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Contabilidade criativa mancha a imagem do governo federal, avaliam economistas

19 de agosto de 2013
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Brasília – A contabilidade criativa usada pelo governo federal para tentar elevar o superávit primário, além de gerar desconfiança no mercado, mancha a imagem do governo federal, o que é um ponto negativo para o Brasil. Essa é a avaliação de diversos especialistas ouvidos em reportagem desta segunda-feira (19) do jornal O Globo.

Para o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, a credibilidade do país está abalada. Já o ex-diretor do Banco Central, Alexandre Schwartsman, acrescenta que, apesar do cenário ser diferente do enfrentado durante a crise econômica de 2008, sob o ponto de vista da inflação e das contas públicas temos um desempenho pior hoje.

“Em 2008, a política econômica brasileira era vista com bons olhos. Tanto que em 2010 conseguimos upgrade de agências de classificação de risco. Agora, vemos uma série de relatórios ruins sendo produzidos sobre a economia brasileira”, aponta o economista Mansueto Almeida, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Em entrevista ao O Globo, o economista José Alexandre Scheinkman afirma que existe um certo desânimo com a economia brasileira. “Há uma noção de que o Brasil não está indo bem. Quando o governo faz truques nas contas fiscais, cria-se desconfiança sobre a seriedade do Brasil com as metas fiscais”, coloca.

Ele diz ainda que outra razão para o pessimismo generalizado é a frustração dos brasileiros com o setor público, extremamente ineficiente.

“Há uma classe política que parece autista em relação a esses problemas, e uma cultura de dar privilégios a grupos, sem pensar no custo para a sociedade”, completa.

O deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), líder da Minoria na Câmara, acredita que os artifícios contábeis empregados pela administração petista são uma forma de ludibriar a população.

“Essa nossa contabilidade forjada é uma desonestidade. Imagina se, na hora de declarar seu imposto de renda, o cidadão comum, de uma empresa ou mesmo de uma prefeitura, se valesse de técnicas como essa para aumentar os seus ganhos? O governo federal deveria ser exemplo para o povo”, considera.

Para o tucano, é preciso diminuir o tamanho da máquina pública.

E explica: “Dilma faz uma gestão pesada e excessivamente comprometida com a estrutura do partido. Uma reforma tributária também é muito necessária. Os brasileiros poderiam pagar menos impostos reduzindo essas alíquotas que, por vezes, são abusivas. E finalmente, uma gestão verdadeiramente eficiente é algo que poderia mudar esse panorama deficiente da economia brasileira.”

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