Brasília (DF) – A produção industrial brasileira continua em queda. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontaram, nesta quarta-feira (2), que a atividade caiu 8,9% em julho em comparação com o mesmo mês do ano passado. É o décimo sétimo mês consecutivo em que a indústria fecha no vermelho. O resultado também é o mais acentuado desde 2009. As informações são do portal do G1.
De acordo com a reportagem, na comparação com junho, a produção do setor caiu 1,5%. Esta é a maior baixa desde dezembro de 2014, quando o indicador registrou perdas de 1,8%.
A queda foi maior do que o estimado pelos analistas consultados pela agência Reuters. As expectativas eram de baixas de 0,1% na variação mensal e de 6,2% na anual.
Para o gerente de Indústria do IBGE, André Luiz Macedo, o recuo de 1,5% é uma queda importante. “Bate em dezembro do ano passado, que tinho sido 1,8%. E por categorias econômicas, há importância nas quedas de bens semiduráveis não duráveis (-3,4%). O resultado de julho para essa categoria elimina o avanço que essa categoria tinha tido nos dois meses anteriores”, explicou.
Acumulado
Nos sete primeiros meses do ano, a produção industrial já recuou 6,6% e, no acumulado dos últimos 12 meses, a baixa foi de 5,3%. Os dados mostram que o fraco desempenho do setor se arrasta desde o início do ano passado e vem sendo agravado pela crise econômica.
Segundo Macedo, a queda é e explicada por um baixo nível de confiança dos empresários e dos consumidores, afetando os investimentos e o consumo por parte das famílias. “Seja porque tem mercado de trabalho funcionando em ritmo menor, aumento da taxa de desemprego, massa de salário funcionado de forma mais lenta, aumento do nível de preços. Isso tudo afeta claramente o consumo das famílias, além da própria questão do crédito”, concluiu.