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Brasil ocupa a 115ª posição no ranking mundial de mulheres no Legislativo

5 de abril de 2017
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Uma pesquisa feita pelo Projeto Mulheres Inspiradoras (PMI) reuniu dados do Banco Mundial (Bird) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e revelou a preocupante realidade da representatividade feminina no Congresso brasileiro: o país ocupa a posição 115a. no ranking da presença de mulheres no parlamento entre os 138 países analisados pela pesquisa.

Segundo o levantamento, se o Brasil continuar no ritmo de crescimento médio na casa dos 2,7% ao ano (desde 1997), a distribuição igual de gêneros (50%) no parlamento só chegará em 2080.

A presidente estadual do PSDB- Mulher da Paraíba, Iraê Lucena, acredita que só a reforma política será capaz de reverter este quadro. A tucana  considerou “lamentável” a baixa representatividade e alertou para a desatualização do sistema eleitoral atual.

“A Câmara está analisando propostas de reforma política. O relator vai apresentar a possibilidade do voto com listas fechadas, o que no momento atual não é positivo para nós mulheres, a não ser que haja alternância entre os sexos. Se existir essa possibilidade, com certeza vai ser um grande avanço para o aumento da representatividade feminina no nosso parlamento”, declarou.

A pesquisa revela ainda que 90% das candidatas a deputadas federais, estaduais e vereadoras não se elegem no Brasil. No Nordeste, 20% das postulantes, o equivalente a 7.813 mulheres, não receberam votos.

A tucana atribuiu o dado à ausência de mulheres nas presidências dos partidos e à dificuldade em estabelecer organismos femininos nos estados. Para ela, as prioridades femininas são preteridas diante das prerrogativas que culturalmente são cedidas aos homens, como tempo de TV e acesso ao fundo partidário, entre outras.

“É muito raro a gente ver mulheres na direção de partidos. Os partidos já são na sua origem machistas. Em muitos casos, o acesso ao fundo partidário é dificultado e as propostas que dão autonomia e priorizam questões femininas são menosprezadas. A mulher precisa de um lugar de destaque o quanto antes, se não vamos simplesmente sumir da vida pública”, lamentou.

Hoje, apenas 10% de mulheres ocupam assentos no Congresso, o que coloca o Brasil atrás de países como Ruanda (63,8%), Bolívia (53,1%), Cuba (48,9%), Islândia (47,6), Suécia (43,6%), Senegal (42,7%), México (42,4%), África do Sul (41,8%), Equador (41,6%) e Finlândia (41,5%).

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