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Crise leva mais de 12 mil venezuelanos a fugir para o Brasil, aponta ONG

20 de abril de 2017
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Brasília (DF) – A grave crise política e econômica instalada pelo regime ditatorial do governo Nicolás Maduro tem refletido também no Brasil. Segundo relatório da ONG internacional Human Rights Watch (HRW), divulgado nesta terça-feira (18), mais de 12 mil venezuelanos vieram para o país desde 2014. Por fazer fronteira com a Venezuela, Roraima é a primeira região onde os imigrantes têm procurado oportunidades para viver. As informações são do jornal Folha de S. Paulo desta quarta (19).

De acordo com o levantamento, mais de quatro mil venezuelanos em Roraima aguardam há meses em uma lista de espera o agendamento de novos pedidos de refúgio. A Polícia Federal (PF) já havia divulgado em março que o número de venezuelanos que solicitaram refúgio em Roraima cresceu 22.122% nos últimos três anos.

Aliado histórico dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, o governo Maduro provocou um cenário de caos na Venezuela. Com restrições na compra de alimentos e sem acesso a recursos básicos como medicamentos e alimentação, os venezuelanos atravessam a fronteira da Venezuela com o Brasil no município de Pacaraima, ao norte de Roraima, e se fixam no estado em busca de uma vida melhor.

Segundo a reportagem, o documento da HRW pretende fazer com que os líderes da América Latina cobrem uma postura do presidente Nicolás Maduro que atenda às necessidades da população venezuelana.

O relatório da HRW diz que o governo brasileiro informou que o número de venezuelanos que solicitaram refúgio disparou. Em 2013, foram realizados 54 pedidos. No ano passado, de janeiro a novembro, foram 2.595. De acordo com a PF, apenas em Roraima, foram solicitados 2.230 pedidos de refúgio em 2016. Nos três primeiros meses de 2017 o número chega a 1.614.

Assistência médica

Em entrevista à GloboNews, o pesquisador da HRW César Muñoz disse que a falta de medicamentos na Venezuela tem obrigado famílias inteiras a virem para o Brasil, o que tem contribuído com a superlotação do sistema de saúde em Roraima.

Devido à intensa imigração de venezuelanos, o governo de Roraima decretou situação de emergência na saúde em dezembro de 2016. Na mesma época, o Ministério da Saúde anunciou o repasse de R$ 3,7 milhões destinados aos cuidados com os venezuelanos.

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