Brasília – O deputado César Colnago (PSDB-ES) afirmou nesta quinta-feira (9) que o irrisório crescimento da economia do Brasil está relacionado à queda acentuada dos investimentos em infraestrutura. Para o tucano, a gestão petista inverteu os valores: elevou os gastos com a máquina publica em detrimento às aplicações em portos, aeroportos e estradas.
“Ao invés de fazer os aportes necessários para gerar emprego e dinamismo, que era exatamente estimular a infraestrutura, o PT priorizou o aumento de custeio, de ministérios, de cargos comissionados. Focou nos gastos supérfluos”, disse. Segundo ele, o resultado é a diminuição da atividade econômica. Além disso, o PT não aproveitou o momento de estabilidade da moeda.
Levantamento da organização não governamental (ONG) Contas Abertas aponta que, ao contrário das privatizações de rodovias, aeroportos e terminais portuários, que geram expectativa de rendimento de R$ 80,3 bilhões pelos próximos 35 anos, os investimentos da União são desanimadores. Em 2013, o valor gasto para a formação ou aquisição de um bem de capital caiu R$ 2,9 bilhões em relação a 2012. Os valores estão atualizados pela inflação.
A pesquisa indica que, no ano passado, R$ 46,8 bilhões foram gastos com ampliação, construção, conclusão de obra, aquisição de equipamento, material permanente, entre outros, ante os R$ 49,7 bilhões investidos em 2012. Do total pago, R$ 30,1 bilhões representam a quitação de restos a pagar, ou seja, compromissos firmados em anos anteriores, mas não pagos no exercício. O levantamento considera os valores lançados até o dia 2 de janeiro.
Colnago disse que há uma série de desnecessários, como a criação de novas estatais, o aumento do número de ministérios (atualmente em 39), os gastos exagerados com cartão corporativo e a compra de um novo avião para a Presidência da República. “O Palácio do Planalto não priorizou as áreas importantes para geração de emprego e renda, para melhorar a qualidade de vida da população”, lamentou.
O deputado lembrou que a arrecadação de impostos, contribuições federais e demais receitas, como os royalties, vem batendo sucessivos recordes. Em dezembro, o governo arrecadou R$ 116 bilhões, segundo dados do Ministério da Fazenda. “Temos anos consecutivos de recorde de receita. Mas o ganho que tivemos com aumento de receitas não refletiu no aumento dos investimentos.”
*Do Portal do PSDB na Câmara