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Peso dos juros nas contas públicas foi de R$ 256,6 bilhões nos últimos 12 meses

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Brasília (DF) – O impacto causado pelo aumento dos juros nas contas públicas do país está na casa de bilhões, segundo reportagem do jornal O Globo (8). Somente nos últimos 12 meses, o valor foi de R$ 256,6 bilhões, o maior registrado pelo Banco Central. Para se ter uma ideia, a soma representa 5,3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Em março de 2013, antes da subida da taxa básica de juros, a Selic, a carga era de R$ 217,2 bilhões.

De acordo com a publicação, só a decisão tomada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) de subir a Selic em 0,25%, tomada na semana passada, trará um impacto de mais R$ 41,3 bilhões nos próximos 12 meses. O cálculo foi feito pelo jornal com base em dados do próprio Banco Central.

Para o senador Cyro Miranda (PSDB-GO), os números apontam a irresponsabilidade do governo petista ao optar por não controlar seus gastos e enxugar a máquina pública. O tucano criticou o alto valor de custeio da gestão e as verbas mal aplicadas na Petrobras e em obras para a Copa do Mundo.

“Essa é a equação que o governo não olha: para conter a inflação usa como única arma o aumento dos juros. Só que, com isso, eleva a sua dívida. Os papéis que eram de 7,5% de repente viram 12%. A consequência maior é que com isso você não consegue conter a inflação e acaba com o poder de ganho dos trabalhadores”, disse.

Contenção

O parlamentar ressaltou que falta à administração petista fazer o “dever de casa”.  “O primeiro passo para controlar as contas públicas é enxugar a máquina. Esses constantes aumentos dos juros são drásticos em vários sentidos: no de aumentar a dívida; criar uma recessão, porque inibe o investimento, o torna mais caro; e diminuir o emprego, porque a indústria não consegue crescer e os salários que aqui estão são corroídos”, avaliou.

Cyro acrescentou ainda que o aumento da taxa de juros, por vezes necessário, deve ser um artifício a ser usado com parcimônia, caso contrário, “daqui a alguns meses nem com 145% de juros vamos conseguir conter a inflação”.

“Estão criando um buraco muito grande, do qual talvez não consigamos sair. Depois acham que nós somos pessimistas. Não estamos torcendo para isso mas, do jeito que as coisas vão, é inevitável que aconteça”, completou.

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