Brasília (DF) – O juiz federal Sérgio Moro autorizou, na segunda-feira (6), o pedido feito pelo Ministério Público Federal (MPF) para quebrar os sigilos telefônicos do ex-ministro Gilberto Carvalho e do operador do PT no mensalão, Marcos Valério. Ambos são investigados na 27ª fase da Operação Lava Jato, a “Carbono 14”, que apura um possível elo entre o esquema de corrupção na Petrobras e o caso do mensalão. As investigações estão sob sigilo.
Segundo o jornal O Globo desta terça (7), para a Lava Jato, parte do empréstimo fraudulento feito pelo pecuarista e amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, José Carlos Bumlai, junto ao Banco Schahin foi usado para “comprar o silêncio” do dono do jornal Diário do Grande ABC, Ronan Maria Pinto.
A reportagem informa que o publicitário Marcos Valério afirmou, em depoimento prestado em 2012, que pediu a Bumlai R$ 6 milhões para repassar ao empresário.
De acordo com o depoimento, Ronan estava chantageando o ex-presidente Lula, o então secretário da Presidência e um dos principais assessores de Lula no governo, Gilberto Carvalho, e o ex-ministro José Dirceu, por ter informações comprometedoras sobre a morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.
Ao autorizar a operação “Carbono 14”, Moro disse que o depoimento do publicitário, “embora deva ser visto com muitas reservas”, revela uma “possível” ligação entre os casos.
Clique aqui para ler a íntegra da matéria.
