Além da cláusula de barreira e do fim das coligações proporcionais, entre os pontos considerados fundamentais pelo PSDB na reforma política está a adoção do voto distrital misto, que une características do sistema proporcional e do majoritário. Pelas novas regras, as vagas no Congresso passariam a ser divididas: metade para os candidatos eleitos por maioria simples, e a outra metade preenchida conforme o quociente eleitoral, como já é feito atualmente.
Em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta quinta-feira (10), o senador José Serra (PSDB-SP) explicou as vantagens do novo sistema, que diminui o número de candidatos, os custos das despesas de campanha e garante representatividade.
“A proposta do PSDB é o distrital misto e, em seguida, o parlamentarismo, para implantar mais adiante”, disse. “Ele [o voto distrital misto] vai mudar o país. Campanha para deputado hoje é caríssima, tem um número imenso de candidatos, e as ideias não prevalecem mais. A representatividade eleitoral fica lá embaixo”, constatou.
“A proposta de distrital misto contorna esses problemas e barateia muito [as campanhas]. O custo para eleição de deputado estadual e federal vai cair cinco vezes”, justificou o senador.
Serra esclareceu ainda que o novo sistema não prejudicaria candidatos desconhecidos ou representantes de minorias.
“De jeito nenhum, porque o eleitor vota num distrito, escolhe um deputado e um partido. E o número de candidatos eleitos depende da votação global do partido. Como tem voto em lista, a minoria vai estar representada”, completou o tucano.
Leia AQUI a entrevista do senador José Serra no jornal O Globo.