de Justiça do Pará, e pelo major Jorge Wilson Pinheiro de Araújo, comandante da Companhia de Operações Especiais, da PM do Pará.
Pela tarde ocorreram duas palestras, a primeir sobre “Perícia em Local de Crime”, com o perito criminal José Luís Fernandez, do Instituto de Criminalística do Distrito Federal, com mediação do delegado Samuelson Yoiti Igaki, da Delegacia de Repressão a Crimes Tecnológicos do Pará, e do coronel Roberto Luiz de Freitas Campos, comandante de Policiamento da Capital; e a segunda sobre o tema “Investigação de Crimes de Roubo a Banco no Pará”, com a presidência do delegado Carlos André da Costa, titular da Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos do Pará, com mediação do delegado Carlos Damasceno, coordenador da Comissão de Combate às Organizações Criminosas no Pará, e delegado Thiago Bardal, do Núcleo de Inteligência do Maranhão.
Da Redação
Agência Pará de Notícias
Walrimar Santos