O prejuízo com obras inacabadas de creches em todo país, deixado pelo governo do PT, já ultrapassa R$ 200 milhões. De acordo com a Controladoria Geral da União (CGU), o desperdício é fruto de uma soma de problemas: falhas na na fiscalização, falta de recursos e má utilização de verbas durante o período de gestão petista. Com os abandonos e problemas estruturantes, muitas obras viraram esqueletos que nem podem mais ser aproveitadas. Segundo a ONG Transparência Brasil, o estado do Maranhão é o que tem maior percentual de obras de creches atrasadas. Somente na capital São Luís, das 25 creches previstas, apenas três construções foram iniciadas – e, mesmo assim, nenhuma foi entregue.
A deputada federal Geovânia de Sá (PSDB-SC) relata o desespero das prefeituras que se encontram nesta situação. “Somos chamados a todo momento pelo desespero dos prefeitos com creches inacabadas porque, simplesmente, o PT lançou um programa dizendo que tinha o recurso e não tinha o suficiente para manter esse serviço. Hoje, a grande situação do nosso país é que os prefeitos até recebem os recursos para iniciar a obra, não tem o recurso para implantar ela como um todo, e acabam nem conseguindo manter os serviços.”
De acordo com a CGU, há pelo menos quatro anos os auditores vêm alertando o governo federal sobre problemas nas obras. O órgão também sugeriu há anos uma mudança no repasse da verba. Em 2015, durante a gestão Dilma Rousseff, o governo depositava 70% do valor logo após o contrato ser firmado, o que abria caminho para falta de materiais, mão de obras e outros problemas operacionais. Para Geovânia de Sá, o modelo era falido. A tucana ressalta que foi um dos maiores erros da gestão da petista.
“Um modelo totalmente falido. E esse foi um dos motivos que levou ao descrédito do governo da Dilma Rousseff – que acabou levando ao impeachment. E as crianças continuam nas filas de espera, os prefeitos e secretários desesperados para atender essas demandas e não conseguem atender porque foi realmente um desgoverno.”
Mesmo com a entrega, não há garantia de efetividade, pois os custos de funcionamento têm que ser bancado pelas prefeituras – e quase 80% alegam falta de dinheiro. Das obras paralisadas, 3.013 creches ainda podem ser reaproveitadas. Entretanto, cerca de 370 construções foram canceladas, e não vão terminar.