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Tucanafro Brasil completa um ano de existência neste sábado

Tucanafro um anoO Secretariado Nacional da Militância Negra do PSDB – Tucanafro Brasil completa um ano de existência amanhã, dia 23 de agosto. O Tucanafro é um movimento antigo do PSDB iniciado em 2004 em São Paulo, mas foi em 2013 que o partido resolveu ampliar a atuação do núcleo nacionalmente, e hoje o Tucanafro já está presente em 24 estados brasileiros.

Mesmo com pouco tempo de história, já são milhares de militantes da causa espalhados pelo Brasil que lutam por igualdade racial. Indo contra a ideia ainda comum de que o Brasil é um país livre do racismo, o Tucanafro busca conscientizar as pessoas sobre o problema da desigualdade. Negros no país têm piores salários, são as maiores vítimas da violência e têm menos oportunidades.

Ao contrário de outros movimentos do gênero, o Tucanafro busca unir negros e não negros num só propósito: a igualdade. “Deixamos sempre bem claro que não queremos competitividade entre as pessoas. Queremos poder disputar os mesmos espaços, viver numa sociedade igualitária e temos o apoio de pessoas de todas as cores neste nosso objetivo, que é contribuir para o fim do racismo,” diz o Presidente do Tucanafro Brasil, Juvenal Araújo.

O pioneirismo dos tucanos na atuação pela igualdade racial começou com Fernando Henrique Cardoso, que logo quando assumiu a presidência, em 1995, passou a tratar com seriedade o problema do racismo, até então pouco discutido. “O PSDB tem a obrigação de defender as políticas compensatórias. Nós fomos os primeiros a declarar publicamente que temos compromisso com os negros”, disse o ex-presidente.

Foi Fernando Henrique Cardoso quem assinou o decreto nº 4.228, instituindo no âmbito da Administração Pública Federal o Programa Nacional de Ações Afirmativas, estabelecendo percentuais de participação de afrodescendentes no preenchimento de cargos em comissão (DAS). Entretanto, o decreto foi revogado em 2003, e só depois de 11 anos o governo retomou a discussão sobre cotas em concursos públicos.

Aécio Neves também é reconhecido como um político engajado pela luta por igualdade. Em 2001, como presidente da Câmara dos Deputados, instalou a Comissão Especial do Estatuto da Igualdade Racial.

Em 2004, durante o seu governo em Minas, estabeleceu o sistema de cotas e reserva de 20% das vagas para negros na UEMG e na Universidade de Montes Claros. Foi também a partir do governo de Aécio que as comunidades quilombolas ganharam visibilidade. Uma das ações realizadas foi o programa de alfabetização “Cidadão Nota Dez”, que formou e remunerou professores quilombolas para alfabetizar integrantes da própria comunidade, assegurando que a cultura permanecesse preservada.

Juvenal Araújo explica que a preocupação dos políticos do partido com a causa facilita o trabalho do secretariado, mas também admite que ainda há muito a ser feito. “Tivemos um ano muito bom de trabalho. Várias pessoas se juntaram à nossa luta, estamos aprimorando as nossas políticas para população negra com a ajuda de todos. O Tucanafro está trazendo os negros para a política e o colocando no centro das discussões, assim como deve ser,” afirma.

Recentemente, Juvenal Araújo se reuniu com o candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, e entregou as propostas do Tucanafro para o Plano de Governo. “Aécio é quem mais poderá fazer pela igualdade racial no Brasil,” finaliza.

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